Saudades
Saudades
Quando era pequenino
Chorava pelos cantos
não entendia o destino
minha mãe em tantos prantos...
Via a terra argilosa
rachada pelo calor do sol
e minha mãe, tão cautelosa
cuidava de cada lençol...
Era um barraco pequeno
fazíamos fogueira no frio
no centro da casa, calor açoitava
e triste, minha mãe orava...
Via a noite estrelada
chamando-me feito poesia
e meu pai, vem na madrugada
de terno branco, quase não sorria...
Veio o dia da mudança
à cidade, a família iria
deixei a argila na lembrança
meu urso, enterrei enquanto partia.
Na cidade é diferente, mãe,
tem muita gente!
vejo menos estrelas, mãe...
e não vejo mais você!
Hoje, uma estrela que brilhava
como quem sorri para mim
molhou-me a face assim,
feito saudade que minh'alma minava...
Lembrança de seu amor sem fim!
Mando Mago Poeta
Marcadores: MartaPeres
1 Comentários:
é emocionante ver essa poesia aqui, amiga!
Senti que nunca iam acabar os versos, de tantas lembranças de infância! A Vida que Deus nos presenteou com experiências inesquecíveis de amor, fé e esperança... A saudade de uma dor que engrandece a alma!
Fica meu carinho a ti, que não tem medidas nem palavras que definem.
Mando Mago Poeta (Armando S. Araujo)
Por Armando da Silva Araújo, às 27 de junho de 2011 às 18:15
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