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domingo, 13 de abril de 2008

Poetas Pedem Socorro: Preservação da Natureza!



PEDIDO DE VIDA (Kênia Bastos)
Descaso ocasional
falta de consciência no âmbito Florestal
Alerta de vida!!!
Assim a natureza implora
aos que dela fazem seu despropósito humano...
“Abram seus olhos...Resgate o respeito pela minha vida, pois nela você está!”
Assim é sua súplica!

Árvores se despedem em atos irresponsáveis,
folhas leves, lindas, verdes vagam sem sentido...
Os dias cada vez mais encontram-se nublados
por tristeza manifestada pela própria natureza,
que assiste tantos atos covardes
daqueles que não valorizam
a consciência dos seus ráios fúlgidos do sol da liberdade...
Erguemos nosso olhar ecológico
digamos em postura firme e atos sutis
“Não”a derrubada das matas e florestas
“Respeito” a criação Divina
“Basta”aos atos dos que proporcionam o desflorestamento ambiental!

Caminhemos de mãos dadas a gritar forte:
A mãe natureza faz seu pedido de vida!
E você? O que pode fazer
por essa sublime e amada floresta amazônica?
Se quer fazer algo pela natureza ajude-a...
Responda e preserve o seu pedido de vida...

(Kênia Bastos – Em: 13/04/2OO8)

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O desmatamento indiscriminado, as queimadas, sensibilizou poetas.
Nosso grito de socorro pela Natureza sai da agonia quando vemos matas queimadas, animais não podendo serem salvos do fogo nem tendo como escaparem.
O corte de árvores que servem para carvão e móveis.
Autoridades que não são comunicadas e o desmatamento vem sendo desordenado.
A crueldade cresce, a impunidade se faz presente por não se conseguirem agarrar os agressores da Natureza!
Nosso grito de alerta é quanto a preservação, hoje conhecemos as belezas naturais, amanhã, alguém sofrerá a consequências.
Os poetas estão apostos para ajudarem a Natureza!
Os rios não podem secar!




Mata

Caminho por densa mata ainda não devastada,
Vejo que mãos predatórias não a conhecem,
Sinto acolhida mansa e a boa sombra
Embrenho-me sozinha seguindo trilha definida.

Existem pontos da mata onde emaranhado
De sua vegetação densa e sem clareiras acentuam
E o escuro se intensifica, assombra e dá medo
Àquele que não conhece...

Um forte perfume silvestre paira no ar
E me envolve, minha impressão viva deslumbra
Pela pujança e suntuosidade da selva
Que me aturdiu e amedrontou...

E a mata inteira me convidando a continuar
Num passeio onde meus olhos pousavam
Em flores exóticas, e o convite a dormitar,
Descansar sobre ramos verdes, puro frescor.

Templo venerando!
Colunas, arcos, lustres rebrilhando
E capitéis, nichos e recamos!

Ao crepúsculo tudo se torna triste
E meu coração chora, sente a dor da agonia
Vendo a mata adormecer, deserta,
Só com seus habitantes.

Marta Peres




Ipês

Ei-las, erguidas nos ventres das montanhas,
a cada ano mais belas e majestosas,
ipês brancos, amarelos e roxos
emprestam a natureza alegria da época.

Todas têm o coração aberto em flor
E não sei dizer qual é a mais bela,
Páro absorta em meus pensamentos
Que voam longe, dentro de ti, bela flor!

Quero beber-te por inteira na suntuosidade,
Teu branco nas flores faz com que lágrimas
Desprendam dos meus olhos que encantados
Com rara beleza jorram feito cascatas...

Benção Divina! Natureza Mãe!
Teu esplendor faz-me deixar de lado toda amargura
Que minha alma possa estar sentindo,
Aqui de onde me posto admirar tamanha formosura,
Nas folhas e nas flores em cachos...

Marta Peres



A Árvore da Serra

Ó árvore da Serra
Que eu vejo todo o dia,
Em sua beleza singela
Solidão...vida vazia...

Em toda minha vida admirei
Sua batalha em guerra,
Sozinha com a ventania
Velha árvore lá da serra!
Marta Peres




Descuido com a Natureza

Corte indiscriminado de árvores, devastação!
Florestas inteiras decepadas pelo machado
abrindo em clareiras, ouço som de motosserra
cortando o ar, dematamento, crueldade!

A defesa vai a procura do som, encontra toras
empilhadas, árvores derramam sangue,
a natureza espreita, olhos de pena arregalados
chorando dentro do coração, rogam aos céus

o perdão para os homens gananciosos, brutos,
usam o bem emprestado pelo Pai sem contudo cuidar,
águas aos poucos secam, beira de rios desprotegidas,
matas depredadas, super aquecimento das geleiras.

A Natureza tudo vê, observa, sente na carne
cada picada, a insegurança faz com que trema
quando as águas são poluídas por defensivos
e aos poucos matando os habitantes aquáticos!

Marta Peres



Natureza

Açudes já não jorram água,
Tudo está seco, virou poeira,
Meu coração anda cheio de mágoas
Seca aos poucos até minha paineira.

Cortado a golpes de machado,
Vejo árvores tombadas, sangrando,
Sinto o coração torturado, machucado,
Sofrendo pelo descaso, chorando.

A natureza já não suporta
Não consegue mais agüentar
Sentindo a dor na sua porta
Vive somente a chorar!

Belas matas ficaram no esquecimento
Rios correndo em leito farto secaram
Da natureza só restou tormento
Criminosos arrependidos, choraram!

Marta Peres



Hai Kai

Desmatamento,
Fim das Águas, Natureza
Morre de Dor

1
Não choreis belas
árvores!
Andas mortas
de sede?
Perdão!

2
Revoltadas, sim!
Delas escorrem sangue,
machado destrói!

3
Curvada ao pé
do monte chora a dor.
Pobre árvore!

4
Morro de dor e
grito por água doce,
lago secou, fim!

5
Braseiro arde,
no forno carvão queima,
desmatamento!

6
Seca, pingam em
gotas as águas, rios
perdem lágrimas.

7
Paranaíba
soluça triste, chora
a devastação.
8
Na noite, vento
alucinado bate,
faltam árvores.

9
Paixão, árvores
sangram no chão, pássaros
choram morada.

10
Dor, São Francisco
perde beleza, leito,
foi transposição.

11
Lembro mangueira
decepada, dava mangas
pro meu quintal.

12
Leito do rio
chora acoitando pedras,
seca brava.

13
Gaiola vazia,
soltei os pássaros,
liberdade, sim!

Marta Peres




“Eco”

Dentro do fogo, florestas choram,
Pedem água para amenizar a dor,
Todos se foram e não apagam
Deixando no ar cruel sabor.

Dentro da noite a grande queimada,
O vento castiga levando a brasa
Só um pouquinho, uma pitada
E o fogo destrói, mata e arrasa

Pedem socorro, ninguém por perto
Elas imploram, suplicando amor
O eco invade toda a floresta
Subindo aos céus a sua dor

E como mágica descem as gotas
É Deus mandando sua mensagem
Lavam as árvores e as folhas soltas
Salvando algumas, foi triste a paisagem.

Jane Rossi e Marta Peres




"Pranto"

Na estrada negra eu encontrei
Uma criança que chorava,
Andava sozinha, descalça,
Pisando o campo cheio de brasa.

Tudo era escuridão, dia ia alto
Noite inteira tudo fumegava,
Devastação, maldade, horror,
A mata inteira morrendo de dor

Fingiam não ver, ninguém socorria
No meio do fogo imperava a maldade
Nuvem cinzenta, crime em demasia
A criança chorava vendo a agressividade

Aquele anjinho, tão triste e sozinho
Olhava a morte com grande pesar
Em prantos seguia aquele caminho
Marcando com lágrimas o seu caminhar

Jane Rossi e Marta Peres




Luz, câmera, ação!!!

Chove. Águas vão subindo vertiginosamente,
encontram lixo que lambem, levam consigo
de arrasto, barrancos desprotegidos de relvas
e árvores, assolação, destruição total!

Rapidamente há inundação, águas dentro
das casas chegam com força, arrastam tudo,
levam consigo o que encontram pela frente,
descem encostas desprotegidas, rolam terras.

Casais sem abrigo, sem teto, sem esperança
Sonhos e alegrias carregadas pela enxurrada
Enxugando as lágrimas com insegurança
Olhando os destroços de uma vida amargurada

A chuva passando, recomeçam a construção
Reconstruindo sonhos, começando outra vez
Mudando a imagem, luz , câmera, ação
Recomeçam o filme, que a água desfez.

Jane Rossi e Marta Peres



“Nosso grito”

Há fumaça por todos os lados,
Carvoeira fumega, árvores decepadas,
A natureza sentida olha piedosa,
Sem ter como intervir, sofre chorosa.

É o desmatamento indiscriminado,
É a ganância de alguns humanos
Passarinhos choram o ninho
Animais sofrendo grandes enganos.

A nuvem escura cobre a floresta
O mais lindo verde fica encoberto
É o terror humano que se manifesta
O grande clamor soa em céu aberto

Vamos pedir pela mãe Natureza
Pelo oxigênio, pela pura beleza
Floresta verde, palco de nobreza
Desmatamento gera ódio e pobreza

Jane Rossi e Marta Peres


Como um Rio

O homem é com um rio
Que segue sua direção
Encontrando desafio
E muita transformação.

Altivo desce a montanha
Entre vales e serranias
Mostrando sua façanha
E também sua energia.

Segue firme e altaneiro
Indo em busca doutros ares
Vai cantando cancioneiro
Até encontrar os mares.

Firme na sua esperança
Se enche de ilusão
Coração valente, não cansa,
Vai em busca da paixão!

Marta Peres e Neneca




Súplica

Hoje sinto tudo tão distante!
Um sonho que passou além da vida
Foi como vivesse um só instante
Nesta estrada cruel e temida.

O verde não é verde, amarelou
Flores não encontro no caminho
Troncos queimados é que ficou
Nenhum lugar para o passarinho.

Que devastação meu Deus!
A árvore símbolo da vida
Parece está dizendo adeus
Por não ser mais acolhida.

Não percamos a esperança
Pois tudo isso vai mudar
Crendo na luz da bonança
A Terra vai se transformar.

Marta Peres e Neneca




Mãe Natureza

Meus olhos choram de saudade
Quando olham a natureza
Jamais tiveram caridade
Acabaram com a beleza!

Abrindo os pulmões respiro
O ar sujo das queimadas
Com o peito triste suspiro
Vendo árvores derrubadas.

A Natureza também chora
O descaso dos homens vis
Preservando a fauna e a flora
Na alma não ficará cicatriz.

Amemos, portanto a Natureza
Que é fonte de vida e calor
Ela é Mãe e nossa fortaleza
Nos abraça com amor!

Marta Peres e Neneca


Chove

Chove. A chuva cai em silêncio,
Não faz ruído na janela
Abro bem devagar a tramela
Olho a chuva com prudência.

A chuva chove sossegada
Na calmaria e na paz
Do céu despenca mangada
Bela torneira se faz.

A chuva vinda do céu
A terra seca fertiliza
Cobrindo-nos com seu véu
Da bonança que profetiza.

A chuva é benção divina
Alegrando a nossa alma
Bendita seja a neblina
Que sempre nos acalma.

Marta Peres e Neneca




A serra!



Nesse momento range a serra que serra a mata,
É uma após a outra, arvores tombadas em cascata,
Elas não sangram, não gemem, não choram, rolam,
Mas é um massacre sangrento e eles as degolam.
Pronto, esta feito, a arvore virou madeira,
Em breve neste chão só haverá poeira,
Depois é claro que passar a queimada,
Que lambe a terra e não deixa nada.
Ai mais tarde, vem o fazendeiro,
Grande arauto e mensageiro,
-A terra é feita pra plantar, capim ou mantimento,
mato é desperdício, é boiolice, deslumbramento.
Não tenho medo das serras nem dos idiotas de plantão,
Meu medo é que pela burrice o mundo se torne um carvão,
Azul tinto de negro, ponto escuro no universo,
Rima sem compostura que não cabe no meu verso!


Santaroza-140408-by.




Fenômenos da Natureza

Ondas gigantes, enchentes, furacões
E tantas outras mudanças climáticas
Doenças assolando cidades, multidões
Desde as dengues até as pneumáticas!

O que mais é preciso para entender?
A culpa de tudo isso é da gente!
Que atitudes simples pode reverter
Uma mudança de hábitos, somente!

Gestos simples, não custa nada!
Cada um pode fazer um pouquinho
Reconstruir a nossa Terra amada
Vamos todos por esse caminho!

O homem chegou ao ápice da evolução
do extremo egoísmo seu... Pare agora!
Vamos colocar a teoria em ação!

Não vê que a natureza implora?
Quanto mais precisa ver então?
Vamos mudar... Começar agora!

Mara Andréa Machado





Súplica da Natureza

Mãe sofrida, que suplica
A teus filhos piedade.
Mãe Natureza, tua dor
É sentida por cada um de nós
Desde a mais tenra idade,
Nos problemas que causamos,
Devido à nossa ganância
E falta de consciência.

Filhos ingratos, que destroem
Tua vida, a todo momento,
Sem se importar com a destruição
Nem com o teu triste lamento,
Expresso nas águas poluídas
Que causam a morte dos seres,
Expresso no desequilíbrio
Causado pelo desmatamento.

O ser humano inconseqüente
Provoca queimadas, erosão,
Tirando de teu leito
A riqueza que lhe dá sustento,
Enfraquecendo o solo
E explorando os recursos naturais
Até a sua extinção.

Pobre do meio ambiente,
Desanimado e doente,
Suplica por nosso auxílio.
Deseja ter de volta o seu brilho
No verde das matas.
No azul límpido do céu.
Sem haver poluição
Nem falta de oxigênio.

Atendamos a esse suplício.
Usando bem os recursos
E evitando o desperdício.
Assim a Mãe Natureza
Ficará feliz, com certeza.
Retribuindo com VIDA
Os cuidados que tivermos com ela.

Flor Poeta



Semente

A semente é vida compactada
Fervilhando de energia,
Impregnada de elementos,
Que só Deus criaria.
É difícil parar e imaginar
Que possa um dia brotar
Dentro de um minúsculo ser,
Um gigantesco jatobá.
Até mesmo comparar
A criação do Universo
Com uma imensa semente,
Que nasceu de repente.
Em cada galho desta árvore
Imagine galáxias sem igual,
Em cada ramo, estrelas com seus planetas
E a seiva sendo o fluido universal.
Semente como és bela
Com o mistério que te envolve,
Trazida para o mundo
Pelo Criador mais nobre!
Florestas grandiosas,
Fazendas, sítios e jardins,
Sementeiras de uma horta,
Verde, verde sem fim.
Se as plantas não existissem
O que seria da terra solitária?
Plante, então, uma semente
Em qualquer pequena área.
Mas não esqueça meu amigo
Que a primeira semente então,
Deve ser plantada próximo ao peito
Com muito amor, em seu coração.

Paulo Corrêa




(Para Michèle Sato)

Divina, Infinita
Vastas matas tu possuis
Fartos montes, horizontes
E verbenas flores azuis

Teus labirintos devassos,
profanados, explorados
Invadiram teus caminhos
Deflorada sem pudor
Não te deram carinhos
Não te deram amor

Tu pariste toda a vida
em céus abertos, noite alta
Te roubaram tua cria
os ventos, a terra, o ar
te sugaram energia
ensanguentaram teu mar.

Nobre mãe, mulher divina
Protituida, invadiva
Devastada, iludida
Ainda és raínha do tudo,
Desde o Caos até a Vida

Assim seja, doce Maya
Nos perdoa, nos dê chance,
de salvar-te, MiraGaya,
Mãe de todos, mãe do Mundo
Maria Benta, Deusa Gaya

Bia Marquez



Manhãs de chuva
trazem um quê de melancolia
recheado de maçãs

Bia Marquez








Pedido de Vida...


Descaso ocasional
falta de consciência no âmbito Florestal
Alerta de vida!!!
Assim a natureza implora
aos que dela fazem seu despropósito humano...
“Abram seus olhos...Resgate o respeito pela minha vida, pois nela você está!”
Assim é sua súplica!

Árvores se despedem em atos irresponsáveis,
folhas leves, lindas, verdes vagam sem sentido...
Os dias cada vez mais encontram-se nublados
por tristeza manifestada pela própria natureza,
que assiste tantos atos covardes
daqueles que não valorizam
a consciência dos seus ráios fúlgidos do sol da liberdade...

Erguemos nosso olhar ecológico
digamos em postura firme e atos sutis
“Não”a derrubada das matas e florestas
“Respeito” a criação Divina
“Basta”aos atos dos que proporcionam o desflorestamento ambiental!

Caminhemos de mãos dadas a gritar forte:
A mãe natureza faz seu pedido de vida!
E você? O que pode fazer
por essa sublime e amada floresta amazônica?
Se quer fazer algo pela natureza ajude-a...
Responda e preserve o seu pedido de vida...

(Kênia Bastos – Em: 13/04/2OO8)








Meu Sertão

Meu sertão Nordestino
Tão forte, mas tão sofrido
Enfrenta firme seu destino
Pelo o céu é assistido.

Seu clima diversificado
De heterogênea vegetação
Pela seca maltratado
Na paisagem, há mutilação.

O sertanejo em preces clama
Pra Deus ouvir o seu lamento
Acender de novo sua chama
Mandar chuva naquele momento.

Enfrenta as adversidades
Com muita determinação
Desenvolve habilidades
Criadas pela imaginação.

A chuva cai, renasce o sertão
No solo fértil brota a semente
Crescendo verdejante a plantação
Vida feliz, no oásis novamente.

João Pessoa, 15/04/08
Neneca




O Velho Ipê

Árvore frondosa
Robusta, resistente
No sertão é formosa
Por ser imponente.

Suas variedades de flores
Denotam singeleza
Roxo, branco e amarelo
Traduzem imensa grandeza.

Serve como abrigo
Da alegre passarada
Que saudades, velho amigo!
Daquela temporada.

Sob sua copa ficava
Tristonha com meus medos
Quantas vezes me escutava
Com carinho os meus segredos.

João Pessoa, 28/03/08
Neneca



OUTONO

Árvore que balança
Com sua bela ramagem
Mas quando chega o outono
Cai toda sua folhagem.

As folhas amareladas
Tem também sua beleza
No chão um tapete forma
São dádivas da Natureza.

As folhas caem – É outono
Num verdadeiro esplendor
Transforma toda paisagem
Em magia encantadora.

Neneca

Árvore Bendita

Árvore, parte da natureza
Silenciosa, fecunda é doação!
Seus galhos balançam com firmeza
Numa majestosa canção.

Ao viajante sedento
Entrega-se com amor
Da sombra ao fruto suculento
Num verdadeiro esplendor.

Dança ao som do vento
Que lhe acaricia com ardor
Com todo o seu encanto
Demonstrando o seu vigor.

Purifica o ambiente
Para a vida melhorar
Estando sempre presente
A quem a ela cultivar.

A árvore é nossa irmã
Filha também do amor
Recebe toda manhã
As bênçãos do Criador.

João pessoa, 27/03/08
Neneca



Flor de Cáctos
Nascida entre espinhos
Essa flor brilhante e bela
Encanta todos os olhos
Com sua forma singela.

Resiste à terra árida
Do sertão sofredor
Mudando sua paisagem
Alegrando o lavrador.

As variedades de cores
Demonstra vitalidade
Enfeita a caatinga de flores
Com muita suavidade.

A sua persistência
Ajuda ao homem entender
Que é preciso consciência
Para os espinhos vencer.

João Pessoa, 23/03/08.
Neneca


Natureza
Olhando os céus semeados de estrelas
Sinto a bondade do Criador
Uma paz invadindo meu ser
Num verdadeiro esplendor.

A Natureza toda canta
Dando-nos lições de amor
Acolhendo em seu seio divino
Todos com infinito ardor.

Os Pássaros voam livres
Saltitando de galho em galho
Cantando suas sinfonias
Num frondoso carvalho.

A árvore silenciosa e fecunda
Doa-se da raiz ao fruto
Oferece ao sedento viajor
Sua sombra com frescor.

Amemos, portanto, a Natureza
Fonte de vida e calor
Mantendo o seu equilíbrio
Evitaremos muita dor!

João Pessoa, 20/01/08
Neneca


O sol chegou!

Amanheceu e o sol brilhou
Raios dourados, me iluminou
Me aqueceu, me abrigou
E minha vida, revigorou

Amigo sol, não vá embora
Tu és bem vindo a toda hora
Leva alegria, pela vida a fora
Seu colorido enobrece a flora

Vou te esperar, toda manhã
Ver o seu brilho, em minha vida
Eu serei sempre a sua anfitriã
Ficarei triste com sua partida

Mas deixará o seu calor
A sua luz e seu colorido
O dia passa, cheio de amor
E amanhã, sei que estarás comigo.

Jane Rossi


Comunicação

Terra, tronco e galhos superiores
Raízes se aprofundam no subterrâneo
Pássaros voam através de seus ramos
Relação entre a terra e os exteriores

Com as raízes mergulhadas no solo
E os galhos voltados para o céu
Suas folhas oferecem bela sombra
E nos cobre como se fosse um véu

Seu tronco é o pilar central
Como a nossa coluna vertebral
Reprodutora, frondosa e majestosa
As vezes nos dá folhas milagrosas

É linda toda esta relação
Do solo, superfície e atmosfera
Com ela estamos em comunicação
Com os Deuses que toda a terra venera.

Jane Rossi




“Sinônimo de vida”


É sinônimo de vida
Também de reprodução
Sua sombra é guarida
Na hora de aflição

Como reconhecimento
Ao homem ela dá frutos
Sombra, frescor e alimento
Nos dá amor absoluto

As vezes, não tem cuidados
Nos campos vivem sozinhas
Mas o céu manda o recado
E as folhas ficam verdinhas

A chuva vai renovando
Flores e frutos nascendo
É benção se multiplicando
É vida e amor vencendo!

Jane Rossi



“Minha árvore”

Linda, exuberante, sorria perante a vida
Frutos e flores alegraram teu semblante
Tua sombra foi amor, foi guarida
Sonho belo e emocionante

Chegaram sem aviso
Teu tronco, cortaram
Te deixaram sem riso
Teu peito, dilaceraram

As lágrimas gotejavam
Tuas folhas caídas no chão
Tua alma, sangraram e dizem,
ser pelo bem da nação

E ali no teu palco de vida
Um edifício se ergueu
Tua alma desfalecida
No subterrâneo, morreu

Jane Rossi




VALENTIA
Oswaldo Antônio Begiato

Quero-te serra
como serra
de meus olhos,
menina

Serra de muita terra
Serra de muita água
Serra de muito mato
Serra de muito bicho
serra apenas serra
apenas Japi

Não te quero como serra
de gente miúda
de gente sem terra
de gente com muita terra

Não te quero como serra
de muitas serras
motos que vagam pela serra
motos-serra na serra
magnetismo de pólos na serra
serra elétrica na serra
mãos que tocam a serra
serra manual na serra

São muitas as serras na serra
serras que te cortam o lenho
e lhe fazem lotes
e lhe esquartejam

Quero-te como serra
serra de milhões de chuvas
e de nenhum fogo

Mas será que chove na serra
ou será que serra na chuva?

E quem guarda a serra
guarda a chuva e apaga o fogo?
é o enterro adiado...

Ao diabo quem serra a serra
todo dia
de água benta
de fogo-fátuo

Ao diabo
porque a serra é valente e é de fé


Será Serra a Serra ou Mulher Será?
Oswaldo Antônio Begiato


Que Serra é essa
a se debruçar quixotescamente reprodutora
sobre uma Jundiaí estéril que não lhe permite fecundações
oferecendo-lhe apenas a rima simples de Japi?

A se exibir sedutora e devotada
a uma Cabreúva distraída que sequer nota
sua presença insinuante sob um céu pasmo com tanta beleza?

A peregrinar longa e exasperadamente
até Bom Jesus de Pirapora como romeira que em vão
cumpre promessa que não fez pra salvar a vida do rebento?

A se entregar cheia de desejos apaixonados
a uma Cajamar de olhos secos que há muito se olvidou
de sua rima maior: amar?

Que serra é essa
que sendo teúda e manteúda de posseiros toscos
mantém em seu ventre mesmo doído um ecossistema fértil?
Que ao abrigar as luzes do sol a lhe fazer fendas em sua floresta
semidecídua
faz-se quente como leito de alcova?
Que se cobre de árvores ramos folhas
e todas as flores de nossos olhos?
Que permite a pequenos hilídeos fazer desse ventre
uma avenida Paulista em carnaval

Que serra misteriosa é essa
De águas que se multiplicam múltiplas águas virgens
que se oferecem sensuais a riachos regatos cachoeiras e à sofreguidão
dando formas leves a um castelo imaginário repleto de cristalinidade ?
Que faz crença e descrença
morrendo e nascendo a cada instante fecundo:
(essas águas suavizam a pele e batizam a alma)?

Que Serra é essa
a seduzir os homens com o seu serpentear voluptuoso
as figuras míticas com seus segredos de fada
e a Deus com sua graça de fêmea?

Que serra é essa que apesar de tudo
Mantém-se mulher iniludível
e todo dia se enfeita de verde de céu de auroras de anoitecer
e de esperanças?

Mas feito mulher a serra tem suas mágoas:
Ofuscam-lhe os milagres da alma
Mutilam-lhe a beleza do corpo
E roubam-lhe o futuro do ventre.

Serra nasci te vendo
Vendo-te gostaria de morrer!


SERTÃO MINHA VIDA

Sou um amante da natureza, apaixonado pela lua, respirando o sertão descansando na caatinga, alimentando-me com as águas do Paraguaçu.

Sou um ser que retornou as suas origens.

Sinto-me confortado pelo sertanejo que sou, triste são as pessoas que ainda não puderam respirar um pouquinho do ar do sertão e a noite encantar-se com a lua.

Eu sou o meu interior, que andava escondido entre minhas lembranças do passado, agora sou o broto do velho tronco que um dia, ficou encostado esperando a estrela
de um outro ser brilhar, para que estas raízes que sempre estiveram no seu lugar, pudessem vir a brotar a verdadeira plantada caatinga sertaneja.

Que suas flores seja a essência no olfato de quem ainda não sabe o que é uma terra seca para se plantar.

Eu agora decolei e neste vôo, a liberdade é quem me conduz aos ares da natureza.

Tenho no combustível do calor sertanejo o dia todo para voar, só à noite tenho um compromisso com minha amada lua.
(Kadu Vaqueiro)



Árvore Ancestral
Ana Perissé

À tua sombra, estremeci.
Sim! Há na tua penumbra
o ardor do mistério
da vida e da morte em indistintas ondas
de veias pulsantes.

Um tremor, uma alegria antiga
solta, a tempos, ao vento.
Tua folha carrega memórias
de amores feitos, desfeitos
chancelados no clamor do tempo.

Súbitas raízes enlaçam meus pés.
Presa, emudeço a alma
clamando por vozes
que por ti cantaram
a passagem insone da vida de outrora.

Deus! Tua seiva me alimenta
no seio da alma-mãe.
Entrego-me ao abandono oculto
pois, do sentido de existir,
retorno ao silêncio primordial de teu fruto.

Vidas em uníssono, instantes de eternidade.
Da tua semente, em virtualidade cabal
harmonia fugidia desce à terra
e a transforma em nova potência
de ciclos transmutados em pó fractal.

À tua sombra, estremeci.
Sim! Há na tua umidade imemorial
o verso que se faz
à procura de mim.


A árvore chora

Um choro ecoa na natureza
A beleza se torna tristeza
Uma árvore tomba ao chão
Por um homem sem coração.

Tão bela, a árvore centenária
Rangendo de dor vai se deitando
Aos poucos perdendo as forças
E ao solo se debruçando.

O homem sem piedade
Com a moto-serra em mãos
Vai esquartejando árvore morta
Sem dó, nenhuma compaixão.

Por ganância desmedida
Aos poucos o homem destrói a vida
É a ânsia de adquirir mais riquezas
Sem consciência mata a natureza.

Ataíde Lemos



TRAGÉDIAS ANUNCIADAS

A noite traz nuvens escuras
que se derretem com a força do vendaval.
No barraco à beira do penhasco é igual
grossas lágrimas misturam-se à lama
que desce com fúria e pedregulho,
fazendo tremer as rochas, insano barulho.

Num instante, tudo que um dia foi abrigo
em meio a corredeiras se liquidifica:
desespero de quem corre, agonia de quem fica.
Com os escombros que implodem
sucumbem também os sonhos de muitas vidas
sozinhas agora naquele barranco, esquecidas.

O que fazer para evitar o fim do mundo?
Há barreiras que deslizam, tragédias anunciadas,
há casas plantadas em encostas, ignoradas,
apoiadas somente na fé de quem sofre as conseqüências.
Mas há os que sabem que ali há vidas, há crianças,
e nesse jogo o perdedor é sempre a esperança.

Basilina Pereira




CHORO DA PATATIVA

Queimam florestas...
Jequitibás centenários
retorcidos pelo fogo
caem aos pedaços
gramíneas somem
lambidas pelas chamas
meus verdes, meu ninho
desaparecem
flores caem sentidas
a dor se espamarra
morrer é o que nos resta...

A fumaça priva meu respirar
o Azulão coitado
como eu, tenta o vôo da fuga
as asas ficam presas
saltam coelhos, veados,
sapos e macacos
por todos os lados
numa louca retirada
quero cantar
ninguém escuta meu rogo
o calor me suga
meu canto fica rouco...

No ar funesto brilho
choro de tristeza
a mata tenta resistir
sou seu pequeno filho
sangram suas raízes
tento um belo pouso
de nada adianta...
Quem é este bicho
que mata a natureza?

Soninha Porto




CELEBRANDO A CHUVA COM "C"

Celebro a chuva que corre
que caçoa e cospe o choro do céu
cantarola cheia de charme
cai em cima dos chapéus.

Nos cenários carcomidos
castiga as calçadas
cala os chorões constrangidos
cada cena é chacoalhada.

Chuvisca chorosa
cruzando cais e calhas
cai caprichosa certeira
nos colos e casas caiadas
como cachoeira.

Cadenciado compasso nos capins
sem cerimônia cobiça canções
dos corcéis que cavalgam pelos confins
choraminga na cor dos caramanchões.

Soninha Porto



Acalmem os tambores!!!!
As clarinetas e clarins!
Os pandeiros e tamborins!
Os sons da viola e dos pianos!
silêncio!!!!!!
Ouçam a voz do universo,
Os raios e trovões das chuvas
O vento farfalhando as florestas,
o marulhar dos mares,
Ouçam! Escutem!
São os sons da natureza...
O cantar dos pássaros,
os uivos dos lobos,
os gritos dos bichos
que ecoam pela Terra!
Se permitam...ouçam, sintam...
É um pedido de socorro!
O homem está comprometendo
os seres vivos e toda a ordem natural
das coisas.
Faça a sua parte.
Respeite a beleza do Planeta!

Soninha Porto

Outra versão

Acalmem os tambores...Ouçam!
É a voz do universo.
Raios e trovões riscam os céus,
precipitam-se as chuvas,
choram os versos.
Ventos farfalham as folhas
o marulhar dos mares ecoa.
Que fortes os sons da natureza!
Imploram nosso olhar,
com certeza.
Trinar dos pássaros,
uivo alucinante dos lobos,
o barulho ritmado dos bichos
toam pela terra,
num verdadeiro bochicho.
Acalmem os tambores...
As chagas estão abertas,
os veios sentem dores
O bicho-homem
extermina os seres vivos,
O poema chega apreensivo.
acaba com as reservas que existem,
modifica a ordem natural das coisas,
nada tem importãncia
só o instinto predador
que extermina por ganância...
Seja homem, respeite a natureza!
Ame o planeta.

Soninha Ferraresi Porto®




entre colibris e beija-flores
brincando com as palavras...


- I -

beija-flor
beija...
bicadas de bicos-retos
bica

- II -
chupa-flor
colibri
chupa-mel

- III -
plumas ao vento
rabos-brancos
florindo néctares
beija-flor, bica...

- IV -
quadrilhas no firmamento
com as andorinhas
vôo em bicos...beijos
floreando ... florejando


Soninha Porto




NATUREZA MUTILADA

A terra fértil foi salgada.
A mata verde foi queimada.
Destruídas por mãos que nunca foram atadas!

Os políticos fizeram-se de cegos.
As pessoas emudeceram.
E por essas covardias
florestas inteiras morreram!

Braços cruzados esperando que alguém faça
o que nunca ninguém fez!
Hipócrita indiferença humana
à espera de lucidez!

Não se vê condenação.
A única condenada é a natureza,
que em fúria, vem devasta,
reclamando por sua nobreza!

Poucos deram a cara à tapa
para impedir tal agressão.
Morreram silenciados,
pelas mãos sujas da opressão!

Violência que mutila o pulmão do mundo!
Ganância devastadora, despudorada!
Triste cumplicidade humana,
que mesmo estarrecidos, não fazem nada!

O amanhã é certo:EXTINÇÃO!
A natureza, pelas mãos de Deus,
quem sabe ainda brote.
Mas pro homem , a penitência é a morte!

(Mell Glitter)


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