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quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Criança de rua


Criança de rua

Humildemente uma criança passa
invisível aos olhos atentos dos homens
vende balas, doces e sonhos
seus sonhos que se tornaram desenganos

Humildemente uma criança fala
surdamente aos ouvidos dos homens
que não ouvem seu pedido de socorro
sua necessidade de conforto

Humildemente uma criança chora
um choro calado, sofrido e desamparado
quase desesperado
sonhando desafortunado por um prato, um amparo

Humildemente vive,
Humildemente uma criança morre
no pé do morro desprovida
de chance de socorro sendo
mais um na estatística

Humildemente vive,
humildemente morre
triste dor dos filhos da terra
triste lamento de um coração que
tão somente espera.


Rosane Silveira

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