Poeta Bruno de Paula!
MINTO !
Sem dor alguma,
conto as estrelas
que brotam de minha janela.
Sem dor alguma,
sorrio para a noite
quando me envolve com seu perfume.
Sem dor alguma,
finjo negar
a tua ausência.
Minto !
Minto,
tal como o vento ...
Que cantando sua dor,
varre as folhas secas
deixadas pelo outono.
Bruno de Paula
" (...) Existem certos momentos,
que não há necessidade de falar.
Apenas ...
Olhar, sorrir e, sentir. "
Bruno de Paula
A CÉU ABERTO
Meu coração ... ?
Já foi um armário com poucas gavetas,
exposto em um quarto escuro,
repleto de fechaduras.
Hoje, meu coração
é um varal a céu aberto,
onde repousam :
Meus sorrisos,
minhas dores,
minhas saudades,
meus desejos,
minha liberdade.
Com espaço suficiente
para abraçar o mundo,
tocar as estrelas,
viver meus sonhos.
Bruno de Paula
(...) Na verdade,
aprendi a me amar nas duras perdas.
Foi quando percebi,
que eu ali, sozinho,
era tudo o que eu precisava.
Bruno de Paula
" (...) Carregas tantos sentimentos dentro de ti,
que farás de teus dias,
tua própria prisão ... "
Bruno de Paula
EM TI
O sol se aconchegando por entre os vales.
O fim de uma tarde
se entregando ao azul do céu.
A brisa fresca das noites,
acariciando nossos cabelos.
O marulhar das ondas,
nas noites de luar.
É isso que me lembras,
quando me chegas em pensamento.
É em ti ...
Que mora minha saudade.
Bruno de Paula
(...) Abra a janela.
É do azul,
que os sonhos caem ...
Bruno de Paula
(...) Com o olhar carregado de sentimentos,
terminou o seu café ...
Sem uma única palavra,
degustou mais alguns pensamentos.
Deitou seu olhar sobre o meu e, sorriu.
Bruno de Paula
" (...) Naquela noite,
quando você chegou saudade,
queria apenas teu abraço,
teus silêncios ...
Colar meu coração ao teu,
e ali ficar,
até a chuva passar. "
Bruno de Paula
(...)
Amar ...
Não é partida, nem chegada.
Não é estação e,
muito menos viagem.
Amar ...
É uma linda paisagem interna.
Nunca vista pelos olhos.
Somente pela alma.
Bruno de Paula
" (...) Ontem,
pastor de estrelas.
Hoje,
caçador de mim. "
Bruno de Paula
POÇO VAZIO ... SECO SECURA
Poço vazio
Seco secura
Nada no fundo.
Foi-se a vida ... (água)
Perdeu-se as esperanças.
De joelhos,
pedindo com fé,
implorando aos Santos,
o milagre das chuvas
para a sua sede matar.
Mas nada lhe chega
além do sol escaldante,
da fome,
da terra ardente,
da pele e da alma,
enrugadas pelo sofrimento.
A seca sem descansar,
segue devorando
o que respira ao seu redor.
Esquecido e, órfão de Pátria,
ninguém se importa,
com a realidade do sertão,
com a vida do "Seu Sebastião".
O corpo,
sem uma gota d'água,
nega ao nordestino
seu último pedido.
O de uma lágrima,
seus lábios tocar.
Com o corpo repousado no chão e,
as mãos elevadas aos céus,
solta um breve sussurro,
pedindo compaixão.
Bruno de Paula
BRISAS D'ALMA
" (...) O que aquece meu coração ?
- O sopro das brisas ...
As brisas frescas d'alma. "
Bruno de Paula
PESCADOR DE ALMA SOFRIDA
Cabeça caída em braços sofridos.
Olhar e mãos vazias,
que se fundem às águas do rio.
Pescador de alma sofrida,
fé esquecida pelas margens da Vida.
Sem sonhos para pescar,
sem futuro para sonhar,
onde aportar ... ?
Resta-lhe a solidão,
que inunda como as cheias,
o que lhe resta do coração.
Bruno de Paula
AMANHÃ
A vida pode ser dura com a gente ...
Nos jogar às paredes.
Nos vender ilusões.
Nos roubar alguns sonhos.
Por mais que ela nos moa, lembre-se :
É no chão, onde tudo floresce.
Hoje, você é pó.
Amanhã, flor.
Bruno de Paula
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