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quinta-feira, 7 de maio de 2009

Pequeno Sarau!


Eu Poeta...

Sou a que costuma navegar delirante
Sobre as nuvens cintilantes...
Respirar o ar que ninguém se atreve.
Lá no alto só tem eu!
Finjo que as nuvens são ondas e
O céu, infinito mar...
Meus pensamentos são ventos
que fazem meu barco plainar.
Canto, danço, invento modinhas e
Troco as estrelas de lugar.
Brinco com as três Marias,
apostos corrida com os cometas,
Fico de ponta cabeça,
Mirando sempre o luar...
Balanço pés descalços
Quando, deslizo o corpo pelo lua
E grito lá do infinito,
Onde ninguém me pode ouvir:
_Sou poeta!
E nesta minha loucura
Vivo a maior aventura!

...Mas as vezes afligida e triste,
choro versos em meu mundo autista
Pois a lágrima do artista
É a garoa da poesia...

Marisa Rosa Cabral...27/10/06.



Noite...

Clara é a imensidão da noite
O dia já se foi pra nunca mais.
E essa saudade bate feito açoite
nas costa do fiel e velho jamais

Bordo, nua, um lindo manto
De um azul forte e profundo
Onde posso esconder o pranto,
que lava as veste do meu mundo.

O sereno molha meus cabelos,
Em trança repuxada e doída,
que cai nos ombros am apelos
àquela infancia já descolodira

O tempo é como um pássaro
assustado e arisco, quer fugir
Ouvimos seu canto, que ávaro,
nos conduz cegos, em seu fluir.

Num canto, ao lado da memória,
guardo meus mais belos poemas,
folhas soltas e letras, em inotória,
convivência harmonica...Amenas.

(Marisa Rosa Cabral)


Eternamente

Lá longe,
no vale sob o arvoredo florido,
pés descalços no tempo.
Esperarei por ti.

Ficarei ouvindo o vento,
mirando as nuvens,
adivinhando as horas...
Assim esperarei por ti.

E não importa nada!
Quanto tempo seja,
Qual caminho venhas...
Ali, esperarei apenas.

Nem a incerteza,
investidas de feras noturnas
ou intuição malsã
dali me afastará.

E caso eu morra
nesta espera eterna,
é certo que minh'alma
ainda esperará.


Marisa Rosa.


Quem sou eu?!
...Sou uma mágoa doída
no fundo da alma brotada
sou a trilha que a boiada
leva na mente esquecida
um vaso sem margarida
sou santo sem procissão
tanto faz, sou sim e não
posso ser, talvez, quem dera
qualquer coisa, coisa mera
sou preciso e sem noção!
(Marisa Rosa Cabral)


Saudade...
Cláudia Duarte


A margem de um rio cantarolante, vem a Saudade.
Saudade que defino uma palavra triste, pois quando ela aperta meu coração transborda em meus olhos.
Saudade que acaricia meu coração, Saudade da infância perdida.
Saudade do pai que me cobria no frio, do irmão que me fazia cócegas até rolarmos no chão.

Saudade que acaricia minha imaginação,
Saudade de sonhos que embalam meus dias e ainda não foram vividos.
Saudade de ir a um estádio de futebol gritar gol quando for no travessão.
Saudade de ficar ao luar escutando a música tocar e ir embora somente quando o dia clarear.
Saudade da vontade de amar no mar.

Saudade que faz a água se afogar sobre o leito,
Saudade do momento em que vi o mundo girar e depois de um cansaço escutar a frase * Para sempre vou te Amar*.
Saudade do amor inventado que começou tudo errado.
Saudade de uma oportunidade de mudar o caminho dessa correnteza.

Agora viverei em ribanceiras, assistindo ao nosso desencontro que depois de tanta loucura só nos resta a Saudade desse rio profundo...


Quero-te...
Cláudia Duarte


Saudade que não me deixa dormir,
lençóis molhados de lágrimas, sinais de uma paixão.
A paixão que por você nasceu só é triste
porque você esta tão longe, mas saiba que você vive em mim.

Vive em minhas fantasias em meus desejos,
vive na minha pele como tatuagem nos meus lábios como carrapato.
Você vive no meu intimo, vivo a imaginar você entranhar com seu vigor e me fazer sentir o gozo do amor.

Cada segundo que me sinto infeliz somente serve
para me aproximar mais de você, pois você me encanta me fortalece.
Seu dengo, suas caricias mesmo do outro lado me faz te querer mais e mais...

Paixão que me leva a devaneios mais preciosos.
Quero-te tanto que é capaz do meu calor te queimar todo.
Tento de outras formas me aproximar, mas não consigo,
sinto que essa paixão pode virar AMOR...




PALHAÇO ETERNA ALEGRIA
Cláudia Duarte


Palhaço, alegria que comove...
Vem a criançada para dar boas gargalhadas!
Adultos também gostam,
é muito bom voltar a ser criança quando se pode.
No circo, na escola, na praça,
onde tem um, o mundo se enche de graça.
Palhaços trazendo a esperança,
do triste ao doente! Fazendo todos
entrarem na fantasia e sorrirem.

Todos os de bom coração tem um pouco de palhaço na alma,
nos momentos com os amigos ou com a família!
fazendo a alegria e buscando a cada dia trazer um pouco de
riso para alegria da gente!!





Cláudia Duarte


*SE*
.........
Se eu pudesse prever
que o amor é denso
possivelmente corrigiria
o que dele penso...

Se eu pudesse saber
de você e eu
certamente deixaria
de ser tão ateu...

Se eu pudesse escolher
entre a fala e o pensamento
certamente diria menos
pra ouvir melhor...

Se eu pudesse calar a voz
que me emociona tanto
poderia mesmo em poesia
calar a dor que já sei de cor.

*Marçal Filho


*DEUSAS*
..............
Radiante luz ardente
resplandece ao meu olhar
como deusas no Olympo
como Zéfiro a voar

és o ser superior,
a perfeita afinação
entre o ódio e o amor
entre a espada e o perdão

tu és dança perigosa
e ternura singular
és tormenta pavorosa
e a pureza do amar

tradução da poesia
fantasia do querer
és do mundo a magia...
Tudo és... És tu mulher!

(Marçal Filho)

Flores do TEU amor

Ah Jesus, perdoa-me por essa dor
Que há tanto carrego solitariamente
Que me faz assim tão intransigente
Sem vontade de mudar seja o que for
Que não sabe ou não dá bom valor
Às coisas conquistadas nessa estrada
Ao caminho de flores dessa jornada
Onde por vezes amargo indiferença
Mas jamais haverá em mim descrença
Sei que no mundo, por Ti sou amada

Maria Rita Bomfim



SONETO ROMÂNTICO.

A pálida mulher dos meus amores
Passeia nos meus sonhos como a Lua:
Vestida de nuvem mostra, em fulgores,
Toda a beleza dissipada e nua!

Como tocá-la, sentir seus olores,
Se tão distante está? A fria rua,
Calada e negra, alheia às minhas dores,
Ousa expulsar-me da calçada sua...

Em delírios românticos de amor,
Vejo a mulher, que idealizo e sonho,
Envolta em nuvens densas de calor...

Com o poeta romântico (de outrora),
Toda a minha esperança ponho...
Nessa intocável e gentil senhora!

A.) J. Udine.

VALE A PENA VIVER.

Vale a pena viver: a Vida é Bela!
Por isso, hei de sorrir sempre feliz.
Quero construir mais e mais janelas
Para fitar o céu que sempre quis.

Vale a pena viver, ouvir a voz
De Deus, que clama em nosso interior:
- A voz de Paz que nos liberta do algoz
E nos conduz às delícias do Amor.

Vale a pena viver. A Vida é Bela!
Jamais hei de pensar na negra Morte,
Que se faz feia, asquerosa e bangüela...

Vale a pena viver: A Vida é Luz!
E por ser bela, eterniza-se forte,
No Céu, nos braços ternos de Jesus!

(A.) J. Udine.


A poesia toma forma

O amor sempre protege, sempre confia,
sempre tem esperança,sempre preserva.
Abraçando todos os meus medos
Tentando entender essa doce fantasia
Seria um sonho ou talvez louca utopia
Sigo em frente buscando o norte
Nesta louca trilogia, espero raiar novo dia
Me encontro no calor do seu carinho
Diante das inconstâncias humanas
Celebrando a magia deste momento
Chega de viver tendo esperanças vãs
E quando nas noites cálidas
Dançando junto ao vento, visitando estrelas
Destino que nos reserva um prazer maior
E transcende na magia do encontro
De almas sedentas buscando a certeza
Além da promessa desse prazer maior.
Pois a breve lembrança do que me resta
Para ter um amor por inteiro
Julguei que fosse o primeiro
Sem marca ou mágoa vivida
Alma limpa, de sombras despida.
Na mágica sublime deste encanto
A poesia chega com seu manto
Nesse enlace tão puro e fagueiro
Minh'alma envolve teu corpo trigueiro
No tempo da espera, a busca é constante
Na marcha, a marca inexorável do tempo
Ah!meu amor...minha alma sofre
Com a angústia das suas lembranças.

By Mazeh Lage




SOBREVIVENTE DO APOCALIPSE

O poeta é uma pergunta sem resposta
numa resposta sem pergunta.
Não pertence a si mesmo, senão ao enigma
da sobrevivência ao naufrágio da esperança,
balbucio de lucidez na treva sem limites
de que necessita morrer ao menos por amor.
E não consegue – o amor não lhe permite.

É uma contradição do último apocalipse.
Não precisa da velha identidade de sobrevivente.
É o único que já chegou perplexo ao pé da vida
com atraso de milhares de anos-luz, no instante
de felicidade não partilhada da lucidez do absurdo.
Como pássaro na iminência de um vôo inaugural
rumo à demência sublimada pela prodigalidade
dos fragmentos da misericórdia na interpretação
do drama oculto da alma no palco eterno
de uma flor no abismo...

Entre a realidade e o sonho, no limite
máximo da vida do operário em construção
do renascimento prometido. Só o poeta pode
decifrar o enigma da esfinge de si mesmo
como relator de evangelhos desconhecidos...

Julis Calderón


Saudade voa


Saudade de ti
feito uma borboleta
esvoaça as asas
sai de mim

Voa silente
ao sabor do vento
em seu corpo
encontra um jardim
primavera de cores
aromas e sabores

Em teus lábios
descansa lânguida
um beijo meu

Seiva densa goteja
adocicada de desejos

(Van Albuquerque)



DESEJOS

seu rosto
Sinto-te preenchendo por inteira
Minha boca nunca te beijou
mas reclama com ardor.
Meu corpo nunca te amou.
Sinto-me tocada
Mas é como se te possuísse todo dia.
Mesmo que jamais existisses, te inventaria.
Não és miragem, posto que viva em mim;
Se nunca te tivesse pressentido,
Não te desejaria assim.
Beijos em seu coração!

Adriana Leal


Cicatrizes

O meu lamento é forte
Já não cabe dentro de mim...
A minha alma chora de saudades,
minhas cicatrizes, horas choram, e calam.
Gotas pingam gotas, que sangram, sem parar.
Os acordes das cigarras me consomem....
Já nem tenho mais sono....
A minha paz sem sintonia vivo, sem melodia...
A minha pele perdeu o frescor das pétalas,
meu sorriso ficou pequeno, o olhar apagou...
Cicatriz agora chora magoada sangra,
o meu mundo virou um deserto,
tão deserto difícil de me achar...
A saudade esqueceu quem eu sou...
A casa tão imensa ficou pequena,
sinto-me perdida, em tantos cômodos,
O meu canto é o meu refugio...
Onde me escondo só pra chorar...
Autora Marina Nunes

Tesouro majestoso

Cristais e perolas solta na natureza
Na água brilhavam com rara beleza.
No leito calmo e rochoso ou no mar imenso.
Havia ali um tesouro majestoso.
Sentado numa pedra gigantesca.
Ao lado de uma cascata.
Tão belo com estilo moderno.
E uma postura nobre e terno.
Em volta dos belos minerais
Entre peixes e animais.
A suntuosidade do ambiente.
Destacava mais o lindo semblante.
A sensação corria tremia nas veias.
Quente morna e fria,
Aquele olhar tinha objetivo
De transpassar a flecha do cupido.
Não avalia a disponibilidade.
Está-se vazio para a acessibilidade.
Dispara com potencialidade.
Atinge o alvo; amar e ter felicidade.
Irremediavelmente apaixonado.
A flecha atingiu o ponto certo.
A artista mergulhou na arte de amar.
E o tesouro majestoso foi abraçar.

Hortência Lopes

2 Comentários:

  • Alegria e amor!

    Não deixo de visitar a página do Jornal O Rebate, onde encontro alimento poético, em grande escala, para a minha alma.

    Simplesmente, fantástico!

    José Bonifácio

    Por Blogger josebonifacio, às 8 de maio de 2009 às 11:42  

  • Fantastico!
    Pode ver aqui os melhores poetas e suas magnificas obras expostas no teu belo espaço, Marta!
    Teu carinho e devoção para conosco é coisa que não se paga!
    Muito obrigado por lembrar de mim!
    Nossa, fico orgulhosa de mer ver assim, em meio a tantos eximios!
    beijos grandes.
    Marisa Rosa.

    Por Blogger *andorinharos@, às 10 de maio de 2009 às 19:53  

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