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segunda-feira, 24 de março de 2008

Poetas Homenageam do Dia Mundial da Água


Poema ao Rio Paranaíba I

Eis que desce suntuoso,
levando em seu leito a grande quantidade
de líquido, recolhido em suas passagens
que hoje se tornam miragens.

Vi águas correndo em grande volúpia
pelo seu leito, a emoção arrebentava
no peito, tremor... temor...
para muitos foi horror.

Hoje o vejo tristonho
sobre o travesseiro risonho,
seguindo seu curso, altaneiro
porém, perdeu bastante, ó guerreiro!

Quase nú o encontro, sem pudor,
no mais completo abandono,
perdeu muito da beleza e esplendor,
perfeições que eras dono!

Perigoso e fatal, já pensei até no mal.
Fostes sepulcro de cristal
para muitos agonizantes
ontém, muito mais que antes.

Marta Peres




Poema ao Rio Paranaíba II

Eras para mim um espelho!
Em suas águas contemplei minhas mágoas,
Sentindo medo, enfrentei o abismo,
devagar fiquei de joelhos, acariciei suas águas.

Grande rio de minha infância!
Muitas vezes correu taciturno,
És o oásis em que sonho suas ondas navegar
Em que trago em volúpia o vinho da suadade.

Sentindo o coração vibrar
O vejo na lembrança
O balançar de suas águas soturnas
Num cadenciado melancólico e noturno.

Mergulharei a fronte em suas águas,
Passarei pelas suas portas
Sentirei o balanço de suas ondas
Meus olhos verão a sua amplidão
Depois, nada mais importa...

Marta Peres





Poema ao Rio Paranaíba III

Restou saudade, misto de medo
por causa da pouca idade,
com grande ousadia, das pedras com
minha irmã desci chegando à sua margem.

São Simão, em baixo da ponte velha
coloquei os pés nas águas revoltas,
senti no corpo o medo, temor...
extasiei, senti horror.

Era jovem e nada temia,
Na mente grande ousadia,
Ver, sentir, tocar, era o que mais queria,
Ter prazer, era alegria!

Tantos cadáveres em seu leito!
Já não choras no peito,
seu travesseiro encharcado
do sangue derramado.

Hoje vejo que não ostentas no leito
A quantidade que outrora mantinhas
E todo o seu esplendor foi desfeito
Saudade! fica gravada, nas entrelinhas

Marta Peres


Poema ao Rio Paranaíba


FINAL

A beleza e o esplendor,
Deixou saudade
Da riqueza e de toda
Celebridade
Vejo agora!
A triste realidade
Tantos cadáveres
Em seu leito, jazia
Como vagas visões
Que a sombra procria,
ante aos olhos rígida algema,
ainda vejo tristeza
Que não alivia,
ao lembrar que no seu leito
ficou algum, que muito sem jeito
não conseguiu fugir
das suas águas revoltas,
sucumbindo, morrendo
após dar tantas voltas!

Jane Rossi e Marta Peres




Purificação

Mar bramia e chorava
Céu, estrelas brilhando
Vento soprava, uivava
Ondas do mar bailando

Parada, atônita, apenas olhava
Ondas gigantes vindo rumo à cidade
Era apavorante, porém admirava,
Meu coração não via perigo nem maldade.

Pessoas corriam como um raio,
Atordoadas pelo que sucedia gritavam
E o mar enfurecido chegava, era mês de maio
Águas amargas das geleiras choravam.

Lágrimas de sangue derramei,
Filme passava ante meus olhos em cena rápida
Até que percebi meu crime, chorei.

Dor e sofrimento vivi nesta hora,
O mar chegou lambendo tudo, levando-me consigo
Para águas profundas do oceano, meu castigo.

E o acerto de contas da natureza foi feito,
Olho por olho cobrado, gelada de medo
Notei o aquecimento das geleiras, veio dor no peito
Entreguei-me às águas...

Marta Peres




Conto do mar...

O mar ... águas...
suaves caricias...
o olhar se perde...
percorre ...ao longe...
o outro...
outro lado...
outro mundo...
espera...
não vem...
imagens ...espelhos
reflete na mente......
sente...
mergulham na imensidão...
uma busca...
mãos que se molham...
distraídas...
atraída...
brilho...
uma gota ...
outra...e outra...
dança...é hipnose...
no mesmo transe...
as sandalias que caem...
mergulham os pés
buscam...a frescura...
prazerosos...sentem...
a água...a água...
as ondas ...
que brincam...
lembranças...que voltam...
imagens e risos...
o som que é silencio...
é estar...sem estar...

25/03/08-10:50hs
Leninha.






O Mar

O mar é um sujeito forte e gentil que, para evitar o chocante contraste estético, criou um faixa de areia. Assim exercita sua beleza humilde sem magoar a terra bruta.
Onde a terra insiste em se defrontar apresentando as rochas como armas, quando o mar somente quer que suas ondas possam descansar suavemente na praia, ele simplesmente se defende.
Então as açoita na maré cheia e nas tempestades mostrando que é valente, porém logo as acaricia na calmaria, em sinal que seu coração sempre clama pela paz.
Fonte de inspiração para as almas poéticas, do fascinado pescador ao lavrador.
Nas noites quentes de luar, seu suave requebrar é como uma canção de ninar que nos convida a repousar a cabeça sobre as dunas, tendo como aconchegante edredom às rendadas ondas a nos refrescar.
O mar, seguido com o artigo masculino, exerce o fascínio do pai, mas com a função dos dois gêneros, basta mudarmos o artigo que faz lembrar a mãe, que se transformará em A mar.
Imensidão de água que nos acompanha por toda a vida, pois crescemos protegidos pela água desde a fecundação, que permanece em nosso corpo irrigando a vida. É do seio do mar que o pescador retira o seu sustento e também nos alimenta.
Na profunda imensidão e perenidade retrata a alma e sua imortalidade.
É cenário dos grandes amores, caminho do progresso e dos descobridores de novos mundos e universos interiores.
Retratado nas mais nobres melodias, nas artes e no dia a dia, espalha sonhos e magia no coração da humanidade.
Belo por natureza nos recebe de braços abertos, lavando as tristezas e purificando as energias para encher de esperança os novos dias.
Recebe em oferendas, sonhos e os pedidos dos mais íntimos segredos e sem promessas, devolve alegria em forma de esperança pra a luta de cada dia.
Afogado de felicidade nos convida a valorizar e viver a plenitude da vida.
É o mar, com sua água salgada, que faz mais doce o nosso viver.
Desde a infância e até depois de partir, vou sentir saudade de te ver a cada amanhecer...
Quando as minhas cinzas em ti se banharem, será o beijo de despedida de mais uma partida.
Sua eternidade me dá a certeza de um dia te reencontrar e em tuas águas me banhar, para novamente saciar o nosso amor.

Pauletto







Terça-feira, 25 de Março de 2008
ÁGUA * por Marferart


Água que bebi, água pra nascer, oxidada, quimera amniótica, água de tecer o ser
Água do milagre, da utópica bolsa mágica, da conserva no útero à arder
Água pra brotar, alimentar e ferver a existência, amar, fartar ao aquecer
Água da força, do sopro pra mover, do prazer, água para arremeter ao viver


Água de banhar, lavar, ceifar o mal, de refazer a luz, pra repecar, revigorar
Água pra limpar a alma, pra alimentar, revitalizar, pra benção, mea-culpa
Água para clarear, tratar, pra ensinar o caminho da barriga mater, de tornar ao lar
Água pra lavar as mãos, pro lava-pés, contrição litúrgica, perdão, confortar

Água que verti, retive, na virilha, no joelho, água ardente, de cuspir, de rasgar, de irrigar
Água de conduzir energia trôpega, de emergir, fundir, de beber no bar, de nadar, se encharcar, embriagar
Água doce, H2°, mineral, salobre, de bica, mijo, suja, vala, valão, pra emporcalhar, lambuzar
Água de declive, cry a river, calhas, caixas, de correr, colher, molhar, regar, alagar


Água que chorei, pranteei, que rasguei, que sangrei, da carne, da boca, de fazer amor
Água que sorvi, que lambi, nos sulcos, hímens, mucosas complacentes, no odor
Água de correr, descer, banhar a terra, chover, nas estações, limpa e sem cor
Água de ferver a máquina, de mover o mundo, marés, o mar, ácida, de matar, calor, a dor

Água de Recife, Tietê, do Guaíba, Além Paraíba. Águas de março, de Fernando de Noronha
Águas de Veneza, São Francisco, do Nilo, Tamisa, Danúbio, Tejo, Sena, Jordão e do Amazonas
Águas de Perito Moreno na Patagônia, de Briksdai, Sorata, Lyman, das bacias de Minas
Águas do Everest, do Kaikoura, das Cataratas do Iguaçu, do Kathmandu, do Niágara


Água oceânica, rumorosa, ruidosa, volumosa, sobre tectônicas placas surdas
Águas transatlânticas, de golfos, diamantíferas, canal do Panamá, triângulo das Bermudas
Água de benção, de batismo, de cura, de cheiro, de axé, de lenda, nos rios, nas chuvas
Água da terra, sonho pra salvar a espécie, enquanto houver espécie, esperança de água em outros planetas, absurdas?

Água, que parece tanta, né? Parece farta, parece muita
Inverossímil, lenda, fé, parca, pelo ralo sem alma, finda
Insalubre, berra socorro ao insano ser humano, grita
Que o Senhor nos permita, que pra sempre exista
A água linda, água pura, água querida, água viva, água da vida




ÁGUA

Água que bebi, água pra nascer, oxidada, quimera amniótica, água de tecer o ser
Água do milagre, da utópica bolsa mágica, da conserva no útero à arder
Água pra brotar, alimentar e ferver a existência, amar, fartar ao aquecer
Água da força, do sopro pra mover, do prazer, água para arremeter ao viver


Água de banhar, lavar, ceifar o mal, de refazer a luz, pra repecar, revigorar
Água pra limpar a alma, pra alimentar, revitalizar, pra benção, mea-culpa
Água para clarear, tratar, pra ensinar o caminho da barriga mater, de tornar ao lar
Água pra lavar as mãos, pro lava-pés, contrição litúrgica, perdão, confortar

Água que verti, retive, na virilha, no joelho, água ardente, de cuspir, de rasgar, de irrigar
Água de conduzir energia trôpega, de emergir, fundir, de beber no bar, de nadar, se encharcar, embriagar
Água doce, H2°, mineral, salobre, de bica, mijo, suja, vala, valão, pra emporcalhar, lambuzar
Água de declive, cry a river, calhas, caixas, de correr, colher, molhar, regar, alagar


Água que chorei, pranteei, que rasguei, que sangrei, da carne, da boca, de fazer amor
Água que sorvi, que lambi, nos sulcos, hímens, mucosas complacentes, no odor
Água de correr, descer, banhar a terra, chover, nas estações, limpa e sem cor
Água de ferver a máquina, de mover o mundo, marés, o mar, ácida, de matar, calor, a dor

Água de Recife, Tietê, do Guaíba, Além Paraíba. Águas de março, de Fernando de Noronha
Águas de Veneza, São Francisco, do Nilo, Tamisa, Danúbio, Tejo, Sena, Jordão e do Amazonas
Águas de Perito Moreno na Patagônia, de Briksdai, Sorata, Lyman, das bacias de Minas
Águas do Everest, do Kaikoura, das Cataratas do Iguaçu, do Kathmandu, do Niágara


Água oceânica, rumorosa, ruidosa, volumosa, sobre tectônicas placas surdas
Águas transatlânticas, de golfos, diamantíferas, canal do Panamá, triângulo das Bermudas
Água de benção, de batismo, de cura, de cheiro, de axé, de lenda, nos rios, nas chuvas
Água da Terra, sonho pra salvar a espécie, enquanto houver espécie, esperança de água em outros planetas, absurdas?

Água, que parece tanta, né? Parece farta, parece muita
Inverossímil, lenda, fé, parca, pelo ralo sem alma, finda
Insalubre, berra socorro ao insano ser humano, grita
Que o Senhor nos permita, que pra sempre exista
A água linda, água pura, água querida, água viva, água da vida




A GAVETA FRIA * Marferart
A Gaveta Fria

É tão grande o frio nessa escuridão
Porque bate surdo meu coração?
Daqui, ouço o choro do filho e da filha
As estórias contadas, coisas da minha trilha
Prantos e risadas entre toda a família

É tão grande o gelo que brota do chão
Porque transpira fria a paralítica mão?
Daqui ouço o grito uníssono dos entes queridos
Comentários gentís, elogios sutís dos amigos
Congraçamentos, lamentos, a dor dos gemidos

É tão grande o inverno no vão do porão
As vozes se calam, se perdem, se vão?
Ao longe rumores se despedem em vida
A mim a morte abraça, como amante querida
Mas meu pavor vem da pele, semi-derretida

É imenso o torpor do derradeiro clarão
O grito mudo, na contra-mão do caixão?
As vozes fugiram, se foram pra rua que urge
E quis gritar, debater-me contra a parede que rude
Mas fecharam-se as portas da dor. O insólito se insurge


Umedece o algodão (no nariz) ante a secreção
O medo e a saudade se irmanam na solidão?
É denso o lamentável odor do corpo inerte
A carne já não resiste ao calor. Pútrida, fede
Tantas flores, que horror! Essa mosca, esse verme...

............................................................................................
Quem lembrará agora do que partiu?
Dormirei tanto pela eternidade afora
Talvez até sonhe com a vida, se de fato existiu

Prevejo um frio enorme nessa gaveta de morte
Mas acho que estou com uma baita sorte

Duro é uma cova rasa em noite de chuva
E essa vizinhança muda, abi (surda)?
QUE DEUS NOS ACUDA!!!





Água

Vida que se faz escondida
Que alimenta muitas vidas
Mata a sede, gera a vida.

Vida que desce pelas pedras
Que permeia os campos
Fecundando a terra

Vida que refaz a vida
Que na terra está contida
Que em certos lugares
Já não tem mais vida.

Vida que surge entre rochas
Desce pelos montes
Caminha nas planícies
Que se encontram nos vales
Desaguando nos mares.


Vida que não é cuidada
Que é sempre provocada
Por muitos contaminada.

Vida que é destruída
De forma inconseqüente
Matando de sede muita gente

Vida que precisa ser respeitada
Para que a geração futura
Dela possa ser beneficiada


Ataíde Lemos



DEPOIS DA TEMPESTADE

Jenário de Fátima

Meio dia... Uma da tarde... Tempo quente...
As nuvens se avolumam, se amontoam,
Raios riscam os céus e trovões troam,
A tempestade faz-se de repente.

Mas logo a chuva cessa... águas correntes
Se escoam pelos ralos que as escoam,
O sol reaparece e as nuvens voam...
Deixando um arco-íris de presente.

A vida é feita assim... a natureza,
Alterna-se entre risos e tristeza,
Se faz por entre bens e dissabores...

Estou vivendo em plena tempestade,
Porém quero ganhar, no fim da tarde,
O encanto do meu arco-íris de mil cores!





ÁGUA DA MINHA SEDE


Nessa água em que sacio minha sede
Encontro todas as forças essenciais
Seja em cascata, cristalina ou em rede
Interligadas nas águas dos mananciais

Bendita água que a natureza produz
Água de fonte, de chuva, de regato,
De rios caudalosos, água de luz,
Que me acolhem em seu regaço...

Água serena de lago profundo,
Água em abundância como cachoeira
Serpenteando pelos caminhos do mundo,
Gerando flores à sua beira...

Água, fonte do universo,
Água, fonte de vida e calor,
Eu lhe reverencio nesses versos
Onde lhe declaro meu amor!



Sônia Maria Grillo
(B@by®)



28.01.2004
Vitória-ES






Córrego

Trago-te nas mãos em concha
esses versos de água corrente.
Ofereço-os! Bebe e refresca-te!

Queria trazer-te suntuosos poemas:
estrofes jorrando em cachoeiras,
lagos espelhados de metáforas!

Mas ofereço essa poesia córrego,
fluindo humilde entre as rochas!
Mas vês, é cristalina!
E prova-a, tem o gosto
secreto e mineral
da terra em suas entranhas!

Lenise Marques




SONETO DO RIO DA VIDA



A vida no se curso é tão estranha!
Paixões, poemas, flores e tanto acaso
E nesse acaso de paixões, de flores e poemas
De dois se forma um “pra todo sempre”.

Mas ocorre que entre os dois há o rio da vida
Um rio tão caudaloso e cheio de perigos
Quando parece manso ele se enche de tormentas
Que naufragam e afogam os sentidos

E assim, por naufragar todos os sentidos
O rio da vida destrói pra sempre todo acaso
Na tormenta de suas águas caudalosas
Se vão paixões, poemas, flores e os sentimentos.

E as duas vidas que “pra sempre” eram só uma
No rio da vida, naufragam sós, jazem sozinhas.




Adriano Hungaro




SONETO DO RIO DA POESIA

É tão frio teu coração quanto esse fogo
E o fogo para mim é só saudade
Teu calor me abandonou... ontem à noitinha
Com a fogueira que terminou um pouco tarde

Somos rios que não se encontram na descida
Eu sou poeta e você é poetisa
Somos partes de uma história mal vivida
Entre as curvas do caminho dessa vida

E entre as curvas do caminho não há fogo
Entre nós somos só meras metades
O amor que nos queimou agora é jaz
E pelas curvas desse rio há só saudade

Até o dia em que desaguarmos em pleno mar
Como poeta e poetisa... a nos amar!


Adriano Hungaro


EXTENSÃO
Oswaldo Antônio Begiato

Vivo a frescura da nascente
De onde a água brota virgem
E se deixa fecundar pela terra:
Nascença natural dos rios.

Vivo a naturalidade dos rios
Por onde o leito se exibe:
Longa estrada a caminho do mar
Imenso mar de imenso horizonte.

Vivo a imensidão do horizonte
Por onde a tua curva vagueia serena
Como espreitadora da minha vastidão:
São carícias que não ouso recusar.


H20

Seu desafio: a terra molhar

E em tudo fecundar,

Saciar e matar a sede.

Forma redemoinhos,

Enfrenta pedras,

Evapora...

Seu desafio, não morrer,

Evitar a seca e a desolação.

Anônima jorrando

E formando correntezas

Seguindo seu curso natural

Quem sabe espera

Educação Ambiental

Dora Dimolitsas



NAS ÁGUAS

escorre no corpo
líquida e quente
alimenta veias e fibras
semeia sementes

por entre ossos
mistura-se fervente
ao sangue que vibra
viços abundantes

A mulher de pé
é qual ilha
dotada de água
desagua por todo lado

olhos mansos
derramam lágrimas
seios fartos
pingam leite
ventre macio
jorra o mel

o que mais quer
molhada de suor
que bate à fronte
da lida constante
é água de beber

mergulhar no espelho d'água
afundar na nascente do prazer
prazer que sente ao eriçar os pêlos
cravejados de gotas brilhantes
.
Soninha Porto


Riozinho

Meu orgulho esta nas gotas
Que compõe o ribeirão
Vindo lá do infinito
Escorrendo no labirinto
Vazando pelos rochedos
Banhando mato rasteiro
Das entranhas deste chão

Rosa branca lá do campo
Riozinho desta terra
Minha vida espelha em ti
Leve e solta, bem serena!

Molhaste minha face
Mostrando-me como nasce
Vida nova no sertão.

...........” Catarino Salvador “.





*O bem maior*
.
de todos os bens
que o homem herdou
da vida na terra
que podemos ver,

as flores, os bichos
a mata, o verde
o amarelo, o azul
e todas as cores
da imaginação...

só FOI possivel,
por causa da água...

só É possível,
por causa da água...

só SERÁ possível,
se o homem entender,

que a ÁGUA, que o homem
precisa, apenas precisa,
do respeito do HOMEM.

(Marçal Filho)







O FIM DA ÁGUA


O silêncio do rio não tem voz;
Seu grito é doloso à alma
Que diante do homem atroz
Polui o leito sem calma!

Meu rio grita sem rio. Nem lago
Imita a precisão dos rios infinitos,
Mas é doce a intenção do afago
Com a Natureza de rostos bonitos!

Somos os Rios incapacitados,
Sem lago, sem riacho, sem leito,
Sou das suas máculas um dos citados...

E sobre seu curso desfeito,
Meu pranto salgou sua água,
Agora, meu coração deságua...


Carlos Máximo




A ÁGUA TEM SEDE

Sem cor, sem odor!
Até quando resistirá
a nossa água incolor?

Fonte de vida!
Aquarelada por estúpidas mãos humanas,
agora és colorida!

Cinza chumbo,marron petróleo,verde escroto...
E seu nada perfumado
cheiro de esgoto!

Água poluída!
O homem te condenou.
Traída pelas mãos que já lavou!

A água tem sede!
E avisa o pescador
que recolhe a rede sem peixe.

Desperdiçada, ela seca!
Vítima da indiferença do homem
que peca.

Que reste uma gota,
para que eu molhe minha garganta seca,
rouca pelo meu grito de alerta!
Cuidemos da nossa água,
enquanto ainda ela surge da torneira aberta!

(Mell Glitter)





CÂNTARO DE AMOR

Sigo...
e em silêncio
minha alma cigana vai buscando
trilhas estreitas e floridas.
E caminho entre curvas verdejantes...
percebendo que por ali
a felicidade
tem cheiro de terra úmida
e a mata tem seu perfume...

Levo o meu cântaro
e vou sedenta
ao encontro da fonte...
da água preciosa e pura...

Junto à nascente
eu sentar-me-ei...
e como sempre
glorificarei a pureza
daquele místico recanto...
onde a energia divina da singeleza
se faz em fonte de amor.
Um santuário de harmonia e leveza.

Onde a brisa
suave e fresca
balança e assovia
como uma flauta doce...
a tocar com ternura
uma melodia celeste
que aos poucos se mistura
ao som das águas
que jorram da fonte...

E no final da tarde...
eis que meu cântaro amado
retornará repleto
dessa água cristalina
e envolto
em insofismável luz...

de: M.Vallentine (poetisa menor)



"SINERGIAS DA ÁGUA"
ESSE QUADRO TEVE UM PRÉMIO NO INSTITUTO DAS ÁGUAS DE PORTUGAL




"VÓRTICE DE ÁGUA"

Rio substantivo
boca de duas margens
dragado pra não morrer

Gota a gota te afogaram
em
corrente de foz nenhuma


sede! cálice! água
seco como a mágoa
dum deserto a acontecer

Foram-se embora os cisnes
que no teu dorso
já não fazem amor

linhas de vidro rasgadas
dor jorrada em fontes mágoa

Boca de duas margens
líquido exangue a morrer

LuizaCaetano




"ÁGUA COMO A SEDE"

Rio substantivo
boca de duas margens
dragado pra não morrer

Gota a gota te afogaram
em
corrente de foz nenhuma


sede! cálice! água
seco como a mágoa
dum deserto a acontecer

Foram-se embora os cisnes
que no teu dorso
já não fazem amor

linhas de vidro rasgadas
dor jorrada em fontes mágoa

Boca de duas margens
líquido exangue a morrer

LuizaCaetano



"VOZ DA ÁGUA"

Vem,
como a secreta voz da água
Sobre o Rio que te espera
de alegria incendiada

Se vieres
de madrugada
te espero à beira fonte
junto à seara do pão

Tanta fome!
Tanta sede!

Veste-te de branco
e
vem
rumor de pássaro breve
súbita rosa de mágoa
nevegada em alvas velas

aceno-te
como quem despe
um ritual de emoção

Rosa de água!
Rosa Pão!

luizacaetano



Gosto


Enquanto substância
Variante
Voa namora
Ser incenso
Cascata sobre mim
Meu olhar
Por um amanhecer
Nascente
Escoando as letras
Amor
Quântico
Como o raio
Na arte das águas
Com efeito
Quero a delicadeza
Deus
Ares, Ares, Ares


Claudia Almeida



Oxigênio


Penso em acompanhar você
Num cinema, na praia ou numa visita
Depois de um tempo na faixa corrida
A cidade já é perfeita súbito beijo na área
No mês das águas já não choro no leito
Pois deito em seus braços pacíficos
Já não sinto o buraco negro, nem ligo
Lencinhos só no pescoço...
Transformo minha caça em tesouro
Como último recurso... entregaram o amor
E descobrimos no fundo um balneário
Entre os seres mais admiráveis que estão por vir
Que muitas correntes nos levam ao encontro
E os mergulhadores a boca de um vínculo
A prova d’água e por uma descoberta
Anelam pela vida as algas e o oxigênio.
O que foi, o que é, o que será ?


Claudia Almeida





Previsão de Tempo

© Nathan de Castro





Tem um “mar morto” engarrafado em recipientes de água mineral, enlatados, refrigerantes e bebidas de todos os tipos.
Tem um “mar morto” dentro de caixas-d’água, piscinas, redes de esgoto e de distribuição de água.
A Terra reclama. A Terra é um ser vivo e como tal, precisa de água para sobreviver e o instinto de sobrevivência fala alto.
Assistimos ao degelo polar, que nada mais é do que uma defesa do Planeta. Falta água? Vamos ao degelo.
Há milhares de anos, os dinossauros ameaçaram a vida da Terra e foram dizimados pelas células de defesa ou, talvez, por algum remédio aplicado pela mãe Via Láctea. Uma injeção de meteoros, por exemplo... Tratamento de choque.
As células de defesa se apresentam em forma de sinais da natureza: furacões, tufões, terremotos, tsunamis e tantos mais...
Parece que não bastam para parar a ofensiva desse novo predador: o homem.
Para um doente que caminha a passos largos para o estado terminal, existe a necessidade de exterminar ou dizimar o vírus. Esse vírus que fabrica gases tóxicos, agride as membranas do pulmão, injeta bilhões de litros de esgotos por dia nas veias do planeta...
O mar, coração da Terra, continua a pulsar forte, mas o desequilíbrio é evidente. O vírus continua a extrair daqui e transportar para outros cantos do corpo terrestre, milhões de toneladas de ferro, petróleo, madeira e tudo o mais que se possa transportar, inclusive para a órbita do planeta.
As intermináveis queimadas provocam chagas profundas e lançam na atmosfera a fumaça da destruição e a Terra chora chuvas ácidas.
A temperatura aumenta. A febre é quase insuportável e a Lua, impassível, assiste atordoada à mudança das cores do Planeta Mãe.
Não. A Terra já não é azul.
Tem um cinza envolvendo a poesia dos mares e montanhas. Tem concreto demais, tem asfalto demais e os poros obstruídos provocam as enchentes dos rios. As metrópoles sofrem.
As águas descem a ladeira da velha cidade.
Uma criança brinca de chutar a enxurrada. A esperança está ali, nos pés e mãos da criança que traz o sorriso e o brilho da poesia nos olhos.
Infelizmente, a vacina vence. A criança cresce e as palavras não chegam aos ouvidos dos vírus detentores do poder.
No peito do poeta fica um vazio de mil beijos lançados ao vento e a sensação de impotência, quando o planeta pede colo.
A previsão é de mais um dia de sol.

A Terra pede colo e a lua estende o manto
da morte sobre o corpo da Mãe Natureza...
Se a morte pode o beijo, o abraço e o acalanto,
pode o destino, o sol e os lábios da nobreza.

Se a vida é uma canção sem volta, todo pranto
é inútil, pouco e cabe no olhar de tristeza
da estrela que admite os sons de novo canto,
para cumprir a sina e a escrita sobre a mesa.

É preciso voltar ao tempo das cavernas!
Reescrever a história do planeta Terra
com tintas de poesia em telas de mudanças.

É preciso salvar o verbo e essas eternas
poeiras de paixões, o ar, o mar e a serra,
para evitar que o homem mate as esperanças.





Poema das águas

Sereno remanso de um lago
ou fúria incontida de mar bravio
fluida carícia, prenunciando o cio
pingos de chuva a lavar a alma
orvalho da noite a transmitir a calma
seiva que gera a vida
lágrimas de uma triste partida
suores misturados a amores
águas que lavam as dores.

Fontes que antes eram puras
hoje degradadas e sujas
demonstram a ignorância
do ser humano, em sua inconstância
ao poluir e desperdiçar
sem ao menos consciência tomar
de seus atos inconseqüentes.
Leitos de rios secando
a natureza se lamentando.
A sede de poder é maior
que a sede dos pequeninos.

A vida está ameaçada
pelo descaso da humanidade
que age por egoísmo e maldade
desafiando as leis do universo
e mesmo que haja esses versos
criticando tais atitudes
o homem não pensará com o coração
e prosseguirá com a destruição
de si mesmo e de seus semelhantes
matando de sede seres inocentes
poluindo as águas de todas as gentes
devido à sua ganância, que não tem perdão...

Flor Poeta


O Nascer das Águas

Lentamente vem descendo,
cortando plantações,
criando vertentes,
circulando ilhas,
saciando antolhos do bojo
em dias de franco calor!

Gera praias e piscinas
em sua crista natural

Divide-se em braços,
nas noites de lua cheia
torna-se cancioneiro
de pequenas naves
que fluem no fino
limiar do beijo artesão!

Espelho por sua própria virtude
reflete o truísmo de seu monge!

Auber Fioravante Junior
- 30/Janeiro/2006 – 20:06 hs


Cristalina

Cristalina a maior riqueza
Que o Universo ainda não
Sabe seu real valor...
Cristalina na fragilidade
Quando lhe falta zelo
E amor...
Cristalina na memória
Quando for apenas
Raridade em um planeta
Que a dizima, extingue em
Ação bruta e inconseqüente...
Cristalina no esquecimento
Água pura...
E todos morrem de sede!...

(Cida Luz)
24/03/08



Fecunda nossa Terra

Água que brota do seio do mundo
Fecunda nossa terra
Faz brotar em nós a flor da esperança
Atendei os propósitos concedidos pelo arquiteto do Universo
Fazei brotar no coração dos irmãos a sementeira do amor
Atendei ò terra fértil ao chamado dessa água que
Te entranha
E te fecunda
Fazei brotar no coração dos irmãos
A sementeira do amor
Atendei ò terra fértil
Os propósitos que Deus te destinou
Cria os filhos teus
Dá dê beber a quem tem sede
E clama no deserto da dor
Árvores frondosas de amor
Sejam erguidas na soleira da porta do mundo
Erguei tuas mãos aos céus
Fazei descer sobre nós a chuva da temperança
E por fim em nossos corações
O amor fraternal
Fecunda nossa terra.

Rosane Silveira

A seca do sertão


Vi o dia amanhecendo
vi o cair da tarde
vi a noite chegando
vi o rio transbordando
e vi seu leito estorricado

vi a chuva abundante
molhando a plantação,
vi uma seca tão grande!
Queimando todo sertão.

Vi o caboclo cantando
de alegria pela chuva
vi o caboclo chorando
é a seca meu irmão
vi o gado todo gordo,
pastando lá no sertão
vi todo gado morrendo
por falta de plantação.

Vi a água lavando
as estradas do sertão,
e vi a seca matando
toda vida do sertão
vi o caboclo clamando
chuva para o sertão
e vi a chuva caindo
por causa da oração.

De: Terezinha C Werson.
Isto é verdade acontece no
sertão Norte e Nordeste.


Chuva abundante

Agora falarei do sertão
Bonito todo verde
Arvores adormecidas
Que de repente
Despertam e florescem.

Chuva abundante
Rios transbordando
Riachos e cachoeiras
Lagoas e cacimbas
Tudo belo!
Todos transbordando
Foi água que veio do céu

Isso demora a acontecer
Depois de uma seca cruel
As comportas do céu abrem-se
É lindo! de se olhar
Campos floridos...
Rosas abertas,
Botões se abrindo,
Tudo tão verde
Que dá gosto de olhar.

O sertão tornou-se fértil
As crateras se encharcaram
O gado ficou bonito
O caboclo mais alegre
Sua alma transbordando
De tanta felicidade
Pois tem muito o que colher.

pássaros em revoadas
parece ate festejar
aquela chuva abundante!
O amanhecer esta mais lindo
Orvalho cobrindo tudo
Estradas molhada
A poeira foi embora
Caboclo agora agradeça
Toda essa chuva de benção
Que nesse sertão caiu.

De:Terezinha C Werson

10/1/2007




Chuva na vidraça

Atravéz da vidraça da janela
Olho para o infinito,
Chuva, trovões, e relâmpagos.
Chuva caindo no telhado,no chão,
E sobre as árvores
Parece uma cortina,
E o vento levando, de um lado para o outro
E um barulho tão grande!
Querendo me entristecer.


Novamente olho o infinito.
Ouço uma musica
Em algum lugar do passado.
Então, entro no passado
Ando na chuva descalça
Não tenho medo dos trovões
Nem dos relâmpagos,
Nem do vento
Novamente olho o infinito
Ouço uma musica
Em algum lugar do passado

.
Então entro no passado
Ando na chuva descalça
Não tenho medo dos trovões
Nem dos relâmpagos,
Nem do vento.
Molho os pés na água que lava o chão
Ergo o rosto para o céu
E deixo a chuva cair
Escorrem como se fosse lágrimas

Molho roupas, e cabelos.
Lavo ate a minha alma.
Mas não consigo lavar esta minha solidão...
Não consigo contar às gotas que caem no chão...

Autora: Terezinha C Werson.



Água

Líquido precioso,
De inestimável valor,
Transparente, delicioso,
Sem um mínimo ardor.
Suave, macia, sem cheiro,
Matando a sede
Do viajante passageiro.
Água de cachoeira
Mergulhando no rio,
Escorrendo faceira
Por todo caminho.
Água de fonte
Que desce tranqüila
E chega brilhante,
Límpida, radiante.
Água de chuva bendita,
Caída das nuvens carregadas,
Deixando as matas, florestas,
Tudo em festa,
Após longa estiada.
Água de poço artesanal
Guardada pela Mãe Natureza,
Deixando o nordestino do sertão
Perplexo com sua beleza.
Protejamos a Natureza
Com seus rios, lagos e fontes.
E, além dos horizontes,
Os mares com certeza.

Paulo Mendes Corrêa
http://www.mensagensempoesias.xpg.com.br/





Água!!!

Na fonte, elas transbordam
Nasce limpa, pura e cristalina
Cai na terra e as flores brotam
Árvores florescem nas colinas
É o mais puro alimento
Sem ela não existe vida
Sem ela é seca e lamento
Sem ela é só despedidas!

Jane Rossi


“Fonte de vida”

Imenso reservatório de energia
Fonte de Juventude e criação
Origem e veiculo da vida
Restaura sonhos, em sua imersão

Reduz os pecados existentes
É símbolo de pura perfeição
Nos mares, nos rios, está presente
Na bolsa, acompanha o embrião

São gotas que caem na estrada
Sugada pela terra sedenta
Floresta agradece ser lavada
A vida e a pureza representa

No deserto o povo te suplica
Que venha sua fonte abastecer
E a alma sempre te identifica
Por vida, conduzida à renascer

Jane Rossi




Água cristalina

É a mais pura bebida
Que sempre nos satisfaz
Sem ela não existe vida
Viver seria incapaz
O corpo ela vai nutrindo
Bendita é a nossa bebida
Estaremos consumindo
Do início ao fim da vida

Jane Rossi



“Chuva no telhado”

São gotas caindo no telhado
Que descem e rastejam pelo chão
Deixando o gramado bem molhado
Revigorando toda a plantação

É linda essa forma de energia
Que vem dos céus nos abençoar
São gotas de cristais com alegria
Trazendo esse doce tilintar

Toda vegetação revigorada
Florindo a paisagem e a visão
Facilitando nossa caminhada
Extravasando amor no coração

Banha-me com suas gotas puras
Cobre-me com orvalho da paixão
Exclui deste peito a amargura
Inunda minha alma de emoção.

Jane Rossi






DUAL

Olhei para o mar e me vi dividida
como se as ondas seguissem curioso percurso:
avante para a areia,
caminhante para alma que não mais semeia.

A brisa me sufocou e, então, me perdi
tocava meu rosto, rasgando-me em carinhos vermelhos.
Num relance, então, flutuei:
em qual dos caminhos, já de tão cansada, procurar-te-ei?

Meus pés decalços, minha pele toda nua,
Por ti , me perdi, como se fosse duas metades partidas em sangue.
A água que toca meu coração
É a vertigem de não mais te ser em dolorosa corrosão.

Ah! Gostaria de me ser em duas
de estar e de mais sonhar
E, no silêncio que me cala todas as noites, em volúpias,
em imensidão oceânica poder-me revelar.

Ana Perissé

A chuva...

Olhando a chuva,
Sinto-me nua,
Ao meio dela,
Eu e a chuva...
Ela caindo do céu,
E eu correndo pra ela,
Correndo pra chuva,
Que se faz tão bela...


Olhando a chuva,
Sem véu...
Imagino-me nela,
A chuva que caí,
E vejo de minha janela,
É tão sublime que me apaixono,
Por ela.

Olhando a chuva,
Fico cheia de coragem,
Pra banhar-me nela,
Nessa chuva que caí,
E que de passagem,
Vejo da minha janela...

((Valquíria Cordeiro))


RESSENTIMENTO

Água clara e cristalina, nevoa do amanhecer,
Rio de águas profundas, mistério e perigo,
Cortam matas e montanhas, fúria de tufão,
São sentimentos ocultos, trazem no coração.

Água é existência e vida, brotam a esperança,
Nos corações aflitos, busca a salvação,
Fazem tuas colheitas, beija o chão,
Amor que partiu, só recordação.

Água de existência e vida, traga meu amor,
Que um dia partiu, como vento em fúria,
Deixando minh’alma fenecer, nesta amargura,
Como tolo fui, acreditando em lamúria.

Paixão doentia, corpo entorpecido,
Sinto gosto da morte, o palor cobre o corpo,
No dolorido afã, a procura da salvação,
Entrego-me ao teu dolo, perdição.

Autor: Poeta Mineiro
24/06/06




Águas agonizantes

Água, agonia, atuação inadequada
Esgoto e poluição, terror da nação
Crescimento, desenvolvimento, situação adequada

Utilizando os inseticidas
Nas águas, são padecidas
Utilizadas como esgotos
Nunca vão sentir seus gostos

Nos últimos anos vem se agravando
Pelas fábricas, resíduos vão jorrando
Crescimento desenvolvimento, situação regrada

Águas do mundo, acabam num segundo
Águas agonizantes, situações hibernantes
Águas caudais, vidas terminais
Águas ribeirinhas, sem vida caminha

Fonte de alimento, água a irrigar, a morte vem devagar
Necessidades a serem adotadas, medidas antipoluidoras, à vagar

Nossa preocupação é que haja consciência
Porque a própria ciência, já prevê a extinção
Da água de toda nação, não terá sobrevivência

Carlo Magno





Nosso Planeta

Terra, planeta azul
Assim foi batizada
Da imensidão dos céus
Por brilhantes astronautas.

Escola abençoada
Para o nosso aprendizado
É rica sua natureza
Que devemos preservá-la.

Água - fonte de energia
Está desaparecendo
Pela imprevidência do homem
Que anda decrescendo.

Unamos nossas forças
Em súplica e ação
Para salvar nosso Planeta
Da grande devastação.

Neneca, 22/02/08


TUDO É LAGO

Nos moinhos da mente
Palavras como rio
Desaguam de repente
Tudo se molha
A vida, a lida, as horas
Parto molhado
E chego do outro lado de mim
Largo tudo
Tudo é lago...

(Gustavo Adonias)




O DIA EM QUE A ÁGUA ACABOU!
(Elza Fraga)

Estamos perdidos no meio
do olho de um furacão,
onde o homem, inclemente,
acaba com a própria mão
com tudo o que vê a frente...
Destrói o mundo... Inocente
ou por pura covardia?...
Não pensa em quem ficará
após a sua passagem
e vai serrando as matas,
destruindo as nascentes,
tirando o direito ao ar,
escasseando a água,
acabando com a vida!

Quem pensa na natureza
é zombateiramente chamado
de eco chato e,
com certeza,
posto a margem dos debates
onde se decidirá
o destino do planeta.

Estamos vendo o final
de um filme de terror...
Protagonistas talvez!...


Miséria, seca, aridez...
A água, bem precioso,
que o homem poluiu,
sujou, imundou, destruiu
e continua, na terra,
fazendo a sua guerra
contra a pobre natureza
que clamando por socorro
desce em filetes no morro
água podre, pobre, vil...

É o pranto da mãe Terra
chorando a sua revolta
e devolvendo a escassez
espalhando a sua volta
o sangue quente escorrente
das feridas lhe impostas...

Quando a água acabar,
secar rio, secar mar,
oceano e lagoa...
A erosão destruirá
o que por ventura sobrar
Pagou-se caro pra ver!

Parabéns ser racional
pois até o animal
pensa melhor que você




As águas...

As águas da fonte,
Da fonte da vida.
Lava meu corpo
E minha alma fica agradecida .
A alma que por vezes,
Ausenta-se por estar perdida.
A procura das águas,
Das águas da vida.

São águas claras e límpidas.
Mata-me a sede do corpo,
Trazendo-me a seiva da vida.
Faz-me ainda sentir-me escolhida,
Escolhida pelas águas ,
Pelas águas da vida.

Renascendo das águas,
Eu que antes sentia –me perdida...
Sinto -me renovada
E cheia de vida.
((Valquíria Cordeiro))




TRANSFORMAÇÃO


A chuva que cai,
cai em forma de lágrimas
que para uns e dor de ter
sua casa levada pelas águas.

Outros a chuva é presente de Deus,
vem sua sede saciar, e é fartura,
a natureza a se transformar, mata a
fome do mundo.

Dia chuvoso, e a chuva cai tão gostosa nos telhados!
Aquele barulho, mais parecendo uma canção e ouvir
parece não parar, vai diminuindo até passar.

Depois tudo fica colorido a brilhar, a natureza parece falar,
beleza divina a nos encantar!


Escrito por Eliza Gregio dia 19 /01/2008

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