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domingo, 25 de março de 2012

Bendita Seja
















Bendita Seja.
J. Norinaldo.

A chuva desmanchou teu penteado,
A maquiagem escorreu como a borrar uma tela,
O teu vestido ficou ao lindo corpo colado,
Mostrando a tua tez cor de canela,
Como se do céu fosse enviado um recado,
Não necessitas de adorno para te tornar mais bela.

Nem imaginas a tela ao te ver assim molhada,
Como uma deusa talhada pelo mais nobre cinzel,
Que este louco menestrel tenta descrever em verso,
Como a estrela do universo que mais brilha lá no céu;
Como a Valquíria mais bela a esquipar nos meus sonhos,
A consentir em meus delírios ver o teu corpo sem véu.

Bendita chuva que cai desvendando a silhueta,
Deslumbrando a esse planeta em que Deus me fez viver,
Cabelos colados ao corpo que tanto sonho em tocar,
O mais doce dos néctares desses teus lábios sorver;
Benditos pingos que escorrem pelos vales do ciúme,
Em riachos de perfume formando um mar de prazer.

Bendita seja essa chuva e a carícia que te faz,
Bendita seja essa brisa que teus cabelos afaga,
Bendito seja o amor que mantém acesa a chama;
Maldito seja o ciúme que o amor na vida estraga,
Bendito para sempre seja o teu lugar em minha cama,
Bendito a minha mente, que sem poder ter-te divaga.

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