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quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Inversa


Inversa

Libero cada fibra do coração,
E ele é um pássaro sobre a planície.
O vale do Rio Grande é tão belo
E me leva ao inverso das profundezas
Ao alto na ultima torre erma do castelo invisível.
Existir num tempo áspero e ser além de tudo mulher.
E ser frágil e ter filhos... E não poder mentir nunca,
Nem sonhar no fundo do abismo
Resistir e doar cada lágrima a fantástica e incrível
Maquina futurista.
Tristes cães inúteis esse homens do meu tempo.
Ter tão imensa alma e tão frágil a carne,
Ainda quente ainda encharcada da ultima tempestade.
E ser um pouco mais ainda,
Uma pobre mulher que faz poesia!




Claudia Morett

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