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terça-feira, 17 de junho de 2008

Companheira da Madrugada


Companheira da Madrugada

Sou companheira da madrugada,
revivendo dores, mágoas, feridas
não cicatrizadas e sangram meu
coração, me tiram o sono, ando pelo

jardim como sonâmbula, sinto a alma
arder, quase nunca encontro alívio,
por quase nada e quase sempre vou
às lágrimas, choro sobre as rosas

que se orvalham, chorando comigo,
sentindo minha solidão, lembranças
marcam meu viver, preciso mudar,
modificar meu pensamento, aceitar

sua partida, aceitar que perdi , deixar
de viver das recordações, buscar forças
para re-viver dependendo de mim,
do meu amor por mim, pela minha vida!

Marta Peres

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