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sábado, 5 de janeiro de 2013

Artigo - Renúncia!




Artigo


Renúncia

Renúncia é substantivo feminino, é uma libertação de algo que possa vir a se constranger ou constranger a algo ou alguém. Contudo, não se deve julgar ninguém, a vida do outro é dele, doa a quem doer - quem sabe de si mesmo, sabe de sua própria dor, sabe onde lhe aperta o calo, depois, a vontade de cada um deve ser soberana. Uma coisa é a gente achar, outra, é a própria pessoa em questão entender, encontrar seu próprio caminho – o que não é fácil em si tratando de certas situações. No entanto, existem ocasiões em que todos opinam. Mas, o que é uma opinião? Não é sugestão. Então, cabe a pessoa em questão se decidir.

Na história temos muitos exemplos de renúncia, porque, só heróis renunciam. Herói não é pessoa de exercer a ação mas de renunciar – porque quem renuncia não tem apego.

Prefeitos renunciam ao mandato deixando suas cidades em situações difíceis em momentos difíceis, governadores renunciam, deputados renunciam, vereadores renunciam, pessoas comuns renunciam – quando existe a necessidade da renúncia.

A vida é toda ela feita de renúncias, de opções.

Quem nunca renunciou a algo ou alguma coisa?

Porque, muitas vezes, silenciosamente, a pessoa precisa optar para deixar o outro brilhar!

Contudo, muitas pessoas vão em busca de soluções para que não aconteça a renúncia, nem sempre o esforço é válido, porque, existem razões e razões expostas claras em contrário que impedem. No cumprimento de uma missão outorgada muitas vezes é preciso agradecer o apoio das pessoas, compreenão e estímulo, isto, quando se acredita na amizade e companheirismo. Talvez, seja o que mais valha porque a vaidade... Existem renúncias, ao contrário do que muitos pensam, não levam ao prejuízo de um dever. São tidas como necessárias e urgentes, principalmente quando algo ou alguém quer fazer o outro de ingênuo. São várias as razões, os motivos, e cada uma precisa ser analisada friamente.

No dia 25 de agosto de 1961, foi divulgada a carta renúncia de Jânio Quadros. Naquele tempo foi um falatório, pessoas assustaram. Hoje, vejo como algo normal que pode suceder com qualquer pessoa em qualquer instância, a qualquer momento da vida. Simplesmente não era a vez de Jânio.

Quem diria que Fidel iria renunciar? Um gigante que governou por anos a fio, num dado momento viu que precisava parar para que outros continuassem o trabalho que tanto amava desempenhar. Ele sabia que renunciando sua voz continuaria ecoando pelas suas terras, confiava em si mesmo.

Em questão, renúncia não é omissão, é um desafio a enfrentar.

Marta Peres 

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