Poeminha de Natal do Peta Nathan de Castro!
Poeminha de Natal
© Nathan de Castro
Quisera um poema feliz para o meu natal,
mas não existe neve nas ruas dos meus poemas.
Trenó?...
Quando criança eu conheci o carro-de-boi.
Cantava bonito, o tal carro, e não precisava do
acompanhamento de orquestras sinfônicas,
no horário nobre da televisão...
Cantava lá nos trilhos da serra, mesmo.
Quisera um poema feliz para o meu natal,
mas a cerveja acabou e o governa-dor- ainda
acaba por vencer a corrida da fórmula suja da
corrupção.
A enchente já chegou à periferia dos meus poemas.
Bueiros entupidos!... Muito lixo nos caminhos
dos versos natalinos.
Cenas repetidas...
Serão verdadeiras ou estou a viajar pelo tempo?
Barulhos da primavera chamando pelos badalos
do verão.
Feliz ano novo, velha estação!
Quisera um poema feliz para o meu natal.
Nem vejo passar.
Amanhã é dia de sol ou de muita chuva; e janeiro
é logo ali, depois do próximo verso.
Marcadores: MartaPeres
1 Comentários:
Puxa! esse poema é definitivamente o estilo que gosto.
Um efeito espetacular das palavras.
Aceite até uma boa pitada de inveja. rsrs
Beijos.
Por Unknown, às 27 de dezembro de 2009 às 04:46
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