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sábado, 20 de setembro de 2008

MONJOLO, MARCADOR DO TEMPO


MONJOLO, MARCADOR DO TEMPO

Marcador incansável do tempo
Esquecido nos confins de uma era que se vai...
Marcou seu tempo, um tempo em que reinou.

Voltava à posição normal,
Novamente a água enchia-o e despejava-se
Num doce murmúrio completando o curso
Que se seguia radiante...
Pelo leito do rio, coroado por flores simples de rara beleza,
Ele cumprindo seu propósito de
Deixar marcas no tempo realizando tarefas...

A água corrente era seu combustível, a vida...
Ele a máquina, o ser...
A água continua sendo vida
E eu, o velho monjolo!

Tentando marcar meu tempo no tempo em que pela vida passei.
Deixar minha marca impressa no coração dos seres que amei...
E a marca indelével da saudade na alma de quem na verdade
Por toda a minha vida chorei!...

Enemércio de Moura

9 Comentários:

  • Boa noite Marta, linda mulher, sensivel e descobridora de talentos e amante da boa poesia. Parabéns pela escolha deste poema Monjolo, marcador do tempo, muito lindo, volta-se no tempo mesmo.
    Quanto ao poeta, é super sensivel, pessoa que fala com a alma. Gosto de todos os poemas que meus olhos fitaram.
    Parabéns Enemercio, sempre verei voce por aqui, seu lugar é no topo.
    Beijos na alma dos dois.
    Pérola

    Por Blogger Pérola, às 20 de setembro de 2008 às 18:44  

  • Linda poesia,parabéns sou sua amiga e fã incansável vc sabe que torço por vc
    Bia

    Por Blogger Ana Beatriz Nascimento, às 20 de setembro de 2008 às 19:31  

  • Essa poesia de Enemércio, querida Marta, me remeteu à minha infância, quando menino de calças curtas caminhava, escondido de minha mãe, pelas ruas de terra de minha pequena Vila Rami.Quantos presépios via por aqueles tempos de parcos presentes e muitas purezas. E nos presépios o que mais me encantavam eram os monjolos.
    Obrigado por me permitir, através de sua imensa bondade, publicando sempre poesias nossas aqui, poetas menores, esse remetimento à minha infância. E obrigado prezado Enemércio por criar tão bela poesia, cheia de ternura e de tempos, que certamente marcarás, feito um monjolo...quiçá um monjolo, desses que me encantavam nos presépios.

    Oswaldo.

    Por Blogger Oswaldo Antônio Begiato, às 20 de setembro de 2008 às 19:31  

  • O Poeta Enemércio De Moura traduz nessa composição poética toda a sua sensibilidade de jovém criado no campo em contato significativo com a natureza, os elementos como :água, ar, vegetais e terra.
    Comparando sua trajetória pela existência física em que tudo envelhece e morre, ao desgaste do Velho Monjolo. Porém subjetivamente
    declarando seus sentimentos, como se as águas que correm e retornam, embalassem o sofrimento de perda de um ente muito querido que ficou vivo em sua memória para sempre.
    Muito emocionante essa comparação
    que o autor faz com maestria.
    Parabéns! Muito linda sua poesia.
    Continue com essa garra. Beijos.

    Por Blogger Unknown, às 20 de setembro de 2008 às 20:02  

  • QUERIDA MARTA, OBRIGADO POR ESCOLHER ENTRE TANTOS, UM DOS MEUS POEMAS, ISTO MUITO ME HONRA!... ESTAR AQUI NO SEU JORNAL/BLOGGER TAO CONCEITUADO, EM QUE VOCE, POETISA MARAVILHOSA, DÁ OPORTUNIDADE A NOVOS VALORES. RECEBA MEUS SINCEROS AGRADECIMENTOS...
    AGRADEÇO TAMBÉM A CADA COLEGA QUE AQUI TECER ALGUM COMENTÁRIO,

    Por Blogger Enemércio de Moura, às 20 de setembro de 2008 às 21:06  

  • Nossa... gostei deste blogger da Marta, viu amiga, lindo demais, belas escolhas de poemas, a alma da gente agradece. E fiquei mais feliz com a poesia do poeta Enemércio de Moura. Ele transmite uma observância na vida do monjolo e se compara com ele. Ele é um grande amigo e fico feliz por voce moço... poeta, porque me encanta seus poemas, quero vir mais vezes aqui colocar um comentario sobre um poema seu viu?
    Beijos.
    Myrelly

    Por Blogger Unknown, às 21 de setembro de 2008 às 10:07  

  • Amigo é maravilhoso ler teus poemas,este éuma relíquia,eu sempre vivi na cidade enão tive estas experiências mais minha mãe falava do monjolo,e este poema me levou para quando eu era pequena e ela me contava como era pobre e feliz sua infânci na roça,onde nasceu e se criou lendo senti muita falta dela,como gostaria de te-la comigo e dá mais importância para suas histórias.Assim como o monjolo minha mãe também já não está mais aqui.Obrigada por me fazer lembrar fatos que eu pensei estar esquecidos na memória.Parabéns e continue colocando pra fora todas as experiências e vivências.Te amo Bjinhos

    Por Blogger Unknown, às 21 de setembro de 2008 às 12:31  

  • Feliz do Homem que no discorrer das palavras, consegue nos remeter há um passado distante porém saudoso de uma infância marcada pelas batidas pausadas de um monjolo. Enemércio, além de um poeta nato, é um artista que consegue com seu poema me fazer ver, ouvir, sentir e relembrar de cada batida chocha do monjolo do meu avô Joaquim Rapahel. Parabéns "Memeço", sua sensibilidade o torna uma pessoa muito especial. Espero voltar aqui para ler e me orgulhar de novos poemas seus. Márcio Rezende.

    Por Blogger Unknown, às 22 de setembro de 2008 às 15:57  

  • ....QUERIDO PRIMO MARCIO,,,DE UMA MANEIRA ESPECIAL ADOREI SEU COMENTÁRIO, POIS VC TAMBÉM CONHECEU ESTE MONJOLO....ELE FEZ PARTE DE NOSSA INFÂNCIA!.....NA FAZENDA DO SEU AVÔ!

    Por Blogger Enemércio de Moura, às 23 de setembro de 2008 às 18:06  

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