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terça-feira, 14 de junho de 2016

Se convive com a má política o resultado não é bom




Se convive com a má política o resultado não é bom


Falou-se e falam muito em golpe militar, contudo, quem viveu durante a época do militarismo não quer passar novamente pela experiência. Para tanto é preciso que todas as pessoas comecem a participar da política e entender o que é política. É preciso participar das decisões públicas para não chorar amanhã. Participando o bicho já pega, imagine se ficar à margem!

Vivemos numa República Democrática, é certo. Porém, é preciso saber construir a democracia não deixando aliançar a elite política e o poder econômico.

Estamos quase em tempos de eleições, respiramos eleições. Momento em que as prosas ao pé do ouvido só servem para conchavos, alinhavos, pontos, tudo isto dentro do métier político. Quem vai com quem, quem apoia quem, tudo num jogo de interesses político. Ouve-se até falar em financiamento de campanha. Quanto se pode gastar numa campanha? Quem vai doar para a campanha? Vereador pode receber doação? Todos nestes tempos ficam nessa conversação.

Muitos buscam financiamento de campanhas. Muitos oferecem para financiar campanhas. Nem sempre é bom, pois nas entrelinhas estão os jogos de interesses. E põe interesses nisso.

Sabemos que muitas campanhas  são milionárias. O pior é que o resultado não é nada agradável. O candidato fica amarrado, atado aos desejos do financiador. Quem financia quer retorno. Então, acaba que o gestor não será o gestor. Ele deverá ouvir outros e criar cabides e mais cabides de emprego. No final, o gestor só servirá como burrinho para o outro montar e colocar esporas.

Assim o governo não vai bem. A cidade não vai bem. O estado não vai bem. O país não vai bem.

Tudo vai de mal a pior. Mas a população não participa da política por  não gostar de política nem dos políticos. Enquanto as pessoas pensarem assim, não se decidirem participar, não haverá uma democracia participativa. Enquanto as pessoas deixarem confiscar delas o direito soberano, os rumos das cidades serão incertos.

Assim, não haverá boa saúde, boa educação, não haverá direito social, não haverá segurança nem transporte e nem lazer. A cidade permanecerá o caos total. O pior é que reclamam do transporte público, do aumento de passagens, reclamam de tudo, dos reajustes fora de hora e exorbitantes sem nenhum critério técnico. Mas as pessoas perdem por não querem discutir política, por não gostarem de política.

Política é um mal necessário. Cada pessoa precisa entender seu papel – cada um deve atuar como fiscal para haver controle. Agora, deixar os políticos soltos a esmo? A maioria deles continuará servindo de mula para muitos sabichões – todos que gostam de política e dos políticos. Somente por uma causa, levar vantagem. Mas a população que não gosta de política contribui para que tudo de pior aconteça.

Ah, que saudade de um projeto habitacional de fato!

Como muitos não se importam com política… Abrem–se as portas para entrada das grandes empreiteiras e a corrupção corre solta.

Os políticos fazem conjuntos somente para o fortalecimento do setor da construção civil – produzem moradia. Escolhem terrenos baratos todos afastados da cidade, isolados até. A grande maioria da população se vê abandonada na periferia e sem acesso adequado, sem transporte, até mesmo sem infraestrutura. Escola para educação dos filhos fica longe  e nem todos os filhos terão o direito da boa educação – sem postos de saúde, sem opção para lazer, sem condições de ir para o trabalho. Tudo por conta das pessoas não se importarem com a política. A grande maioria não sabe dos seus direitos enquanto sociedade civil.

Vivemos numa democracia, sejamos protagonistas da democracia. Vamos exigir uma cidade de direitos, não cidade de negócios, o mesmo valendo para o estado e o país.

Se vivemos numa democracia que realmente seja democracia participativa! É muito importante a participação da sociedade civil em projetos de consolidação do Estado Democrático de Direito.

Precisamos respirar democracia participativa!

Marta Peres

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