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domingo, 23 de novembro de 2008

Pequeno Sarau!


VISITA
Oswaldo Antônio Begiato

Quando me virá visitar
E com suas horas morenas
Minhas horas roxas avivar
Deixando-me temporal?

Quando me virá adormecer
E com suas mãos firmes
Minhas mãos frias ameigar
Deixando-me desatinado?

Quando me virá cobrir
E com suas ternuras retalhadas
Meu corpo abrandado enlevar
Deixando-me infante?

Quando me virá?





ME PERDI

Onde estou que não te vejo?
Andei por onde andam
águas lamacentas...

Pisei chão de andorinhas vis,
rondei charcos
de escaninhos tais
que humilhou ao meu negro coração.

Então chorei...

Voltei aqui.
Estou na presença
do senhor dos ventos,
aos brados grito...lamento...

Me perdi...não te vi...
Busquei caminhos
de almas não lavadas,
louvei olhares de vãs contradições.

Não lembrei de ti...
Esqueci que parti de tua fonte
não lembrando nada...

mente ofuscada,
coração sangrando
por algo que não via...

te busquei...gritei,sofri...
Te procurei em falsas alegorias,
ao final,pergunto:
por quê?

se não estás aqui...
mas faz morada no meu coração...
Rosy Moreira


O AMOR

O amor é como menino
vem em dasatino
nos agrada nos desarma
com inesperados afagos...

Ele vem como potro galopante
sem itinerário viajante
e invade os porões dos nossos sonhos...

O amor se faz canção ao som do mar
se faz encanto encantamento
se revela através do vento
e ficamos a sonhar...

Vem fazendo moradia
é magia...poesia...
se faz noite ...se faz dia...
é dor ...é a agonia...
carnaval ,festa,boemia...
dentro do coração...

Rosy Moreira



Sinceridade é tudo

Devemos ser tolerantes,
Até mesmo, com os pobres, de espíritos...
Saber aceitar cada pessoa como ele é...
E muitas vezes precipitamos em criticar,
Sem ao menos dirigir uma única palavra, a essa pessoa...
Amabilidade nunca é demais...
Só atrair bons fluidos, e boas amizades...
O olhar fala tantas coisas, o sorriso esbanja simpatia,
Irradia cada passo, em cada caminhada...
Perdoar ameniza todas as dores e rancores...
A delicadeza é uma atitude dos sábios, que sabe,
Se comunicar, através de um simples olhar,
Um aperto de mão, uma palavra pequena, obrigado, bom dia!
Na vida devemos relevar certas coisas sempre...
Por muito pouco, hoje se perde um amigo, se perde uma vida!
Vale mais ter um amigo, que um inimigo, como amigo...
Vele também ser sincero, sem falsas aparências...
Quem acredita em falsas aparências, é pobre de espírito...
Autora Narina Nunes



Saudade eterna

Dói como lança afiada trespassando o peito
Machuca causando marcas profundas
Insensata não marca tempo nem hora
Começo nem fim, partida e chegada
Obstrui o coração bloqueando passagem da vida

Companheira inseparável, essa saudade
Não há como expulsá-la, tem morada cravada na alma
Sustenta-se, alimenta-se de uma vida indefesa
Lembranças num vai e vem desordenados
Reflexos transluzem no semblante inquieto

Ah...adorável inimiga saudade, és meu bom sonho
Minha inseparável companheira até o último suspiro...


Elian Bantim Sousa

VOZ EMBARGADA

Fico calada
palavras engolidas
tragadas pelo momento
trancadas no vazio...

Coisas não ditas
jogadas no esquecimento
morreram antes mesmo
que se fizessem palavras...

Foram cortadas
por um silêncio mútuo
engasgadas na garganta do nada...

Eu só queria dizer
deste sentimento morto
deste engavetar murmúrios
deste lastimar tropeços...

deste desencontrar o verbo
deste calar meias verdades...

destes monólogos mudos
das palavras não acontecidas
do enterrar diálogos
do matar o grito...

Rosy Moreira



Noite

Longas noites, surdas e cegas
À espera de sonhos vãos
Sonhos que não chegam
Murmúrios tresloucados
Fazem ecos apenas no pensar

Ó noite pérfida...
Por que tardas a passar?
Não vês que tortura
Uma alma inerte entregue ao léu?

Silenciosa e torturante noite
De histórias e segredos
Contados no vazio
De um quarto frio
Calabouço atroz

Noite trágica...
Como divã sem psicanalista
Revela segredos e ninguém escuta
Gemidos de dor ecoam
Pobre alma perdida
Numa noite vazia


Elian Bantim Sousa


TEU BRILHO

Amor! Preciso de teus olhos,
A noite vai ser
de poucas estrelas
Precisarei de luz...

Minha luz te incendeia...
Teu brilho me clareia...
Iluminam os mais profundos
túneis de negritude...
Fazem-se incandescentes
quando se encontram
luz e brilho
e tornam-se um só farol...

Ah! Tão bela tão certa...
Uma raridade brotando de uma flor
Estou certo desta noite,
mesmo que fosca,
Terei luz em harmonia
em demasia
Estarei contigo,
terei eu amor!

Rosy Moreira



ONDE ESTOU

Onde estou que não te vejo?
Andei por onde andam
águas lamacentas...

Pisei chão de andorinhas vis,
rondei charcos
de escaninhos tais
que humilhou ao meu negro coração.

Então chorei...

Voltei aqui.
Estou na presença
do senhor dos ventos,
aos brados grito...lamento...

Me perdi...não te vi...
Busquei caminhos
de almas não lavadas,
louvei olhares de vãs contradições.

Não lembrei de ti...
Esqueci que parti de tua fonte
não lembrando nada...

mente ofuscada,
coração sangrando
por algo que não via...

te busquei...gritei,sofri...
Te procurei em falsas alegorias,
ao final,pergunto:
por quê?

se não estás aqui...
mas faz morada no meu coração...
Rosy Moreira



Retalhos


Jenário de Fátima


Que nosso amor seja algo assim bem leve.
Como é bem leve o riso da criança,
Que em correria se arremessa e lança
Sobre a campina feita em branca neve.


E se este amor tiver a vida breve.
Que sua brevidade seja mansa,
Tal qual a pluma que no ar balança,
Deixando encanto na rota que escreve.

Porém se um dia deste amor partires,
Entenderas que olhares deslumbrados
Só brilham enquanto dura o arco-íris.

Mas no entanto não seguiras sozinha,
Hás de lembrar que em meio a seus guardados,
Haverá sempre alguma coisa minha.




Sua Chegada!

Vieste numa tarde de sol
Com teus olhos negros
Buscando os porquês
De um mundo tão diferente.
Embora desconhecida de ti
Tu me vias como protetora
E me tornaste gigante
Diante do amor
Teu sorriso de primavera
Deu-me a certeza
Que serás a luz do meu caminhar
O amparo dos meus passos trôpegos
A maior benção
Que Deus pôde me dar!
(Dedico as minhas filhas Karinne, Danielle e Isabela)

Conceição Bentes

Paz

Eu quero uma casinha branca
Lá no alto daquela serra
Onde os pássaros cantam livres
e felizes, fazem seus ninhos
Lá onde corre um riacho de
águas cantantes, que beleza...
um pedaço de natureza
presente de Deus para mim!
Na varanda da casa, estender uma rede
e me deitar à noite, contemplando o luar...
É lá que eu quero morar,
É lá que eu quero ficar...
Plantar meu sustento, um pomar
agradecer à terra pelo que ela vai dar...
Terei muita paz, muito sossego.
Um canto para viver e amar
tudo que é simples e belo.
Respirar o ar puro das manhãs
Tocar as gotas de orvalho nas flores
Pisar descalça na relva molhada
ouvindo os sons do silêncio...
Aqui eu vou viver....
...pois esse é o meu lugar!

Denise Flor©

7 Comentários:

  • Querida Marta

    Reverencio-me diante do seu amor, da confiança que depositas em mim,e acima de tudo, ao respeito por essa aprendiz que so sabe se emocionar diante de tudo que me tens feito
    Nao tens ideia do bem que me fazes, nao so por tudo que ja mencionei, mas pelo ser humano inigualavel que és.
    beijo seu coração e muito obrigada por tudo

    Ceição Bentes

    Por Blogger Conceição Bentes, às 23 de novembro de 2008 às 14:57  

  • Caríssima Marta, novamente agradeço pelo belo trabalho que mantens aqui, reunindo pessoas iluminadas e iluminando ainda mais esse espaço lindo e gratificante.
    És gentil, generosa e bem intencionada.
    Muito obrigado pela oportunidade.
    Um bjo com meu carinho, respeito e admiração.
    Denise Flor

    Por Blogger Denise Flor©, às 24 de novembro de 2008 às 20:30  

  • Marta,obrigada por colocar minhas poesias na sua página do jornal,fico muito feliz quando encontro uma poesia minha lá...
    Admiro muito esse seu trabalho,lindo como seu coração...
    Beijos minha amiga....

    Por Blogger Sensibilidade a navegar com poesias, às 25 de novembro de 2008 às 14:35  

  • Marta...cada dia gosto mais de visitar essa tua "casa"...que é tão nossa também...aqui sonhamos,vivemos...e congratulamos esperanças.bjo grande...
    Rosy

    Por Blogger Rosy Simplesmente, às 27 de novembro de 2008 às 10:03  

  • Este comentário foi removido pelo autor.

    Por Blogger Rabiscos, às 27 de novembro de 2008 às 12:53  

  • Decifrando uma mulher

    Cheia de candura e doçura
    Simplicidade e muita beleza
    Quem a olha vê com certeza
    Toda sua maestria e destreza.

    Suas qualidades se sobressaem
    Onde quer que vá olhares atrai
    Cheia de muito encanto e afeto
    Caráter forte e sempre correto.

    Mulher com profundos sonhos
    Vive a beleza de sempre estar
    Procurando as palavras corretas
    Para seus sentimentos expressar.

    Decifrar uma mulher nem sempre é
    Mesmo tão fácil, é sim pouco provável.
    Ela tem em seu interior o indecifrável
    E só se faz conhecer diante do inevitável...

    Por Lete Dias

    Poema dedicado à querida
    Amiga e poetiza Marta Peres.
    (27/11/08)

    Por Blogger Rabiscos, às 27 de novembro de 2008 às 12:55  

  • Marta, sempre me encanto com seus poemas, me sinto verdadeiramente pequena. Mas tenho em mim o desejo profundo de ver enchergar a vida com poesia. Agradeço demais, me colocar entre pessoas tão bem preparadas e de tamanha sensibilidade, que fico comovida por aqui estar. Amada, que DEUS abençoe tua existencia, hoje e sempre.
    Obrigada do fundo desta alma de poeta,que ainda precisa, muito aprender.
    Beijos.
    Cassia Da Rovare

    Por Anonymous Anônimo, às 27 de novembro de 2008 às 13:30  

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