Poeta,Edgar Alejandro!
Em de sua humildade e simplicidade, o poeta Edgar Alejandro vem despontando
dentro da literatura, buscando um sonho na vibração de sua inspiração. Como dádiva divina tece seus versos como quem tece sonhos, talento reservado a gênios.
Marta Peres
Nasci nos altiplanos dos Andes do Equador, aos 15 anos comecei o vôo do condor na poesia, impulsionado pelos ventos dos sentires desta linda vida, enlevei-me no mistério óbvio das palavras, sempre em busca da afinidade com meu íntimo...
“ Um homem não é aquilo que fala ou escreve e sim, aquilo que transmite em sentimentos, pois que a sua essencial esta guardada e gesticula no casulo das palavras”
Edgar Alejandro
Rego-si-yo
Regozijo-me na solidão
no âmago da árvore do anseio
que talvez na primavera mística
do sublime amor que sentes por mim
e ainda não percebes...
lances olhares cálidos de ternura
amadurecendo seus frutos verdes
reavivando flores novas vistosas
ajeitando em ninhos macios
os sonhos fluidos que nascerem...
... alumiando os caminhos úmidos
que levam as raízes a ti
em re-conectares elos segredos
de um antes pressentido
para juntos respirarmos a alegria
momentâneo plena lira!
na atmosfera densa do libido
deste céu a dois vibrante que delira...
Edgar Alejandro
EMBRUJO
Acumulado en el deseo traidor e casual
que alastra el infierno en mi cuerpo
como opio alucinante en mi cerebro
sueño entrar en el cielo embriagante
del cupido que viene de ti misterioso y sensual.
santo y pecador camino en las nubes a soñar
por el si de tus labios sensibles noble dama
diga que me ama como el musgo ama la piedra
suelte su beso en la brisa y espante las hienas
de los temores que me ahogan como hiedra
exorciza estos encostados de tu duro juego
para tener un guerrero a tu contento rendido
mira aquí… mira para mí y verás alguien
que sin tu amor… su corazón será partido.
Edgar Alejandro
COMUNIÃO COM A INTUIÇÃO...
Abri o horizonte da boca pra lua rubra
depositar seu pão e mosto de luxuria
ela com um gesto de ternura
ofereceu teus lábios de delicia pura
... mostrava os teus carnudos, sem juízo
afastando de mim o ser lamúria...
lêmure ainda no amor não entendi o léu
da estrela fugaz brilhante que vem do leste
o lene que irradiavam os seus olhos alegres
de tuaregue acampado num oásis...
nem a noite que a deixaste mais curta para mim
e não mostraste ainda como imagem... lembras?
pois tua linguagem de gestos à distancia são sutis
só se pressentem num suspiro que brota de repente
Quem me dera o delírio de poder alcançar
orquídeas estelares com a mão e juntá-las
no fio da paixão para adornar a beijos
teu colo e teu pescoço de gazela orgulhosa.
Edgar Alejandro
POESIA
Poesia é pisar na lua diva estendida insone pela rua
ouvir o flanar afinado das folhas em queda livre
na psique silenciosa da noite-madrugada...
Aspirar e sentir a doçura vibrante
da vida que se molda nas entranhas...
expirar e ainda sentir-se salvo!
da morte que paira sobre nós mal-assombrada...
É provar o mel das frutas sem mordê-las
tocar o veludo das flores sem tocá-las
apaixonar-se por uma musa não nascida
enlouquecer-se com pequenas emoções.
Viajar ao fundo-mar do coração
sentir seu amor sofrer suas dores
afogar-se em uma gota de chuva de verão
brincar de cama elástica nas nuvens.
Olhar o céu e ver o oceano transmutando...
andar no bosque e somente!
ouvir o canto dos pássaros...
Edgar Alejandro
SÓ… C(F)ERRADO
Sulcos no rosto refletem
a sede do árido serrado tristonho
minha alma esta inconfessa maltratada
rendida a sede que há em mim por nada
envolta em sufocantes ondas de desejo
teimoso que vem e vai como estações
atenuando o brilho em meus olhos
pelos anos já vividos em emoções
erosões vem... e matam o sensível
sonhos de borbulhas pensamentos
estouram lágrimas na praia, areia
da desdita pálpebra do abandono
que chora a única chuva nestes cantos ermos
porque tu não estas... tu não ancora.
Edgar Alejandro
A
M
A
R
T
E
... São as vertigens das minhas sombras
sobre tuas águas intimas em ebulição
é deixar-se cair sobre todas as orquídeas
que chamam o beija flor dos meus desejos
amanhecer úmido de orvalho do caule a flor
sem ter amanhecido ainda... sonhos
é ter certeza de saber que meu carinho
tem aconchego, tem seu ninho...
sobre teu estuário, fazendo mil piruetas
caretas e tatuagens me desdobro por teu gozo
... avião em kamikase declarado a morte
no abraço, no laço de pernas, braços, púbis
tudo em sincronia, no incêndio mútuo
e depois boiar... boiar bêbado em delírios
deixando-me encorpar no vinho de teu carinho
porque assim é amar o amor... amando-te
Edgar Alejandro
Doce amanhecer
Que importa se o domingo
eles vêem maravilhoso...
no sábado extenuado
o zênite do sol maior
acordou mais cedo
madrugava se abraçando
em suas próprias lavaredas
ainda que estava escuro
iluminava tudo no adentro
no centro a alma entoava
a musica dos lírios
em delírios penetrava
nos ouvidos da noite...
Edgar Alejandro
FRAQUEZA
A duvida cruel de uma mulher... ela pensa
ser seu amor sagrado não correspondido
O desatino absurdo de um homem... ele teme
não saber dizer e conter sua paixão sentida
deixar que se transforme num amor bandido.
Neste vai e vêm vão se perdendo as emoções
Todas as razões e conclusões claras escurecem
Declarações de amor silenciosas desvanecem
Na tristeza de um devir de mudas sensações...
Deixar soçobrar o amor no barco do egoísmo...
Nossa história não passa de um desejo sem molda
Nunca chegará a ter a força da paixão vivida
Nem vencer as desventuras de Tristão e Isolda.
Edgar Alejandro
POR ENQUANTO...
Passeias, analisas brincalhona assobias
confiante sentas sorridente
como quem diz: já o tenho
acomodas os quadris, te estende
queres conforto no meu trono imaginário
ao teu pretenso domínio instalas as teias...
a doçura dos teus versos promete
esconde um sutil veneno
em minha carne e esperma
como uma febre permanente, derrete.
em teus lábios meu nome passeia
saboreia teu celibato austero
em tua mão intimida o chicote...
mandante déspota e carinhosa
ditas tuas regras de cupido
com um beijo e uma bofetada
que por enquanto aceito submisso
ate que um dia te possua... toda lira
então será minha rainha e serva apaixonada.
Edgar Alejandro
NUNCA MAIS?
... Nunca mais verei minha cueca
e tua calcinha no varal... imaginário
tampando o sol do agreste dourado
mudando a cor na poeira
dançando ao som do vento
do verdejante serrado...
... do dia só me restam os poemas
os rabiscos lilases que te fiz (e não acreditas)
com lágrimas de tinta insônia madrugada
agora são só lembranças inocentes
cunhadas foram em folhas frescas
agora quietas secando ao relento
como sombras que espantam
o calor e o tédio movido pelo apego.
... mas, ainda que queira... jamais!
não sei dizer nunca mais!
Edgar Alejandro
DEPOIS QUE O SOL SE VÁ
Sol, deixa-nos livres para amar o que na noite nos rende
Ainda que seja curto como um arpejo de estrela imaginário
Que seja, pois como nuvem que passa e não se prende.
Mas, que seja verdadeiro em satisfação e prazeroso
O colapso formigante dos poros do teu corpo acenem logo
O que em teu ser e no meu é segredo amor em fogo.
Sejam nossos lábios, mãos, pernas, púbis, tudo
As compartilhas que dancem ao redor desta fogueira
Que no coração em frenéticos palpites... o momento espera!
Edgar Alejandro
7 Comentários:
Edgar Alejandro,
Poeta de versos intensos,linguagem precisa,densa,e de uma sonoridade que nos enleva.
Muitas vezes, ao ler seus poemas, parece que ele enfrenta uma tempestade de sentimentos, sabendo-a transformar em poesia.
Linda homenagem, merecidissima!!
Parabéns querida Marta!
Parabens querido Edgar!!
beijos
Karla Julia
Por http://www.campodeorquideas.com.br/2/, às 4 de outubro de 2008 às 20:01
Gostaria muito de agradecer o carinho da poeta e jornalista Marta Peres, pelo destaque à minha pessoa e alguns dos meus poemas, no blog do jornal inteligente e maravilhosamente dirigido por ela... Meus sinceros agradecimentos Marta querida.
Por Edy Ale, às 4 de outubro de 2008 às 20:37
Obrigado queria Karlinha pelo carinho explicito, beijos
Por Edy Ale, às 4 de outubro de 2008 às 20:39
Marta estive te visitando, um verdadeiro acervo poético...Parabéns@
encontrei por aqui um poema meu...grata pela oportunidade de poder estar inserida nessa página tão reperesentativa!
bjssssss
Por Dina a Ciganinha, às 20 de outubro de 2008 às 09:52
Ataíde Lemos
Marta é sempre uma honra para mim ver alguns de meus poemas publicados em sua coluna do Rebate,abraços
Por Ataíde Poeta e Escritor, às 26 de outubro de 2008 às 11:24
Lindos poemas que são como bálsamo para nossa alma. Parabéns, poeta.
Por Lua serena, às 24 de setembro de 2019 às 14:34
Este comentário foi removido pelo autor.
Por Lua serena, às 24 de setembro de 2019 às 14:35
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