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terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Poema do Mar Bravio


Poema do Mar Bravio

Ando chorando pelas areias da praia,
no mar, ao longe há veleiros que se arrastam
contra o vento, embarcações pequenas a deriva
enfrentando mar bravio, vento forte, chuva que
chega sem avisar provocando grande furacão.
Meu coração oprimido, olhos que não deixam a
imensidão das águas. Minhas mãos em prece
recebem toda esperança que me oprime, cada
sonho embalo no vai vem das ondas. Cada
destino dentro dos barcos, cada vida a mercê
de um vendaval gigante, sigo o roteiro da natureza
bravia, zangada, carregando sonho que se torna
inútil, leva vidas e destinos.
Quando lentamente vai se acalmando deixa um
bálsamo de frescura espumante dentro do coração
machucado, chagado, sem asas e sem horizonte.
Tudo vejo perdido ao longe dentro do breu da noite,
do alto deste penhasco posso perceber os destroços,
entender a grande loucura que se abateu. Todos se
perderam em alto mar, desta pedra posso tombar
e abraçar a morte!

Marta Peres

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