Carnaval
Carnaval
A festa popular brasileira mais famosa em todo o mundo –
carnaval, está chegando!
Belas marchinhas tradicionais encantam todos os tempos –
surgiram no Rio de Janeiro e foram assinadas por grandes compositores,
interpretadas por maravilhosos cantores. Em todo país uma só voz ouvida durante
os tempos de carnaval, é folião fremente cantarolando. Muitas são as canções
que fazem recordar todas belas e simples. Quem não se lembra de Chiquinha
Gonzaga com sua Ó Abre Alas!
Ó abre alas
Que eu quero passar
Ó abre alas
Que eu quero passar
Eu sou da Lira
Não posso negar
Eu sou da Lira
Não posso negar
Ó abre alas
Que eu quero passar
Ó abre alas
Que eu quero passar
Rosa de Ouro
É que vai ganhar
Rosa de Ouro
É que vai ganhar
Contudo, os bons carnavais do Itamaraty o tempo teima
apagar, dor latente de saudade vem se tornando companheira inseparával, lembranças...lembranças...apenas
lembranças dos tempos idos que não voltam mais. Certifico com saudades relembrando
as matinês do Itamaraty, são tantos bons carnavais e relembro a chorar velhos
foliões, pessoas que marcaram com brilhantismo uma época gloriosa da terra.
Quem não se recorda do ritmista, o grande Sabastião Cabide? Dos saxofonistas
Plínio Barbeiro, João da Banda, Dickson de Melo? No Pistom, José Piquira e
Cuica – quem não se recorda do Zico da Banda? Tantos bailes em animação total animados
pela banda do Bainho! Muitos outros carnavalescos e amantes do Carnaval
passaram pelos nossos clubes.
Ah, Churrascaria Alvorada que tantas alegrias deu aos
jovens!
Confetes e serpentinas lançados no povão, lança-perfume
perfumando o salão.
União Operária, como era comentada, como eram concorridos os
seus bailes carnavalescos, hoje, vivo a cantar chorando – Olha a cabeleira do
Zezé será que ele é será que ele é... Oí
você ai, me dá um dinheiro aí, me dá um dinheiro aí... Realmete, precisa-se de
dinheiro para fazer resurgir das cinzas a nossa União Operária. Quantos dos
nossos jovens não viram a atuação desta Escola de Samba Gigante! A União
Operária não pode ser enterrada, porque morta já está e como fênix é preciso
que ela volte à vida.
Foram muitas emoções e baixinho vou confortando o coração,
cantando expresso a verdade que é minha, é sua é de todos nós – não esqueço os
velhos carnavais, não esqueces os velhos carnavais, não esqueçamos os velhos
carnavais. Recordamos com saudades que calam fundo na alma, tudo o que
passou e não volta mais.
Recordamos para que no próximo ano possamos cantar sorrindo
novamente, com nossa guerreira escola de samba União Operária – mesmo sem
Cabide, sem Plinio, sem Zé Piquira e tantos outros que estão a nos olhar lá do
andar de cima!
Marta Peres
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