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quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Torrente de Saudade



Torrente de Saudade

Depois de tanto caminhar consigo
chegar até você, casa querida,
paro à sua porta, observo suas
velhas paredes altas, pintura azul...

Continua como sempre a vi. E penso
no tempo que perdi vivendo longe,
uma saudade ingrata envolve meus
olhos vertendo lágrimas magoadas.

Um vazio bateu dentro de mim, medo
e dor por já haver perdido entes amados,
habitantes daquele lar que tanto amei
e deu-me abrigo. Chorei copiosamente.

As nuvens dos olhos não me deixaram
enxergar a sala, porém, nas minhas
lembranças inda estava ali o sofá
onde minha mãe assistia TV. Vazio.

Onda de desespero invadiu meu corpo
tomando conta da minha alma, passo
as mãos pelos cabelos, limpo o rosto
deixando passar torrente de saudade.

Marta Peres

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3 Comentários:

  • Lindooo e emocionante. Saudades dos que nos antecederam e que fizeram feliz o nosso caminhar.
    Beijos amiga!

    Por Blogger Neneca Barbosa - Um ser humano em evolução!, às 16 de setembro de 2009 às 11:27  

  • MINHA LINDA AMIGA GRANDE POETISA MARTA PERES!"TORRENTE DE SAUDADE".Que lindo!Que viagem!Choro e choro muito...vc retratou a alma de cada um que ler vc.Que saudade!Nossa!Demais!Obrigada por nos presentear com a beleza que é sua alma...Vc é ímpar!Parabéns!Te adoro!Beijos na alma!

    Por Blogger Marisa, às 16 de setembro de 2009 às 20:45  

  • Marta, não encontrei a comunidade que vc me pediu pra postar sobre a primavera. Estou postando aqui querida. Desculpe, deixei um recado pra ti no orkut mas penso que vc não viu. Beijos linda.


    Primavera no serrado

    Nas alamedas cruzadas
    Envereda-se a vida
    Descaminhos
    Em desencontros
    Nas alamedas estações.
    Perfuma-se a lida
    A flor em botão
    Desabrocha no coração
    Como prece, oração.
    Há jardins reflorescendo
    Trazendo mais cor
    Ao cinzento
    Pelo inverno deixado.
    Primavera surgindo
    Nos altos do serrado
    Despontando céu doirado
    Prenúncios de verão.

    Cassia Da Rovare

    Por Anonymous Anônimo, às 17 de setembro de 2009 às 04:54  

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