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terça-feira, 26 de novembro de 2013

APAC – Amando o Próximo Amarás Cristo





APAC – Amando o Próximo  Amarás Cristo

Concorda que parte da causa da criminalidade no Brasil é também corresponsabilidade do Estado? A maioria das infrações causadas é por indivíduos que tiveram negados os seus direitos naturais – como direito à vida, saúde, educação, tornando estes, indivíduos socialmente excluídos mesmo após terem cumprido pena.

Poucas são as pessoas que socorrem um indivíduo que passou por uma penitenciária.  O medo do bandido faz pessoas se esquivarem, virarem as costas. Contudo, após cumprimento da pena o indivíduo é posto em liberdade, livre como qualquer cidadão de bem, cidadão que se diz de bem. Todos se cruzam pelas ruas, às vezes, por não se conhecerem se cumprimentam. Isto só por não se conhecerem. 

O ex-presidiário, pessoa que tenta se integrar novamente à sociedade, que conviveu dentro do presídio com n tipos de outros condenados, que aprendeu n modalidades de crimes, vê todos lhe virando as costas. Vamos combinar que por melhor que seja a pessoa, em algum momento um nó pode ser dado em sua cabeça. É ex-detento, só por isto carrega um estigma –  consideram má pessoa! O que é ser má pessoa? Uma criança recém-nascida  nasce com a estrela da maldade? Será que ninguém se melhora com o sofrimento? Alguém acredita em mudança de comportamento? 

E se fosse filho ou filha sua trancafiado(a) dentro de um presídio?

Se fosse irmão ou sobrinho ou primo seu jogado como animal dentro de uma jaula?

Se fosse com sua mãe ou seu pai?

Sabemos que o Sistema Prisional Brasileiro mostra-se totalmente  desumano e deficiente, não vamos tapar o sol com a peneira. Nosso Sistema Prisional não atende a sua finalidade por mais que os dirigentes sejam bem intencionados.

A verdade todos sabem, os presídios se tornaram uma escola de crime!

Presos que praticaram crimes menores logo que entram para o complexo são recrutados para a prática de crimes maiores. Uma pessoa que teria condições de se reintegrar á sociedade vai afundando na lama cada vez mais e mais – pois são ameaçados em sua integridade, movidos por coação, ou é forma de buscar  respeito, tirar alguma vantagem – são n motivos. Então, do delito mais simples a uma profissionalização de crimes. E o presídio por não ter estrutura torna-se um verdadeiro Escritório do Crime!

Foi sofrendo na pele que Mário Ottoboni defendeu o Modelo Prisional APAC, deixou seu trabalho remunerado passando atuar como voluntário, ajudando aos necessitados.

APACs -  tem uma sigla sugestiva - Amando o Próximo  Amarás Cristo! Esta sigla  fala algo ao seu coração?  

Seria preciso  a pessoa sofrer na pele o drama de ter um filho fazendo parte da população carcerária em um presídio, para que o coração duro de pedra amoleça? Não estamos acima do bem e do mal. Em qualquer momento da vida as vicissitudes podem bater à nossa porta. Estamos preparados para receber? Se ocorresse, como iríamos agir? Como iríamos reagir?  

Não seria este, momento de todos nós nos darmos as mãos, nossas famílias precisam proteção! 

Feliz a cidade que tem as APACs masculina e feminina – todos os detentos que podem serão ressocializados – um trabalho digno de aplauso, louvo e agradeço a Deus por existirem pessoas em nossa cidade como João Geraldo Silva e Cleusa Maria Silva, diretor e presidenta das APACs – Patrocínio – MG. 

Só não entram no programa os criminosos de alta periculosidade! Ainda há necessidade de se criar um modelo para atender estes casos extraordinários. Aos poucos, um meio será encontrado para que estes também possam se melhorar!

Marta Peres

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