Seleção Poética de Jenário de Fátima!
Feito Punhal
Ai como dói, vivermos um romance,
Que corta e fere qual vidro partido.
Em que fazemos tudo ao nosso alcance.
Mas nosso amor não é correspondido.
Ai como dói! Se vemos de relance,
Em nós, uns olhos fitos sem sentido,
Constantemente em difusa nuance,
Em um vagar alheio e distraido
Ai como dói! Provar... Reconhecer
Estar num caso que só um lado importa.
Dá uma vontade de desaparecer.
Fugir no breu dálguma noite morta.
Mas vem o medo de no amanhecer,
De novo estar batendo à sua porta...
Jenário de Fátima
Ai como dói, vivermos um romance,
Que corta e fere qual vidro partido.
Em que fazemos tudo ao nosso alcance.
Mas nosso amor não é correspondido.
Ai como dói! Se vemos de relance,
Em nós, uns olhos fitos sem sentido,
Constantemente em difusa nuance,
Em um vagar alheio e distraido
Ai como dói! Provar... Reconhecer
Estar num caso que só um lado importa.
Dá uma vontade de desaparecer.
Fugir no breu dálguma noite morta.
Mas vem o medo de no amanhecer,
De novo estar batendo à sua porta...
Jenário de Fátima
.
Mulher discreta
Jenario de Fátima.
Adoro mulher discreta,
Que se impõe pela cultura.
Que não rebola a cintura
Ou vive dando indiretas.
E se o desejo a afeta
(Mesmo sem querer ser pura,)
Não sai buscando aventuras
Piscando farois e seta.
Adoro mulher assim.
Meio moleca e menina.
E quando é seria no fim
O faz sem ter gestos rudes,
Pois tudo quanto ensina
São por suas atitudes.
Jenario de Fátima.
Adoro mulher discreta,
Que se impõe pela cultura.
Que não rebola a cintura
Ou vive dando indiretas.
E se o desejo a afeta
(Mesmo sem querer ser pura,)
Não sai buscando aventuras
Piscando farois e seta.
Adoro mulher assim.
Meio moleca e menina.
E quando é seria no fim
O faz sem ter gestos rudes,
Pois tudo quanto ensina
São por suas atitudes.
Silêncio
Eu quero alguém, mas é pra vida inteira.
Não uma hora, semana, ou coisa assim.
Porque o tesão é coisa passageira
Somente amor é inicio, meio e fim .
.
E que este alguém não se imponha nem queira
Pelos meus medos se apossar de mim.
que me ensine que a vida verdadeira
espinha igual as rosas de um jardim.
.
Eu quero alguém que quando estiver triste
Me mostre a fórmula (se é que ela existe)
Pra que a tristeza não me prenda em travas.
.
E se eu errar não grite nada alem
porque quem ama sabe muito bem
quando o silêncio vale mil palavras.
.
Jenario de Fátima
Eu quero alguém, mas é pra vida inteira.
Não uma hora, semana, ou coisa assim.
Porque o tesão é coisa passageira
Somente amor é inicio, meio e fim .
.
E que este alguém não se imponha nem queira
Pelos meus medos se apossar de mim.
que me ensine que a vida verdadeira
espinha igual as rosas de um jardim.
.
Eu quero alguém que quando estiver triste
Me mostre a fórmula (se é que ela existe)
Pra que a tristeza não me prenda em travas.
.
E se eu errar não grite nada alem
porque quem ama sabe muito bem
quando o silêncio vale mil palavras.
.
Jenario de Fátima
Maldade
Se despertar o interesse de alguém
Apenas só pra engrandecer um ego,
Pra depois ver o olhar tornar-se cego
A quem decerto só vai querer bem.
Se disser um “Eu te amo” tão porem,
Pra das palavras se fazer emprego
De um falso gostar, de um falso apego
Causando ilusões e mais nada alem.
É que no agir-se assim desta maneira
(E somente estupidez que isso chama)
Esconde-se entremeio a brincadeira,
Algo bem pior do que se pensa;
Tem gente que por não ter a quem se ama,
Na dor que vem dos outros se compensa!
Jenario de Fatima
Se despertar o interesse de alguém
Apenas só pra engrandecer um ego,
Pra depois ver o olhar tornar-se cego
A quem decerto só vai querer bem.
Se disser um “Eu te amo” tão porem,
Pra das palavras se fazer emprego
De um falso gostar, de um falso apego
Causando ilusões e mais nada alem.
É que no agir-se assim desta maneira
(E somente estupidez que isso chama)
Esconde-se entremeio a brincadeira,
Algo bem pior do que se pensa;
Tem gente que por não ter a quem se ama,
Na dor que vem dos outros se compensa!
Jenario de Fatima
Lembranças
Quantas ...Quantas noites mal dormidas,
Vendo o deslizar das horas mortas,
Vagamos por imagens absortas
No silêncio da casa adormecida.
Quantas as lembranças produzidas,
Que tomam de assalto o vão das portas
E erguem um retrato em linhas tortas
Daquilo o que foram nossas vidas.
E neste emaranhado sempre tem
A dor d'uma lágrima sentida
Que recorda-nos a face de alguém.
Alguém, por quem a alma chora e sonha
E o abraço ao travesseiro é a saída...
Mesmo que as vezes lhe encharque a fronha!
Jenário de Fátima
Quantas ...Quantas noites mal dormidas,
Vendo o deslizar das horas mortas,
Vagamos por imagens absortas
No silêncio da casa adormecida.
Quantas as lembranças produzidas,
Que tomam de assalto o vão das portas
E erguem um retrato em linhas tortas
Daquilo o que foram nossas vidas.
E neste emaranhado sempre tem
A dor d'uma lágrima sentida
Que recorda-nos a face de alguém.
Alguém, por quem a alma chora e sonha
E o abraço ao travesseiro é a saída...
Mesmo que as vezes lhe encharque a fronha!
Jenário de Fátima
Filhos
Jenario de Fatima
Dos planos... Dos projetos... Dos esboços...
Dos sonhos que um dia nós fizemos.
De tudo que a nós mesmos prometemos,
As vezes com enormes alvoroços...
Ficaram os filhos... os filhos nossos
A única coisa boa que tivemos
Porque o resto tudo já perdemos
Nesse nosso mundinho em mil destroços.
Por isso sempre a cada nova briga
Algo bem mais se firma e se arraiga
E dela se escapar jamais podemos.
Se nossos destemperos vão e vem,
Eles merecem mais que os pais que tem
... E nós é que jamais os merecemos...
Jenario de Fatima
Dos planos... Dos projetos... Dos esboços...
Dos sonhos que um dia nós fizemos.
De tudo que a nós mesmos prometemos,
As vezes com enormes alvoroços...
Ficaram os filhos... os filhos nossos
A única coisa boa que tivemos
Porque o resto tudo já perdemos
Nesse nosso mundinho em mil destroços.
Por isso sempre a cada nova briga
Algo bem mais se firma e se arraiga
E dela se escapar jamais podemos.
Se nossos destemperos vão e vem,
Eles merecem mais que os pais que tem
... E nós é que jamais os merecemos...
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