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segunda-feira, 25 de maio de 2009

A Poesia Anda


A Poesia Anda

A poesia anda calada pelos cantos
da casa, lágrimas rolam no rosto
silenciosamente. Só esperança, não
morre dentro do peito! Limada pelas
lágrimas vai esmerilando o coração
abatido, sofrido, só. A poesia, às vezes
sente-se como animal encurraldo, solidão
abate os pensamentos e não obedecem ordem.
Desespero pela delicada sorte! E a poesia segue,
anda, geme pelas paredes e jardins, depois
da porta aberta, procura seu mundo no sol,
na lua, na flor do charco! Resoluta mostra
seu lado animal, às vezes atenciosa, amena,
outras, chorosa, silenciosa, vai nas suas muitas
caras correndo pelo parque, andando na chuva,
apanhando flores, vondo na imensidão dos céus!

Marta Peres

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