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sábado, 23 de junho de 2012

Paixão



PAIXÃO

Quando vier traga suas imperfeições,
seus defeitos,
traga você nua de proteções...
venha você
como é!
Venha bem humana...
vou reconhecer seu cheiro...
e suas manias...
e eu com mania de lhe fazer bem
minhas mãos a seu comando
minhas graças
à suas investidas
ria comigo...
Deixa eu achar que não há nada
mais parecido com o céu
senão sua presença feminina...
Sua suavidade da pele
seus barulhos
tudo tão meu...
tão meu...
faça silêncio tudo mais...
que é tão bom
achar que quase tudo em mim é só coração !

Luciano Lopes.





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Coração












Coração

Dentro de mim mora um coração
e ele é fácil de se entender
existem dias que sente dor
e noutros é só prazer.

O prazer bate na porta
a dor faz cara torta
não importa o tamanho
a alegria ele suporta.

Marta Peres








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Partidos!



PARTIDOS

No afago de ontem a profecia. Era o último afeto que ela lhe daria. Na face dele as linhas duras de ontem.
A dor e o orgulho de quem não moveria um só músculo para deduzir clemência.
Ele o vazio... O suor entregava-lhe a aflição que ela tanto sabia. A camiseta colada ao corpo e a sensação de evisceração.
Ela a mágoa... Suas mãos pequenas agarravam-se firmes nas alças da bolsa como se buscasse equilíbrio e postura.
Ele a olhou indo na direção oposta. Tão miúda! Não conseguia conciliar em sua memória o motivo de sua partida.
Olhou para o sol até não suporta mais. Voltou às vistas para ela.
Era só um vulto disforme enfeitado de vários tons de sol.

Luciano Lopes.

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Hoje!










HOJE



Hoje tudo foi uma explosão
que não abalou nada
além do meu silêncio
Silêncio não é um ato
e sim um fato

Hoje tudo me emociona
lembro de pessoas que
levaram um pedaço de mim
Hoje o dia cresce
no ritmo dos paralelepípedos
Ah! Que bela palavra...

Luciano Lopes.






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A Poesia de Denise Flor!






Sem destino

Vagueio alheia pelas ruas
sem saber pra onde ir.
Ando sem destino
acompanhada pela minha solidão,
amiga inseparável.
É um desassossego dentro de mim
que não me acho em lugar algum...
Não tenho paz, sou só conflitos.
Não me acostumei ao tempo
que passa célere e eu ficando mais velha.
Sinto que perdi tanto tempo de vida sem viver
e agora fico só no desencanto.
Quero muito acreditar que dias bons virão
pra que eu possa me sentir melhor.
Anseio que a vida me surpreenda
e que eu a entenda nos seus significados.

Denise Flor©



 Penso, existo

Existo, pois penso
quando preciso,
me reinvento.

Penso que existo
não só por existir,
mas pra flutuar no intenso
e extenso cabedal da vida.

Ausento-me
do que não é sonho!
Insisto
e proponho-me à vida
real e sonhada.

Existo aqui e além,
Não me há vida
Que não seja aquem!

Denise Flor©


 Sou purpurina

Eu sou assim:
silêncio e calmaria
às vezes abalos císmicos,
erupções vulcânicas
e larvas incandescentes...
Sou também paz,
abrigo de ternuras
fonte que murmura
a ânsia de ser muito mais
do que se é possível.
Não sou limitada,
sou é extrapolada
de exageros e vontades vorazes
que inflam meu íntimo intimidado
quase que subjugado à premissa
de que minha vida vale tudo,
tudo que eu venha a fazer ou querer.
Sou mágica,sou avessa, sou divina,
essência em luz diáfana, sou purpurina!

Denise Flor©


 Fantasias

Livre, livre para fazer o que eu quiser!
Eu sou ar, transito por todo lugar
Eu sou nuvem, a bailar no infinito céu
Sou a chama de um fogaréu
Breu no vagaroso alvorecer
Brilho e luz na manhã ensolarada.
Sou tudo isso e sou nada!
Sou um raio riscando o azul
Sou pássaro em revoada
Sou terra fértil, arada
Sou grama verde cortada
Vim das estrelas
que um dia se chocaram com o amor.
Sou fantasia, na eterna alegria
de me sentir sempre amada!

 Denise Flor©


 Uma gota

Uma gota...
Era o que faltava
para transbordar meu cálice!
Espalhei-me toda sobre voce
E embebedei-te com meu licor.
Um nítido rubor na tua face
Um fio de suor, escorreu lento
desabando na minha boca
e absorvida pela língua.
Hummm...
Provaste o meu sabor e gostaste!

Denise Flor©

 Versos germinados

Nesses meus versos já tão cansados
e marcados por tantas emoções e sentimentos.
Eu intento recriá-los e voltar à florescer
pequenas mudas de rimas ricas
versos entrelaçados ao alvorecer,
histórias de vidas, entremeios do existir.

Nos versos d'antes alquebrados
Vejo-os agora poéticamente reinventados
Adormecidos pelos ventos brandos
do soprar de eras, encantados.
Renasce enfim, versejar seguro,
no frescor da maturidade
que enleva meu espírito à doce saudade!

Denise Flor©


 Passagem

Depois da tua passagem pela minha vida
Sou uma pessoa mais seletiva.
Sei o que eu quero ou não
e isso não abro mão!
Ganhei algumas cicatrizes
e variados tropeços e arranhões.
Estou mais atenta, esperta,
ligeiramente sapeca!
Voce, sem qualquer intenção
me mostrou tudo isso.
Mesmo se entre nós o amor não vingou,
eu fico feliz, pois voce me acordou!

Denise Flor©


 Esquecimento

Estou retirando daquela caixinha
tudo que era seu e voce nem sabia.
Emoções que acumulei
sentimentos que não provei
sorrisos que não ganhei...
Abraços que não me deste
Palavras que não proferiste
Gentilezas que não distribuiste.
Jogo tudo fora agora
Num saco bem amarrado
do esquecimento.
Conviva consigo sabendo
Que eu estou melhor agora
E como mulher, estou renascendo!

Denise Flor©



 Travesseiro

Cama vazia, noite alta
teu corpo ao meu lado
me faz muita falta.
Nunca mais me deitei
no lado que era teu.
Permanece quase intacto
com exceção do teu travesseiro:
esse dorme comigo,
o único amigo que restou de nós dois.
Ele tem o teu cheiro que nunca se foi.

Denise Flor©



 Alguns dias

Troco um pouco da minha vivência
por alguns dias de total inexperiência;
Só para variar, seria bom mudar as coisas de lugar;
Recomeçar, reaprender de forma diferente
prestar mais atenção aos detahes,
enfim, reinventar minha vida
com outros propósitos em mente!

Denise Flor©



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Texto Infantil! Clarinha Sonha







Texto Infantil!



Clarinha Sonha

Clarinha vive a sonhar,
ela vai longe, longe, longe
visitando castelos, duendes,
fadas, príncipes e princesas.

Clarinha voa no ar.
Voltas e mais voltas
envolve-se nas fitas
coloridas do arco íris.

Clarinha ouve sons musicais,
música entoada por anjos,
que do céu descem sorridentes
atirando pétalas de rosas.

Clarinha sonha, sonha, sonha
que tem asas e pode voar
e voa, voa longamente,
voa como pássaro a cantar.

Marta Peres








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sexta-feira, 22 de junho de 2012

FOTO NOTURNA





FOTO NOTURNA

Num contraste noturno, em luz e sombra,
Pareço uma figura etérea, sublimada...
A alma se extasia, freme e até se assombra,
Por me ver tangida, perene, iluminada!

Revendo a minha imagem assim captada,
Percebo que o tempo tão veloz passou...
Minha beleza era assim, admirada,
E nessa foto ela se eternizou.

Fotos antigas, retratam bons momentos,
Guardadas com amor e tal veneração,
Nos trazem de volta todos os alentos,
Para que não os esqueça o nosso coração.

Ficou a beleza assim, eternizada,
Em luz e sombra, doce comunhão,
Parece me dizer, de forma emocionada:
Valeu a pena, não foi tudo em vão!


Mírian Warttusch

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Domínio!




DOMÍNIO

Como areia se acomoda estende e deita
baixo a carícia da brisa que a mima
inventa diversos formatos lascivos
rompente ao poderoso mar altiva o peita...

portas de entrâncias e saliencias
caprichosas grutas fundas, ígneas
musgos macios que balansam salientes
entre liquens encaracolados ralos...
rodeando ávidas nesgas conchas cintilantes

para receber-me mar... o cio reforça
que em ósculos furiosos rebentam
suas águas impetuosas!
para esculpir sua paixão
na praia sedenta da sua força!

num vai e vem intenso, espumante
no contínuo sol da tarde que se esvai
e cobre de puro ouro... o amor
que se faz constantemente...
o amor divino amor que não subtrai.

Edgar Alejandro

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Poetisa Verluci Almeida!





♥ AOS POUCOS
Meu rosto era tão lindo
tão claro, lisinho.
Foi enrugando-se
aos poucos.

Sonhei primavera florida
Vivi intenso verão.
Folha eu fui no outono.

Desintegrei-me aos poucos.
No gélido inverno,
me desfiz em flores e cores.

De mim, restou apenas
a lágrima que rola,
nos olhos de meus amores!

®Verluci Almeida

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quinta-feira, 21 de junho de 2012

Conversar Noturno



CONVERSAR NOTURNO

Cai o orvalho purificando a leveza das moléculas planadoras.
A borboleta que repousava
Abrindo e fechando seu par artístico,
Ergue seguindo em manobras alternativas
Ao lar das criaturas batalhadoras.

As trevas solidificam no espaço do ambiente,
Instaurando a força do silêncio.
No ar, abrindo a inspiração, flutuam as reflexões
Levantando sentimentos que tudo fariam
Para fazer destes eventos sempre o presente.

O céu se multiplica num alternar de brilhos,
Que mostram, em estranhas impressões,
A inocência a piscar pequeninamente
Ao mesmo tempo que ameaçam nossa minúscula estatura.
Como um gigante a exibir seu corpo musculoso na noite escura.

Pequenos ruidos se tornam significativos.
E pela força do eco à percepção auditiva são trazidos.
Os sons se enlaçam aos sentimentos.
Como é harmônica a l inguagem dos zumbidos!

Esteja apreensivo para a voz da escuridão.
Não deixe seu espírito se enlaçar
Aos gemidos penetrantes de Hades.
A face mortal da solidão não agirá
Se a persistência, em ânimo, for a força de teu caminhar.

                             
                                     Wander Paulo Mendes Lopes

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Vagas Delasnieve Daspet




Vagas
    Delasnieve Daspet
.
Observa o fluxo das vagas...
Sua serenidade ao refletir
O céu estrelado
Onde os sóis flutuam...
.
Observa...
O oceano é o coração da terra
Que líquida, em lágrimas,
Sofre por algo que se perdeu...
DD_Delasnieve Daspet - 29.05.12

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Poeta Bruno de Paula!



MINTO !

Sem dor alguma,
conto as estrelas
que brotam de minha janela.

Sem dor alguma,
sorrio para a noite
quando me envolve com seu perfume.

Sem dor alguma,
finjo negar
a tua ausência.

Minto !
Minto,
tal como o vento ...

Que cantando sua dor,
varre as folhas secas
deixadas pelo outono.


Bruno de Paula



 " (...) Existem certos momentos,
que não há necessidade de falar.
Apenas ...
Olhar, sorrir e, sentir. "


Bruno de Paula



 A CÉU ABERTO

Meu coração ... ?
Já foi um armário com poucas gavetas,
exposto em um quarto escuro,
repleto de fechaduras.
Hoje, meu coração
é um varal a céu aberto,
onde repousam :
Meus sorrisos,
minhas dores,
minhas saudades,
meus desejos,
minha liberdade.
Com espaço suficiente
para abraçar o mundo,
tocar as estrelas,
viver meus sonhos.


Bruno de Paula




 (...) Na verdade,
aprendi a me amar nas duras perdas.
Foi quando percebi,
que eu ali, sozinho,
era tudo o que eu precisava.


Bruno de Paula




 " (...) Carregas tantos sentimentos dentro de ti,
que farás de teus dias,
tua própria prisão ... "


Bruno de Paula


 EM TI

O sol se aconchegando por entre os vales.
O fim de uma tarde
se entregando ao azul do céu.
A brisa fresca das noites,
acariciando nossos cabelos.
O marulhar das ondas,
nas noites de luar.
É isso que me lembras,
quando me chegas em pensamento.
É em ti ...
Que mora minha saudade.


Bruno de Paula



 (...) Abra a janela.
É do azul,
que os sonhos caem ...


Bruno de Paula



 (...) Com o olhar carregado de sentimentos,
terminou o seu café ...
Sem uma única palavra,
degustou mais alguns pensamentos.
Deitou seu olhar sobre o meu e, sorriu.


Bruno de Paula



 " (...) Naquela noite,
quando você chegou saudade,
queria apenas teu abraço,
teus silêncios ...
Colar meu coração ao teu,
e ali ficar,
até a chuva passar. "


Bruno de Paula



 (...)

Amar ...
Não é partida, nem chegada.
Não é estação e,
muito menos viagem.

Amar ...
É uma linda paisagem interna.
Nunca vista pelos olhos.
Somente pela alma.


Bruno de Paula




 " (...) Ontem,
pastor de estrelas.

Hoje,
caçador de mim. "


Bruno de Paula


 POÇO VAZIO ... SECO SECURA

Poço vazio
Seco secura
Nada no fundo.

Foi-se a vida ... (água)
Perdeu-se as esperanças.

De joelhos,
pedindo com fé,
implorando aos Santos,
o milagre das chuvas
para a sua sede matar.

Mas nada lhe chega
além do sol escaldante,
da fome,
da terra ardente,
da pele e da alma,
enrugadas pelo sofrimento.

A seca sem descansar,
segue devorando
o que respira ao seu redor.

Esquecido e, órfão de Pátria,
ninguém se importa,
com a realidade do sertão,
com a vida do "Seu Sebastião".

O corpo,
sem uma gota d'água,
nega ao nordestino
seu último pedido.
O de uma lágrima,
seus lábios tocar.

Com o corpo repousado no chão e,
as mãos elevadas aos céus,
solta um breve sussurro,
pedindo compaixão.


Bruno de Paula



 BRISAS D'ALMA

" (...) O que aquece meu coração ?
- O sopro das brisas ...
As brisas frescas d'alma. "


Bruno de Paula



 PESCADOR DE ALMA SOFRIDA

Cabeça caída em braços sofridos.
Olhar e mãos vazias,
que se fundem às águas do rio.
Pescador de alma sofrida,
fé esquecida pelas margens da Vida.
Sem sonhos para pescar,
sem futuro para sonhar,
onde aportar ... ?
Resta-lhe a solidão,
que inunda como as cheias,
o que lhe resta do coração.


Bruno de Paula



 AMANHÃ

A vida pode ser dura com a gente ...
Nos jogar às paredes.
Nos vender ilusões.
Nos roubar alguns sonhos.

Por mais que ela nos moa, lembre-se :
É no chão, onde tudo floresce.
Hoje, você é pó.
Amanhã, flor.


Bruno de Paula


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Alimentos!



ALIMENTOS

Quando o sonho alimenta o futuro
E a lembrança alimenta o passado
O presente morre de fome
Quando a luz não brilha no escuro
E as mãos não dividem os fardos
Perde o sentido a vida do homem.

Quando a paixão alimenta o corpo
E o amor alimenta o egoísmo
A sensibilidade se torna rudeza
Quando a recordação traz desconforto
Produzindo dor e inconformismo
É o remorso consumindo a sua presa.

Quando a certeza alimenta a luta
E a luta alimenta a certeza
A vitória se torna inevitável
Quando a razão alimenta a busca
Exercitando a justiça e a nobreza
Surge o alimento mais saudável.

Eduardo de Paula Barreto

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APELO DA TERRA








APELO DA TERRA

Minhas geleiras estão se derretendo
Estou sendo coberta pelas águas
Sou fria onde havia calor todo o tempo
De calor intenso estou sofrendo
Em áreas outrora congeladas.

Fui concebida para ser abrigo
Para plantas, animais e seres humanos
Mas os homens estão acabando comigo
Realizando sonhos baseados no egoísmo
E sem se preocuparem com os futuros anos.

Meus vulcões explodem com indignação
Minhas águas cobrem as cidades
Cada tempestade, raio e furacão
Surge para ser uma admoestação
De que sucumbirei à desumanidade.

Me protejam cuidem de mim
De cada um de vocês eu preciso
Caso contrário ao chegar o meu fim
Não haverá anjo nem querubim
Que nos impeça de cair no abismo.

Eduardo de Paula Barreto

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Poeta Comendador Moysés Barbosa!

 
 
 
 
 
Sobre o Comendador Moysés Barbosa.
Advogado, Professor, Poeta, Jonalista.
Atividade profissional
Historiador, Professor, Pesquisador, Jornalista
Formação
Doutorando
País
Brasil
Estado
RJ
Cidade
Tres Rios
 www.pastormoysesbarbosa.com
 
 

SOLIDÃO

A praia estava deserta...
O mar se mostrava calmo e distraído...

Enquanto as gaivotas procuravam as rochas
e permaneciam mudas as palmeiras,
meu coração... Sempre triste e dolorido.

A brisa, meiga e agradável...
e o sol se espraiando sobre a costa,
mostrava a beleza do verão...

Vivia infeliz, sim, mas sei,
que não se pode viver assim,
sozinho mostrando-se infeliz...

A solidão é má, estou bem certo,
quando se vive nela sem ter perto,
a presença gloriosa do bom Deus!

AUYOT:MOYSÉS BARBOSA (1959 – PRIMEIRA POESIA)
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QUERIDA

És do meu viver a doce primavera,
com um sorriso nos lábios ostentando,
És a flor - que em meio à tempestade,
demonstra ser feliz - vive cantando...

És a inspiração de todos os meus versos,
que falam de amor... algo sublime!
És portadora d'um olhar tão puro e belo,
que êsse verso - imperefeito - não define.

És do meu jardim a rosa branca,
que a pureza do teu corpo sempre exala.
És da harpa o mais lindo e santo arpejo,
que de ti - sem temor, aos outros fala.

És das flores o perfume amigo,
o qual - inocente - o vento enlaça.
Só saberei viver mesmo contigo;
deves entender o que se passa...

AUTOR: MOYSÉS BARBOSA
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SONHEI
Estavas linda - entre as demais,
que contigo na cascata se banhavam;
e com gestos delicados me chamavam,
para que voltasse... porém não voltei mais!

Sim... és tu - e sempre acerto!
Mas agora que passo contornar teu rosto,
sinto meu coração triste - que desgôsto,
pois nunca fôste minha, mesmo estando perto.

Mas, por que razão não me chamas agora?
Sabes que estou a procurar-te
e que é grande meu desejo de falar-te,
sobre os teus meigos gestos de outrora...

Como é difícil o meu viver tristonho!
Nunca fui amado - que tolice
pensar em ser chamado com meiguice...
Foi imaginação... Um simples sonho!

AUTOR: MOYSÉS BARBOSA
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SAUDADES

Os pássaros cantando... as nuvens inquietas...
só podem entregar-me solidão.
Envido mil esforços; quero ver-te - tudo em vão!
Só as saudades estão comigo alertas...

Ao meu redor tudo é diferente!
As flôres estão flácidas... sem porte!
Mas a palmeira - insólita e triste,
entende, com certeza, a minha sorte...

Distante como estou - sinto saudades...
Em minhas noites sem luz, como padeço.
Não posso mergulhar em doces sonhos,
pois sinto falta de ti - quase enlouqueço!

AUTOR: MOYSÉS BARBOSA
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CONFISSÕES

Podes entrar... esta casa é tua;
êste leito que ai está, assim desalinhado,
sempre acolheu uma flor que bela e núa,
era convite aos instantes de pecado.

Êste perfume no ar é o que resta
das delicias de um amor falso e impuro.
Quanta tristeza em mim... o meu viver não presta,
pois um sincero amor é que procuro.

Mas, não estamos sós... Fiques tranquila.
O ar está aqui, suave, acolhedor.
A nossa timidez? É a luz: farei parti-la,
para sentir de perto o teu calor.

Vais partir? Mas, porquê te vais?
Acaso não queres ficar hoje comigo?
Sempre desejei neste lugar, contigo
falar sério de amor... poder amar-te mais...

AUTOR: MOYSÉS BARBOSA
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AGORA...UMA SÓ ALMA!


Sua presença é forte em minha vida
E se acordo e não a vejo do meu lado
Não sei o que fazer, onde irei buscar
Eu que converso com pássaros e flores
Conclamo que saiam como combinado
As aves batem asas depressa a procurar


As flores têm mais dificuldade
Se esforçam, amigas, mas demoram
Elas dependem  do vento pra andar
Entro em decadência, não sei como vai ser
As rosas, mais sensíveis, até choram
Vejo pétalas multicores bailando pelo ar.


Chamo os relâmpagos, também as trovoadas
Respondem baixo, meu grito é bem maior
Resoluto começo às montanhas recorrer
Mas eis que de repente ouço a resposta
Me abraça a natureza e fica a meu redor
Dizendo – uma só voz – que vai me socorrer


Algumas caminhadas... “não a encontramos”
Meu coração bate, mas está quase morto
Meus olhos já não enxergam mais
Digo, então, percorra vales e Campinas
Passe pelos jardins, pomares, parques, horto
Quão bom chegar aqui uma gota de paz


Ó desespero cruel que vem se aproximando
Encurte seus passos, imploro por favor
Pois necessito é de calma pra viver
Rogo até que me ajude a encontrá-la
Ao invés de me ferir com seu pavor
Clamo, clamo... me impeça de morrer


Retornaram as aves e também as flores
Os relâmpagos, as montanhas, trovoadas
Até mesmo o desespero... todos pra dizer
Foram infrutíferas as buscas que fizemos
Não foram sequer marcas encontradas
Inexiste qualquer outro lugar pra percorrer


Quando ouvi estas falas quase desfaleci
Com grande e forte dor no peito a latejar
Não tenho a quem mais pedir socorro
Pensei nas nuvens, na chuva, são amigas
De mãos dadas, juntas, água pra jogar
Sobre as ruas, casas, praças... ou eu morro


Voltei meus olhos pro céu, estava azul
Constatei de pronto chuva não vai ter
Só me resta agora uma última opção
Dobrar os meus joelhos sobre a terra
Clamar a quem sempre veio me valer
 Com fé, ao santo Deus, fazer uma oração


Os fundamentos do universo se abalaram
Grandes estrondos... o solo se abrindo
Chuva, muita água correndo pelo chão
O que será isso? O mundo ‘stá acabando
Mas veio a luz. Silêncio. Ela ali sorrindo
Ó Deus meu, grato sou, ouviste a petição


Ela me disse “estou aqui a procurar-te”
Combalido não entendo este mistério
Mas respondeu-me “vou dar explicação
E certamente entenderás o acontecido”
Não quero ouvir – retruquei – e falo sério
São delírios meus, são frutos de paixão


Agora estamos juntos em todos os lugares
Acordar é sempre ao mesmo tempo
Se não sinto sono ela também não sente
É evidente que houve a união de almas
Juntos sentimos o sopro de um só vento
Eu e ela, o mesmo dom.. onipresente


AUTOR: MOYSÉS BARBOSA (1971)
Moysés é Advogado, Professor, Bispo e Jornalista. Escritor e Poeta secular e religioso, já com Jubileu de Ouro de Poesia, transcorrido em 2009. Possui os Méritos Poético-Literários Carlos Drummond de Andrade, Luis de Camões, Jorge Amado e Olavo Bilac, Honra ao Mérito Olga Kapati e recebeu em Brasilia na Emill Brunner Universidade o titulo de Doutor Honoris Causa em Poesia Barroca, expedido pelo Conselho Euro Latino de Escritores que a instituição mantém.
Veja parte de sua obra poética em www.pastormoysesbarbosa.com



IMAGINAÇÃO?

Ontem relembrei aquela poesia
Na qual me fizeste uma homenagem
Rolaram lágrimas enquanto eu a lia
Cada palavra trazia uma mensagem
---
No primeiro verso senti o teu abraço
No segundo a doçura do teu beijo
Continuei lendo, pensei, o que eu faço?
Para conter, no terceiro, meu desejo.
---
Belo soneto, perfeito... eras poetisa
Escrevias com ternura e sinceridade
Ele nos acalma, é uma meiga brisa
Nos faz crer que amar não tem idade
---
Não mais estás aqui, vou ver-te um dia
Abrirei ainda mais meu coração
Farei por ti o que antes não fazia
Teu amor se confirma na versificação
---
Quando será não sei, fico esperando
Creio na existência da celestial cidade
Amor é para sempre, só vai aumentando
É por isso que Deus fez a eternidade
---
Hoje és um anjo e eu também serei
Juntos cantaremos linda melodia
Diante do trono de Cristo, nosso Rei
Nosso viver então será todo alegria

AUTOR: MOYSÉS BARBOSA (1969)

SÚPLICA

Quantas vezes ficamos perdidos
Sem saber pra onde caminhar
Quantas vezes os dias são sofridos
Só  esperança vem nos confortar
---
Quantas vezes temos choro amargo
No recôndito da alma, o que fazer
Quantas vezes a voz é só embargo
Tudo é noite e demora alvorecer
---
Quantas vezes a tristeza aumenta
Parece que a morte está chegando
Quantas vezes o coração esquenta
Com o calor da alma soluçando
---
Quantas vezes o pranto é alegria
Quando doce voz vem nos falar
Quantas vezes é paz,  e quem seria
É Deus: “no colo vou te carregar”
---
Ó Senhor da santa misericórdia
Tenha piedade de nós, os pecadores
Nos momentos de dor, de aflição
Troque, suplicamos, corações duros
Dos que plantam ódio e não flores
Para que façam sementeiras de união

AUTOR: MOYSÉS BARBOSA

SOMOS COROA DA CRIAÇÃO

No alvorecer, plena madrugada
O céu ainda está pontilhado
Um barulho, olho, não é nada
O que será, estou só aqui parado

Aos poucos o sol surge, aparece
Pra iluminar os campos devagar
Há gente que‘stá indo fazer prece
Vai pedir pra Deus a perdoar

É pessoal de perto da venda
Que desmata sem contemplação
Do soneto é pior a emenda
Como rezar? Isso não tem perdão

Entristecido volto para casa
Preocupa-me o dano produzido
À natureza... ao meio ambiente
Dos quais sou eterno defensor
Fiz a todos eles apenas um pedido
Plantem mudas, pra ela bom presente

Vamos conservar a natureza
E afirmo com muita emoção
Somos parte dela, que beleza!
Deus nos fez Coroa da Criação!

Sejamos todos guardiães da natureza
O mundo será outro... mais beleza!

AUTOR: MOYSÉS BARBOSA

EXALTAÇÃO À PAZ UNIVERSAL

Pessoas há... no mal sentem prazer
Pois semeiam contenda a vida inteira
Lutemos pra que todas elas venham
Fazer da paz um lema, uma bandeira.
---

Mas isso nos parece impossível
Como abrir porta de corações?
Só nos resta o supremo poderio
Busquemos a Deus com nossas orações
---
Cada um de nós com seu potencial
Mostrando sempre o que a guerra faz
Talvez um dia o mundo seja outro
Vamos nos dar as mãos, somos iguais
---
Plantar a paz exige muito esforço
Rádio, TV, poemas e também canções
É trabalho contínuo, sem descanso
E que sejam parceiras as nações
---
Acabando o confronto e a disputa
Até mesmo a natureza vai sorrir
Terá um fim  toda a  devastação
As janelas do céu vão se abrir
---
Ouviremos o belo coro angelical
E da floresta a voz dos animais
Até as plantas vão comemorar
Nova terra... dos conflitos nem sinais
---
Será nosso planeta um só continente
E uma só língua todos vão falar
Pra governante não terá eleição
Por aclamação todos antevendo
A harmonia, sim,  é que vai ganhar
E como vice, assumirá a compreensão

AUTOR: MOYSÉS BARBOSA

O ÉBRIO

Lá vai o ébrio, capenga pela rua
Deita no chão, em qualquer lugar
Não pergunto qual a sina sua
Pois vai dizer que sofre por amar
---
Às vezes me indago, como pode ser?
Coisas de amor um homem destruir
No caso do ébrio, creio, vou dizer
Sua mulher resolveu dele fugir
---
Há pessoas que buscam na bebida
Um consolo par’ as instabilidades
Há outras que renovam sua vida
Caminham até sem sentir saudades
---
Sou exemplo de hipótese singular
Não bebo e muitas saudades tenho
Só procuro refrescar a minha mente
Começo a escrever alguns poemas
Meu amor é grande, assim mantenho
Continuo amando, mesmo ela ausente.
---

AUTOR: MOYSÉS BARBOSA

CATETINHO: PALÁCIO DE TÁBUAS

Em Brasilia nós fundamos
Eu e mais Comendadores
Um órgão bem singular
Nome: “Amigos do Catetinho”
Conosco muitos Doutores
Pra sua história resgatar
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Os atos oficiais
Foram em dois mil e dez
21 de abril... o aniversário
Jubileu de Ouro da Capital
Grupo de proa e não de convés
“Guardião do Cinquentenário”
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“O Projeto Catetinho -
Resgate de Nossa História”
Já nasce com nota mil
Pra dar mais visibilidade
Ao desbravar... só de glória
Do Planalto Central do Brasil
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Nosso trabalho será intenso
Na missão de promover
O “Palácio de Tábuas” (madeira)
Este nome lhe foi dado
Juscelino o fez erguer
Era bem simples: mesa e cadeira
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Ele é mais visitado
Por turistas... gente de fora
E pra voltar como era antes
Divulgaremos para o mundo
Hoje, amanhã, começa agora
Junto aos mestres e aos estudantes

AUTOR: +DOM MOYSÉS BARBOSA
(Membro-Fundador da SACA-Sociedade Amigos do Catetinho e assim, como os demais, agraciado com o titulo de Guardião do Cinquentenário, pela Academia Brasileira de Honrarias ao Mérito)

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