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sábado, 16 de fevereiro de 2008

SONETO À BREVIDADE DA VIDA


SONETO À BREVIDADE DA VIDA
Oswaldo Antônio Begiato


Roto! Estou roto já não sei se vivo.
Foram-se os anos. Vejo só desenganos.
O sol em mim nesse banco é paliativo:
Ele me aquece não recupera os danos.

Nada fiz. Nada sou. Vivi sem motivo.
Conduziram-me por caminhos levianos.
Ao azar a sorte prendeu-me cativo.
Eu não passei. Quem passou foram os anos.

Sob o sol nessa praça apenas penso,
Sentindo o passado me tocando leve
E o presente grave, insípido e denso.

Então meu pensamento rude se atreve
A admitir em nome do bom-senso:
- A vida foi longa eu é que fui breve!

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