Poetisa Jane Rossi!
“A lenda da Orquídea”
Nas terras da Indochina, uma jovem muito linda
Emanava paixão a inúmeros adoradores
Divertia-se fazendo os homens sofredores
Um homem apaixonado desejava seu sorriso
Lindas peças de ouro e jade ele lhe presenteou
A ingrata adornou-se e depois o desprezou
Ficou tão desesperado, que com a vida acabou
Muitos homens morreram enfeitiçados de paixão
Mas o poderoso Deus, resolveu que era o momento
Castigar toda maldade, mudando seus sentimentos
Ela se apaixonou, sonhou, mas o jovem a rejeitou,
Ela procurou o gênio, fez pedido e nada adiantou
Encontrou com a bruxa má e sua alma vendeu
Ele não teria outra mulher e seu pedido descreveu
Mas aquela malvada bruxa, seu pedido distorceu
O jovem virou uma árvore, ela chorou e sofreu
Chorou muitos dias, abraçada ao seu amor
Passou um gênio ali, na hora se compadeceu
Antes que a bruxa te leve, tu serás uma flor
Agarrada na árvore, chorou, sofreu e gemeu
Transformou-se em raiz e a orquídea nasceu
Jane Rossi
Quando Jane Rossi escreve se desprende da ilusão do sonho passageiro...
Sua alma eleva-se ao Alto, ela fala com anjos, a poesia chega ao papel, letra por letra,todas ditadas pelo amor Maior!
Aceito
Aceito as pedras da vida
Aceito o inverno e o frio
Aceito as horas tristes
Aceito qualquer desafio
Aceito a dor em meu peito
Aceito a alegria e o amor
Aceito as enfermidades
Aceito a angustia e o pavor
Aceito, pois é o destino
Aceito, pois já está escrito
Aceito, este dom divino
Aceito e não fico aflito
Aceito com paciência
Aceito as agruras da vida
Aceito as experiências
E as bênçãos sem medidas
Jane Rossi
“Cansei”
Cansei dos tombos da vida
Cansei da dor e da ingratidão
Cansei do dedo que aponta
Cansei de julgamento em vão
Cansei das máscaras coloridas
Cansei de ver falsos mantos
Cansei de ver duplas vidas
Cansei de ver muitos prantos
Cansei dessa página do livro
Cansei de ver mundo sem cor
Cansei de ver alma sem vida
Cansei de ver o desamor
Por isso tranquei a porta
Desse mundo cinza de dor
A vida agora me transporta
Ao mundo colorido do amor
Jane Rossi
25/01/2007
Mosaico de mim
No meio da escuridão, estava triste, calada
Perdendo a fé no amanhã, nem futuro eu almejava
A vida estava sem cor, só pedras na minha estrada
Permanente era o inverno que na alma congelava
Olhei pra dentro de mim e não via esperança
Lágrimas brotaram nos olhos, chorava como criança
A vida estava em pedaços, eu estava agonizando
Por entre choro e dor, vi a minha fé voltando
Acreditei que existe um Deus pra nos socorrer
E um anjo iluminado que nos faz sobreviver
Fui catando os pedaços da vida espedaçada
Fui montando um mosaico, uma vida renovada
Pedaço por pedaço fui encaixando com calma
Precisei ser um artista, renovando a caminhada
Quando juntei os pedaços, pintei com uma nova dor
Fiz um mosaico de mim, troquei a dor por amor.
Jane Rossi
“Garoa”
É primavera de flores
De colorido e amores
È vida de multicores
No mundo de dissabores
Tempestade ta chegando
Não respeita a estação
Rodamoinho sugando
Devastando a plantação
Ela chega a qualquer hora
No inverno e no verão
Mas logo ela vai embora
Deixando a destruição
A tempestade assusta
Ela destrói e magoa
Mas se temos fé em Cristo
A tempestade é garoa...
Jane Rossi
“A Fé”
Se você está com Cristo
De mãos dadas, rindo à toa
Não temas a tempestade
Pra você será garoa
Se o coração ta ferido
Mas sua alma perdoa
Não temas a tempestade
Pra você será garoa
Mesmo em altos mares
Velejando em canoa
Não temas a tempestade
Pra você será garoa
Na sede lhe deram vinagre
Cristo sofreu com a coroa
Nos rios operou milagres
Fez tempestade ser garoa
Jane Rossi
“Lenda da flor de maracujá”
Olhe bem para essa flor
Analise sua imagem
É flor que veio da dor
Traz uma linda mensagem
Cristo sofria na cruz
E os espinhos lhe feriram
Gotas de sangue caíram
E no chão elas floriram
E aos pés da Santa Cruz
Havia uma planta sem flor
E aquelas gotas de sangue
Fez dela a flor do amor
Nasceu uma flor diferente
Que em forma de coroa se propaga
Nela vemos os açoites permanentes
No centro três cravos e cinco chagas
Flor de maracujá é a flor da Paixão
São gotas de sangue cravadas de emoção
Tem o roxo do sangue, o verde da esperança
Tem o branco da paz e o amor como herança
Jane Rossi
1 Comentários:
Linda poesia! e muito quero dizer que esse blog... está bem servido de pérola poético!
Encantador. como a sua dona grande amiga! bjs!
Marina Nunes
Por Marina Nunes Britto..., às 30 de setembro de 2008 às 17:04
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