.

sábado, 27 de novembro de 2010

Poesia é Para Sonhar!


PAZ PARA O RIO

P az para o Rio, agoniado com tudo isso... e pensando em você estou, minha cidade maravilhosa!
A h, meu Rio! triste me sinto, com tanta violência, com a falta de paz em teu ser!
Z elando a distância estou, pensando em minha linda e maravilhosa cidade natal.

P orque meu Rio, de onde se gerou tanta violência, tanto seres do mal!?
A h, Deus Pai! Tantas crianças sendo ninadas pelo terror do caveirão, uma voz metálica e medonha a assombra- las.
R eal é isso, pequenos seres ouvindo, um refrão que insiste em afirmar que vai roubar sua alma?
A h, que lógica é essa que nos reprime de tentar compreender o que acontece com todos de nossa sociedade?

O h, meu Rio! Ninguém fala para quem realmente servem os direitos humanos.

R eal, e as crianças que morrem por descaso da sociedade nos morros, favelas, na cidade do Rio de Janeiro?
I sso, vamos nos perguntar, Quem se revolta com isso? Quem fala sobre essa violência e absurdo...
O lhem para seus corações e perguntem- se, não será um grito de alerta para mais amor e atenção, para com esses anjos!?

Washington Ramos




PERCEPÇÃO

Li o livro de sua vida particular,
decorei seu signo zodíacal,
decifrei seus sonhos esporádicos,
naveguei, a deriva, por seu mar,
traduzi, literalmente, seu sinal,
seus pensamentos sádicos,
os conflitos interiores,
percorri todo seu quintal,
conheci os moradores
de seu diário e história;
sua insensatez atemporal,
momentos de dor e glória,
os monstros do seu sótão,
as serpentes em transição,
sei a previsão de seu futuro,
seu gênio, instável, imaturo,
seus amores e aromas,
a raiz de seus vexames,
todas as doses que toma,
o mel , abelha, o enxame,
as lágrimas que derrama,
solitária, na fria cama.

[gustavo drummond]





POEMA LIGHIT


É no silêncio em movimento,
que a inspiração do poeta acorda,
boceja, espreguiça, mergulha
nas profundezas da alma,
e busca,
e procura,
e resgata,
palavras, saudades, lembranças,
são tantas, que entrelaçam
na esquina das rimas,
na academia do ritmo,
na dança das notas,
na ginástica dos sons,
até surgir um poema light.

Luz Miranda




CRISTINA LOUCA



Por a esteira da vida arrastada

Vai a pobre louca pela estrada

Se lhe falam alto se acautela

Humildemente lá seque ela



Usa uma velha cruz pendente

Amuleto desta pobre indigente

Aparece e de repente some

Acobardada pelo frio e a fome



Vive a vida de sofredores

Nunca dela se ouviu clamores

Um desses seres de luz

Que no maximo diz,ai Jesus



Junta plásticos para se sustentar

Jamais beber ou fumar

As pessoas tentam ajudar

Mais não para, quer andar



La vai a Cristina louca a falar

Ela não tem que se justificar

Mesmo com o dedo no nariz

Diz que é bonita e muito feliz



(Orides Siqueira)





Amor...

Uma palavra que vale

por muitas sentenças...

"amor"
letras que geram inúmeras

equivalências ou equívocos
fonema pequeno que abre portas

na carne e na mente atingida
e transporta ao mundo encantado

de sonho, paixão e loucura

seja responsável no seu uso!



será o amor um conceito

bonito invento de capricho?

de um tonto que quer virar o mundo
ou uma vibrante fonte de energia

de vida divina dentro de cada um
onde tudo resplandece em alegria

e não existe a palavra turva da dor...

Edgar Alejandro




A INVEJA


A inveja é um sentimento
que denota doença da alma
e deformidade do eu:
É lesivo excremento.
Vigie para que o admirar
não extrapole suas raias
e culmine no invejar.
Os estúpidos invejosos
são logo identificados,
evitados e aviltados,
pois usam da hipocrisia
e da infâmia intriga,
a fim de se manterem
em exterior socializados,
contudo, suas máscaras
não resistem por muito
e logo são excretados.
São loucos andarilhos,
amantes da marcha à ré,
são bitolados insensíveis,
servidores do mal e sem fé.
Lutam por ser estorvo
ao avanço de outrem.
São amebas farsantes
que vegetam em cizânia,
são coisas vazias, frias,
fúteis e vitimadas
pela menos valia,
e que se ajuízam
sábias pensantes.
As pessoas invejosas
são utópicas, bucólicas,
e evolutivamente são
lerdas... São merdas!


Antônio Poeta



" Às vezes,
Me pego pensando em ti.
Como o frescor da manhã
No meu rosto ...
Que eterno,
Nunca me chegou "


Bruno de Paula



Teu olhar, clara luz...


Chove o dia...
Noite fria
de primavera;
Madrugada calada,
Grita a insônia,
Cama vazia,
Teu
cheiro em mim;
Impaciência, vira-me de
Um lado para o outro;
Não sei se
te acho,ou
Se me encontro;
Em cada canto, o
Encanto da
procura,
Desenvoltura dos toques,
Nos mínimos detalhes;
Teu olhar,
clara luz do luar;
Me afaga, acalenta,
Sem utopia, a
Calmaria me
acorda,
Te abraço inteiro,
Verdadeiro e suave,
Brisa permeia entre nós
e
Brilha novamente o amor.


Marisa de Medeiros




" Atrás do horizonte
Um pôr-do-sol abraça minh'alma.
A brisa chega com o luar
Ocupando o seu lugar.

As cigarras cantam
Quebrando meus silêncios
Que em silêncio,
Se aninhavam em meu peito.

Chegam nuvens brancas
Borboletas azuis
Paisagens adormecidas
Abraçando-me neste meu sentir.

Uma saudade tímida
Me conduz ...
O tempo pára
Minhas mãos se calam.

Neste rio de águas calmas
Sou canoa
Deslizando sobre sentimentos
Que desaguam em mim "

Bruno de Paula


“Amor transgenicamente modificado”

Rasguei o meu peito
Para arrancar a raiz que você plantou,
Tudo era um sentimento transgênico
Não tinha a força do amor.

É triste você amar
E sofrer por quem nunca te amou,
Você só descobre a farsa
Quando cai a máscara de quem te abandonou.

Quando o coração já está envolvido na dor
Sentimos-nos um réu inocente sendo condenado,
Das juras falsas de amor que me fizeste
Vou fazer uma reflexão e um grande aprendizado.

Vou garimpar as lagrimas derramada
E encontrar a saída com a luz de um lampião,
Dos estilhaços dos meus sentimentos
Vou cicatrizar a solidão e dá vida ao meu coração.

(amaropereira)




" Como poderei ser um Poeta
Se não tenho em meus versos
As palavras que definam
A cor-de-um-olhar.

Não falo do olhar do dia a dia,
Que nasce em cada esquina.
Esse tem cor desbotada.
São de palavras gastas e desusadas.

Falo do olhar-antes-de-uma-lágrima
E do olhar-depois-de-um-adeus.
Aquele que faz um sentimento curvar-se
Uma alma calar-se.

Desses ...
Não tenho as palavras "

Bruno de Paula

Marcadores:

1 Comentários:

  • Graça e paz!

    Ah, como é salutar visitar Jornal "O Rebate", onde poetas da mais alta estirpe, de uma forma magistral, engrandecem a cultura brasileira.

    Bravo! Bravíssimo!

    José Bonifácio

    Por Blogger josebonifacio, às 10 de dezembro de 2010 às 04:25  

Postar um comentário

<< Home