Artigo - Renúncia!
Artigo
Renúncia
Renúncia é substantivo feminino, é uma libertação de algo
que possa vir a se constranger ou constranger a algo ou alguém. Contudo, não se
deve julgar ninguém, a vida do outro é dele, doa a quem doer - quem sabe de si
mesmo, sabe de sua própria dor, sabe onde lhe aperta o calo, depois, a vontade
de cada um deve ser soberana. Uma coisa é a gente achar, outra, é a própria
pessoa em questão entender, encontrar seu próprio caminho – o que não é fácil
em si tratando de certas situações. No entanto, existem ocasiões em que todos
opinam. Mas, o que é uma opinião? Não é sugestão. Então, cabe a pessoa em
questão se decidir.
Na história temos muitos exemplos de renúncia, porque, só
heróis renunciam. Herói não é pessoa de exercer a ação mas de renunciar –
porque quem renuncia não tem apego.
Prefeitos renunciam ao mandato deixando suas cidades em
situações difíceis em momentos difíceis, governadores renunciam, deputados
renunciam, vereadores renunciam, pessoas comuns renunciam – quando existe a
necessidade da renúncia.
A vida é toda ela feita de renúncias, de opções.
Quem nunca renunciou a algo ou alguma coisa?
Porque, muitas vezes, silenciosamente, a pessoa precisa
optar para deixar o outro brilhar!
Contudo, muitas pessoas vão em busca de soluções para que
não aconteça a renúncia, nem sempre o esforço é válido, porque, existem razões
e razões expostas claras em contrário que impedem. No cumprimento de uma missão
outorgada muitas vezes é preciso agradecer o apoio das pessoas, compreenão e
estímulo, isto, quando se acredita na amizade e companheirismo. Talvez, seja o
que mais valha porque a vaidade... Existem renúncias, ao contrário do que
muitos pensam, não levam ao prejuízo de um dever. São tidas como necessárias e
urgentes, principalmente quando algo ou alguém quer fazer o outro de ingênuo.
São várias as razões, os motivos, e cada uma precisa ser analisada friamente.
No dia 25 de agosto de 1961, foi divulgada a carta renúncia
de Jânio Quadros. Naquele tempo foi um falatório, pessoas assustaram. Hoje,
vejo como algo normal que pode suceder com qualquer pessoa em qualquer
instância, a qualquer momento da vida. Simplesmente não era a vez de Jânio.
Quem diria que Fidel iria renunciar? Um gigante que governou
por anos a fio, num dado momento viu que precisava parar para que outros
continuassem o trabalho que tanto amava desempenhar. Ele sabia que renunciando
sua voz continuaria ecoando pelas suas terras, confiava em si mesmo.
Em questão, renúncia não é omissão, é um desafio a
enfrentar.
Marta Peres
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