Poeta Télio Diniz!

Fui apresentada ao poeta carioca Télio Diniz e logo encantei-me com seus versos. Seu versejar é puro, cristalino e a musicalidade soa aos ouvidos como som de violino.
Parabéns poeta, é grande, imenso!
Marta Peres

Um pouco sobre o Poeta Télio Diniz!
Meu nome é Télio Fonseca Diniz. Moro no Rio de Janeiro e tenho 60 anos. Sou casado com Márcia, desde sempre. Tenho 4 filhos a saber: Rodrigo, Télio, Diego e Márcia, sendo estes últimos, gêmeos. Tenho 3 netinhos: Lucca e Camila, filhos de Marcinha e Gaia, filha de Télio. Tenho um outro filho do coração que é o Max, nosso cocker spaniel. Sou vascaíno doente e amo poesias.

PRIMEIRA VEZ ( Télio Diniz )
Vou seu véu retirar,
com todo amor e cuidado.
Vou seu corpo provar.
Invadir seus guardados.
Quero ser o primeiro
a lhe conhecer toda nua.
Sentir seu gosto, seu cheiro.
Minha lingua na sua.
Seu olhar no infinito
quando o gozo chegar.
Quero ouvir o seu grito.
Ver seu ventre pulsar.
Me arranhe neste momento.
Me chame do que quiser.
Me guarde no pensamento.
Moça, seu nome é mulher.

SONHO DE ADOLESCENTE ( Télio Diniz )
Sonho de adolescente,
ter você em meus braços,
amor antigo, ardente,
seguindo sempre seus passos.
Estrela de minha vida,
mulher, doce poesia,
embarcação protegida,
em mar de calmaria.
Aflora desejos loucos,
de todo o meu corpo vadio
e juro que não são poucos,
os toques em seu corpo no cio.
Você que me tem toda noite
e na hora que bem quiser,
nem precisa de açoite,
sou seu homem, minha mulher.

SENHORA ( Télio Diniz )
Não chora,
não é tempo ainda.
Acredita que a dor finda.
Espera, bela senhora.
O que hoje sente de dor,
em breve será fumaça,
pois, no fundo, tudo passa
e prevelece o amor.
Já está quase na hora
do seu sentimento agir.
Permita, ele quer sair,
seja feliz agora.
Por fim, pode bailar
pois, enfim, chegou a hora
e voce, bela senhora,
de alegria, pode chorar.

NOSSOS CONTRASTES ( Télio Diniz )
Meu olhos em ti
dizem tudo que sinto.
Desde quando lhe vi,
fiquei perdido, não minto.
Na nuca, um arrepio.
A voz embargada e rouca.
O corpo suando frio.
Vontade de ter tua boca.
Quando tuas mãos beijei,
suaves pétalas de flor,
na mesma hora sonhei,
contigo, fazer amor.
E quando a mim entregaste
a tua flor pura e bela,
na cama, nossos contrastes.
No teu olhar, aquarela.

PÁLIDA FOTOGRAFIA
Pálida fotografia.
Meu distante passado.
Menino brincando não via
que nada era pecado.
Criança livre e feliz,
sonhando só em crescer.
Um eterno aprendiz.
Tudo querendo aprender.
Pálida fotografia
pela vida esquecida.
Hoje, lembrança fria,
em minha alma perdida.
Cresci e não consegui
meus sonhos realizar.
Penso no que não vivi.
Quem dera recomeçar...
Pálida fotografia.
Rosto iluminado.
Sorriso de pura magia.
Por onde andará meu passado ?

ASSALTO ( Télio Diniz )
Teu beijo incendeia.
Me leva ao espaço.
Curto circuito nas veias.
Me perco em teus braços.
Frio a correr pela espinha.
Teu corpo no meu.
Tua lingua na minha.
Já era, gostosa, perdeu.

CORAÇÃO SANGRANDO ( Télio Diniz )
Meu coração machucado,
sangrando dentro do peito,
do seu corpo afastado,
nem bate direito.
Sente a falta daquela
que toda noite desejo.
Precisa do peito dela.
Roga pelo seu beijo.
Outra noite sozinho,
ele não vai resistir.
Venha só um pouquinho.
Me ame e depois pode ir.

INVASÃO ( Télio Diniz )
Invado o seu jardim.
Quero colher a flor.
Menina sorrindo prá mim.
Moça querendo amor.
Passeio com todo o cuidado
na direção do seu céu.
Pelo perfume guiado,
chego e arranco seu véu.
Procuro pelos segredos.
que meu corpo advinha
Vão caindo seus medos.
Sua flor já é minha.
SÓ NÃO ME DEIXE TÃO SÓ ( Télio Diniz )
Onde anda voce,
que me deixou aqui jogado no canto ?.
Onde anda voce,
que vi crescer ao meu lado ?.
Onde anda a menina,
que virou moça, mulher e me esqueceu ?.
Onde estará minha companheira,
que dormia e acordava comigo ?.
Quem me dera voltar no tempo
e no seu colo me aconchegar.
Quem me dera voltar no tempo
e sentir seu perfume em meu corpo.
Quem me dera voltar no tempo
e ouvi-la dizer: AMO VOCE.
Quem me dera voltar no tempo,
dormindo e acordando em seus braços.
E agora sua falta é tanta
que fico a esperar sua volta,
para brincar com seu filho,
lembrando o que fomos um dia.
E se ele me fizer tão bem,
tal e qual a minha menina,
prometo amá-lo intensamente,
até o fim dos meus dias.
Só não me deixe mais só.
Leva-me junto a voce.
Sirvo de enfeite, se quiser,
ou me guarde no armário.
Só não me deixe mais só.
Preciso sentir suas mãos,
embalando meu corpo já gasto,
até que o tempo me esgote.

OUTONO ( Télio Diniz )
Chegaram as folhas de Outono,
trazendo consigo a dor.
Dor que me tira o sono.
Onde andará meu amor ?
Moça de pura magia,
brisa de muito frescor.
Na poeira se foi, um dia.
Onde andará meu amor ?
Seu sorriso meio sapeca,
seu jetinho encantador,
seu rostinho de boneca,
Onde andará meu amor ?
Invadiu meu coração
e no meu corpo fez tremor.
Deusa da perfeição.
Onde andará meu amor ?
Flor-botão da Primavera.
Verão de intenso calor.
No Inverno deixou-me a espera.
Onde andará meu amor ?.
Hoje Outono é saudade,
doída e, sem nenhuma cor.
Quero a minha metade:
Onde andará meu amor ?

FILHAS DE SENTIMENTOS ( Télio Diniz )
As notas de uma canção
são filhas de sentimentos
que brotam do coração.
Traduzem nossos momentos.
Revelam a dor sentida
ou amor verdadeiro.
Pranto na despedida.
Chegada do amor primeiro.
Embalam com poesia
sonhos possíveis ou não.
Seja de noite ou de dia,
parceiras na solidão,
amigas aventureiras,
viajam pelas estradas.
Frias e traiçoeiras.
Belas. Iluminadas.
Especiais dó, ré, mi,
com rimas se casam felizes.
Nascem fá, sol, lá, si.
Surgem novos matizes.
Vão colorir novas vidas.
Novos casos de amor.
Dores a serem esquecidas,
nas mãos do compositor.

QUANDO PENSAR EM MIM ( Télio Diniz )
Quando pensar em mim,
não lembre do quanto chorei,
ao enxergar o fim.
Até em morrer pensei.
Quando pensar em mim,
não lembre da minha dor.
Ainda sozinho sim,
procuro um novo amor.
Quando pensar em mim,
finja que nunca existi.
Vai ser melhor assim.
Preciso ao menos sorrir.
Mas uma coisa imploro
de joelhos no chão.
Só de pensar, sempre choro:
" Devolva meu coração ".

CHEGANÇA ( Télio Diniz )
Sem que eu buscasse,
voce entrou por minha vida
e por menos que eu esperasse,
deu uma bela sacudida.
Oh! chegada bendita,
amor sublime e profundo,
voce veio tão pequetita,
para iluminar meu mundo.
E agora, totalmente instalada
enebria-me de sonhos, desejos,
levando-me nesta escalada,
a me alimentar de seus beijos.
Amor, tão simples e forte,
poderoso, ardente, dolorido.
Impressiona-me seu porte,
tesão bem resolvido.
Por mais que voce me diga,
ser minha enquanto viver,
espero que sempre siga,
comigo junto a voce.

POR QUE ? ( Télio Diniz )
Estou aqui parado no tempo,
sentindo tua ausência.
Devastadora ausência.
Sussurro palavras ao vento,
pois ele irá entender
e, ( quem sabe ?... ),
me levar ao teu encontro.
Meu coração voa...
Por que te amar ?.
Talvez por te ver e sentir...
Mesmo sem te possuir por todo o tempo.
Por que te ver ?.
Talvez para enxergar a mim mesmo,
para também me amar.
Por que te imaginar ?.
Talvez já tenhas sido, és e sempre serás,
um sonho inatingível.
Ficas em mim existindo,
dominando, subjugando,
ensaiando uma saudade,
que não cabe mais dentro de mim.

TUA FLOR ( Télio Diniz )
Guarde meu corpo consigo.
Cuide dele prá mim.
Suas mãos, como abrigo,
a proteger meu jardim,
onde cultivo a flor
que cresce na direção
certeira do seu amor,
deixando de ser botão.
Colha esta flor e use
da forma que melhor quiser.
Não tenha pudores, abuse.
Deixe brotar a mulher.
Quando seu corpo cansar,
devolva a flor ao jardim
e quando você precisar,
peça de volta prá mim.
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