Cordel de Assis Coimbra!
O poder que a bunda tem. (Não é pornografia)
Autor: Assis Coimbra.
TEMA: Critica social.
LINGUAGEM: Matuta.
Cumpadi vou lhe contá
É fato mais qui provado,
Fiquei pensano um bucado
Modi dispois lhe falá.
Ninguém pode cumpará,
Cum sentavo ou cum vintén.
Nem cum mi nota de cem,
Cum trasêro cubiçado.
Puriso é qui tá provado,
O PUDER QUI A BUNDA TEM.
É que nas mias andança
Em cidade e puvuado,
Fiquei mei abestaiado
Ao oiar muitha “fartança”.
Pois ao vê muitha “abundança”
Quasi inté me dá um “trem”.
Oiano muié que tem
Um bumbum aribitado.
Puriso é qui tá provado,
O PUDER QUI A BUNDA TEM.
Óio na tilivisão
Muié de tudo que jeitho,
Cun corpão todo peifeitho
Vendeno moto e carrão.
Abisorvente e loção
Mostrano as curvas que tem,
E rebolano vão e vem
Cum vistido bem grudado.
Puriso é qui tá provado,
O PUDER QUI A BUNDA TEM.
Vejo que arguma dela
Usa um tá de silicone,
Mode parecê um clone
Iguá muié de novela.
Inda aumentão os peitin dela
Pois é assim que cunvém
Dispois dis que é atriz tumém
E tá pronta pru mercado.
Puriso é qui tá provado,
O PUDER QUI A BUNDA TEM.
Eu inté já uvi dizê
Qui acuntece in iscritóro,
Tumem nus laboratóro
Qui quando é mode iscolhê,
Arguem mode promovê,
Intiligença nun cunvem.
Mais sin a mué qui tem
Um trazero arredondado.
Puriso é qui tá provado,
O PUDER QUI A BUNDA TEM.
Meu bom amigo “Mané”
Fico inté mi preguntano,
Cuma a coisa tá ficano
Em Deus vão perdê a fé.
Pois não demora em café
Na sua inbalagem vem,
Muié cem roupa tumêm
Prá mió ser disgustado.
Puriso é qui tá provado,
O PUDER QUI A BUNDA TEM.
Amigos(as) tentei escrever esse cordel, do jeito que é falado em linguagem matatuta. Peço desculpas se cometi algum erro.
Assis Coimbra. Todos direitos reservados.
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