Angústia
ANGUSTIA
Queres saber? vem comigo...
Partiremos de zero, pois isso é que me re
Queres saber? vem comigo...
Partiremos de zero, pois isso é que me re
sta
Quando nasci tinha mundos saberes infinitos
tudo me foi tirado, mas sei que eu sabia...
Perdi planos mapas e vontade de sonhar
a vida um pesadelo do que ando a cair
e me desfaço por seguir sonhando
Começaremos abrindo as janelas
Hoje vou abri-las de fora para dentro
Já não sei se quero fiar-me do quintal
Ou será de meus olhos que me não fio...?!
A Melra insiste em que lhe entregue
o que resta de dia no céu do jardim
e que me mude a outra paisagem...
Eu calo e escuto os golpes mudos do remo
de minha nau sem rumo que não avança...
Meu cego coração sulca mares inexistentes
só é real meu barco, e minha fame de ilha
onde plantar a raiz do Ser que se desseca...
Sou como a primeira mulher que portou lume
como deixar que se apague...!! antes arder nele
antes queimar-se dando-lhe a vida...
Mas eu não ardo, sou de pedra como a barca
e nem sequer sou a primeira em nada
sou antes a última a se afogar neste diluvio
Sem volta atrás sem lugar ao que chegar
Só eu e meu continuar por caminhos de incerteza
Entregarei minha última lágrima meu alento
meus último suspiro meu boquear
darei meu sangue a beber sempre antes
que ver secar a raiz nos meus olhos...
mesmo que tenha que seguir assim
em eterna solidão acompanhada
Concha Rousia
Quando nasci tinha mundos saberes infinitos
tudo me foi tirado, mas sei que eu sabia...
Perdi planos mapas e vontade de sonhar
a vida um pesadelo do que ando a cair
e me desfaço por seguir sonhando
Começaremos abrindo as janelas
Hoje vou abri-las de fora para dentro
Já não sei se quero fiar-me do quintal
Ou será de meus olhos que me não fio...?!
A Melra insiste em que lhe entregue
o que resta de dia no céu do jardim
e que me mude a outra paisagem...
Eu calo e escuto os golpes mudos do remo
de minha nau sem rumo que não avança...
Meu cego coração sulca mares inexistentes
só é real meu barco, e minha fame de ilha
onde plantar a raiz do Ser que se desseca...
Sou como a primeira mulher que portou lume
como deixar que se apague...!! antes arder nele
antes queimar-se dando-lhe a vida...
Mas eu não ardo, sou de pedra como a barca
e nem sequer sou a primeira em nada
sou antes a última a se afogar neste diluvio
Sem volta atrás sem lugar ao que chegar
Só eu e meu continuar por caminhos de incerteza
Entregarei minha última lágrima meu alento
meus último suspiro meu boquear
darei meu sangue a beber sempre antes
que ver secar a raiz nos meus olhos...
mesmo que tenha que seguir assim
em eterna solidão acompanhada
Concha Rousia
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1 Comentários:
Obrigada amiga querida, agradeço esta divulgação de minha voz... Que nem é minha, é uma voz coletiva... Abraço grande eu e da Galza...
Com amor, Concha Rousia
Por
Concha Rousia, às 2 de outubro de 2012 às 15:31
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