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segunda-feira, 13 de abril de 2009

Árvore do Prazer


Árvore do Prazer

Plantei no quintal uma árvore,
cresceu, deu frutos, todos fingidos.
Dentro do coração imensa tristeza
pelo peso do imposto a carregar.

Jamais viveu dentro da verdade,
meus olhos se carregaram de
lágrimas, depois de descobrir
fato deprimente e amargo.

Tronco robusto, galhos cheios
de beleza única, jamais pensei
ser maligna de frutos amargos
no sabor, peçonhenta se tornou!

Cega de rancor deixava seus galhos
dançarem ao vento, instigava,
inflamava guerreiro ao riso refletindo
luz do deleite e prazer, vivia na escuridão.

Algemei meu coração amargurado, atônita
ouvia a voz do vento, escutava sussurros
vindos da árvore, sentada em suas raízes
chorava as saudades do amor roubado!

Marta Peres

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