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quinta-feira, 21 de junho de 2012

Poeta Bruno de Paula!



MINTO !

Sem dor alguma,
conto as estrelas
que brotam de minha janela.

Sem dor alguma,
sorrio para a noite
quando me envolve com seu perfume.

Sem dor alguma,
finjo negar
a tua ausência.

Minto !
Minto,
tal como o vento ...

Que cantando sua dor,
varre as folhas secas
deixadas pelo outono.


Bruno de Paula



 " (...) Existem certos momentos,
que não há necessidade de falar.
Apenas ...
Olhar, sorrir e, sentir. "


Bruno de Paula



 A CÉU ABERTO

Meu coração ... ?
Já foi um armário com poucas gavetas,
exposto em um quarto escuro,
repleto de fechaduras.
Hoje, meu coração
é um varal a céu aberto,
onde repousam :
Meus sorrisos,
minhas dores,
minhas saudades,
meus desejos,
minha liberdade.
Com espaço suficiente
para abraçar o mundo,
tocar as estrelas,
viver meus sonhos.


Bruno de Paula




 (...) Na verdade,
aprendi a me amar nas duras perdas.
Foi quando percebi,
que eu ali, sozinho,
era tudo o que eu precisava.


Bruno de Paula




 " (...) Carregas tantos sentimentos dentro de ti,
que farás de teus dias,
tua própria prisão ... "


Bruno de Paula


 EM TI

O sol se aconchegando por entre os vales.
O fim de uma tarde
se entregando ao azul do céu.
A brisa fresca das noites,
acariciando nossos cabelos.
O marulhar das ondas,
nas noites de luar.
É isso que me lembras,
quando me chegas em pensamento.
É em ti ...
Que mora minha saudade.


Bruno de Paula



 (...) Abra a janela.
É do azul,
que os sonhos caem ...


Bruno de Paula



 (...) Com o olhar carregado de sentimentos,
terminou o seu café ...
Sem uma única palavra,
degustou mais alguns pensamentos.
Deitou seu olhar sobre o meu e, sorriu.


Bruno de Paula



 " (...) Naquela noite,
quando você chegou saudade,
queria apenas teu abraço,
teus silêncios ...
Colar meu coração ao teu,
e ali ficar,
até a chuva passar. "


Bruno de Paula



 (...)

Amar ...
Não é partida, nem chegada.
Não é estação e,
muito menos viagem.

Amar ...
É uma linda paisagem interna.
Nunca vista pelos olhos.
Somente pela alma.


Bruno de Paula




 " (...) Ontem,
pastor de estrelas.

Hoje,
caçador de mim. "


Bruno de Paula


 POÇO VAZIO ... SECO SECURA

Poço vazio
Seco secura
Nada no fundo.

Foi-se a vida ... (água)
Perdeu-se as esperanças.

De joelhos,
pedindo com fé,
implorando aos Santos,
o milagre das chuvas
para a sua sede matar.

Mas nada lhe chega
além do sol escaldante,
da fome,
da terra ardente,
da pele e da alma,
enrugadas pelo sofrimento.

A seca sem descansar,
segue devorando
o que respira ao seu redor.

Esquecido e, órfão de Pátria,
ninguém se importa,
com a realidade do sertão,
com a vida do "Seu Sebastião".

O corpo,
sem uma gota d'água,
nega ao nordestino
seu último pedido.
O de uma lágrima,
seus lábios tocar.

Com o corpo repousado no chão e,
as mãos elevadas aos céus,
solta um breve sussurro,
pedindo compaixão.


Bruno de Paula



 BRISAS D'ALMA

" (...) O que aquece meu coração ?
- O sopro das brisas ...
As brisas frescas d'alma. "


Bruno de Paula



 PESCADOR DE ALMA SOFRIDA

Cabeça caída em braços sofridos.
Olhar e mãos vazias,
que se fundem às águas do rio.
Pescador de alma sofrida,
fé esquecida pelas margens da Vida.
Sem sonhos para pescar,
sem futuro para sonhar,
onde aportar ... ?
Resta-lhe a solidão,
que inunda como as cheias,
o que lhe resta do coração.


Bruno de Paula



 AMANHÃ

A vida pode ser dura com a gente ...
Nos jogar às paredes.
Nos vender ilusões.
Nos roubar alguns sonhos.

Por mais que ela nos moa, lembre-se :
É no chão, onde tudo floresce.
Hoje, você é pó.
Amanhã, flor.


Bruno de Paula


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