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domingo, 22 de março de 2009

Poesias Para Ler e Sonhar!



SONHO CIGANO

Quem me dera os pés dos ciganos,
e as asas dos pássaros, para ir em busca
da vida que eu quisera viver um dia.
Ouviria as lendas e valsas eternas
ao som de violinos, enquanto na fogueira
a brasa arderia, entre estrelas brilhando
e um lindo luar nos encantando, eu veria
o meu reflexo no brilho de teu olhar.

Queria tocar valsas eternas ao piano,
adormecer ao cair da tarde nas areias da praia
enquanto o sol desmaiasse no horizonte.
Queria ver as palmeiras dos jardins,
os botões de rosa entreabrindo-se
na bela manhã orvalhada, entre
cravos, lírios, açucenas e jasmins.

Queria com alegria viver lendo poesia
e escrever versos de amor que rimassem
apenas com cor e flor, enquanto a chuva
molhasse as ruas e na calçada a enxurrada
levasse para bem longe os meus barcos de papel.
Queria... ah! como eu queria!

©Verluci Almeida
24-03-2005

Flor da Escuridão


O punhal do desprezo
derramou sobre mim
a força de traição.
E me afundou
na morbidez
de um pântano
de desamor.

Conheci a escuridão.

O mal hibernado
atravessou um tempo
em solidão curativa
e me fez flor.

No lago verdejante e noturno
à superfície retorno
__ Vitória-Régia __


OUTONO

uma velha árvore
chove folhas
vermelho e ouro
quando o vento
abraça seus galhos
enquanto desenho
nuvens azuis
ouvindo o triste
lamento da cigarra.


Verluci Almeida
22/11/2006

Nostalgia...
(Valquíria Cordeiro)

Silenciosa te procuro,
no escuro do meu ser,
vagando pelas vielas,
perdidas do meu viver...

E nas ruas vazias e frias,
do meu sofrido coração,
só encontro as fantasias,
que envolvem a nossa canção.

Então percebo...
Que o amor que um dia
achei que não teria fim,
deixou apenas nostalgia,
aqui dentro de mim...

Antes a louca vontade,
de um só beijo teu...
Hoje apenas por vaidade,
eu diria um adeus.



Desfolhar...

Hoje, eu permito!...
Deixo a saudade que sinto
se desfolhar...

Minhas lágrimas
caírem, de meus olhos
sutis, silenciosas...

Feito folhas de outono
sendo levadas pelo vento
esmaecidas, tristes...

Densas, embargando
minha voz...
Afogando meu desejo
de ter você, aqui comigo!...
(Van Albuquerque)


LETRA E MÚSICA

No exato instante em que meus dedos percorrem os meus sonhos,
No momento seguinte em que traduzo a minha alma,
E a torno tua alma também...
E diante da fragilidade da confissão...
A paz...
A paz imerecida,
Mas alcançada,
Atrevida...
Mas muito esperada...
E a angústia de ontem à noite...
Que se reduz ao medo de amanhã de manhã...
Quanto teus olhos se estenderão sobre o meu presente,
E tua alma visitará os meus pesadelos,
Ofegante como o moribundo,
E redentora como a morfina...
Que dentro de minhas veias transforma a tormenta em mel...
E o tão conhecido inferno,
No mais distante dos céus...
E toda a paz,
Toda a serena magia do hoje,
Em uma serenata da madrugada...
Aonde os meus versos dedilhados ao sabor de tua música,
Tomam forma de vida...
E vida...
É o maior dos prazeres...
E o mais barato dos sonhos.
Sérgio Ildefonso
Copyright by Sérgio Ildefonso 2009



MENTIRA DE AMOR


Juras de amor
palavras de efeitos
promessas com ardor
esperânça no amanhã.

Um beijo verdadeiro
um abraço apertado
um ramalhete de flores
um sonho encantado.

Amor...doce amor
embeleza a vida
desperta emoções
desenfreadas paixões.

Quisera eu poder
crer neste amor
energia sem frescor
não invade o meu corpo, em clamor.

E como folhas sêcas
que o vento carrega
levam a esperança
com gosto de vingança.

Autoria : Amarilis Pazini Aires


Utopia

No caminho da vida inteira, colhi flores...
No caminho do amor, feri-me no espinho
Do mais cerne coração que era meu ninho
E que a mim prometia... todos os amores.

Que era um amor, uma paixão sem dores
Que era uma vida, entre rosas e vinho...
Mas a minh’alma deixou, triste e sozinho
No preto e no branco – quase sem cores...

Momentos d’alma que fiquei na solidão
Por um ser ambíguo que dizia me amar...
Mas tudo era engano, tudo era ilusão!

Como após o inverno a rosa volta a brilhar...
Nova, linda e celeste, saindo da escuridão...
Sangüíneo, vivo e ardente, voltarei a sonhar!

(Dolandmay)

“Sinfonia inacabada do amor”
@
Esse nosso amor eterno
que já ultrapassou todas as barreiras
deslizou por tantos poemas
inspiração de lindas musicas e letras.
@
Uma sinfonia inacabada
em forma cristalina de sonata
são as emoções ...os efeitos em cascatas
a mais bela canção de um serenata.
@
Prelúdio dos amantes eternos
verdadeira sinfonia inacabada
não se completa numa só encarnação
vida que a outra se une para ser eternizada
@
Não foi composta por Mozart ou Beethoven,
mas é de uma grande beleza e pureza
são vidas apaixonadas ...uma trilha musical
Sinfonia inacabada de amor...talento e nobreza.
@
(amaropereira)
22/03/09


MIGALHAS DE AMOR

Um dia afaga
outro rejeita
ficando perdida
assim desfeita

Um pano jogado
num canto qualquer
apenas lembrado
quando se quer

Uma alma ferida
deixada pra trás
vida em desperdício
nem se querem mais

Um amor sofrido
dificil de aguentar
razão implora o fim
emoção diz pra ficar

Um espírito agoniza
pede reza pra acabar
coração pede um tempo
difícil se renovar

SoninhaBB



O Amor Me Espera

um sonho
um encanto
nas ondas da vida
vôo silenciosamente

no teu coração
- que me tem -
infinitas horas
esperarei

e na calma do luar
sem te tocar
caminharei

sei que a chama
que consome
- o desejo insone -
vive um no outro

o amor
tem vários rostos
mesmo quando
não está
exposto.


Kênia Bastos

TARDE DE DOMINGO

Essa tarde de domingo
e essa chuvinha caindo
e esse triste bem-te-vi...

Essa memória de rosas
nas goteiras lacrimosas
das horas que já perdi...

Essa tristeza insistente
gotejando para sempre
minhas saudades de ti...

Afonso Estebanez
(Dedicado com carinho à fiel amiga
Kátia Luzia de Figueiredo Fernandes
“Doce Romântica”)


OS GIRASSÓIS
Guida Linhares

Glosa para o ultimo mote do poema
"Venho de longe e trago no perfil"
do grande poeta Fernando Pessoa

E nesta estrada para Desigual
Florem em esguia glória marginal
Os girassóis do império que morri...

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E nesta estrada para Desigual
seguiremos os dois bem juntinhos
e nada no mundo será mais real
do que percorrermos estes caminhos

Nossos sonhares agora unificados
Florem em esguia glória marginal
Assim um tanto quanto encantados
sonhando com um carinho divinal

Desde o momento em que te conheci
recolhi os florais antes tão tristonhos.
Os girassóis do império que morri...
agora ressurgem como Fênix dos sonhos.



NOVA ESTAÇÃO

Outra estação que vem
Outono ...tempo de bem
De acalmar o coração
De escrever poesia
Relaxar de dia
Contemplar o céu à noite

Noite fresca...brisa leve
Me torne pluma...
Me faça leve
Leve na emoção
Me leve o coração
Até as alturas
Pra buscar inspiração
Na ternura dos anjos
Na lira de Eros
No Olimpo dos Deuses

Brisa outonal
Folha que cai anuncia
Nova emoção se fará
Na sensibilidade das folhas
Que ao menor toque do vento
Caem e se espalham

Outono...nova estação
Tempo de renovação
Folhas velhas caindo
Folhas novas que vem
Movimento da vida
Vai e vem do vento

Vera Helena
Vitória/ES - Em 22/03/09

Alvo Coração

Creia que um dia tu cantarás o refrão da tua vida,
pois cantamos só coisas repetidas durante nossa vida!

Se tu reparares nos pássaros, não é sempre que eles
cantam seus refrões, porque não é sempre que o reto
horizonte brilha pra eles!

Se o reto horizonte que tu pensavas brilhar pra ti,
não passa de um reto todo torto visto por teus
olhos retos e certos, como um infinito todo teu,
pare é pense, uma vida que tem outra vida,
nunca será vivida da forma a três!

Tu bem sabes que a mira só acerta um alvo,
dois alvos nunca são acertados por uma única
flecha, um destes alvos tem que ficar de fora,
sendo assim, pule fora...

Mas pule fora do alvo que tu mesma entraste,
não pule fora do mundo que te ama cantando em refrão!


Pergentino Júnior



082 DIGLADIANDO

Mostrando sua arte,
A síncope com talento,
Eliminou, em parte,
O triste comportamento!

Ao ver celeremente
Acontecerem fatos.
Travos lutas na mente,
Para entender certos tratos.

Não faço por merecer
O péssimo tratamento.
Assim, procuro esquecer
O triste comportamento!

Com quem vou digladiar?
Com o oculto coração!
Isso faz enfastiar,
Provocando emoção!

Assecla não posso ser
De tamanha inépcia.
Prefiro morrer a viver
A imagem da inércia!

A minha pequena tenção
Não visa à sinecura.
Mas, avivar o coração,
Vencendo a amargura!

Forte adrenalina
Refletida na ação,
Para o que se destina
Nas nesgas da sensação!

Muito tenho a mourejar
A fatuidade do amor.
Vencendo sem machucar,
Conclamando paz e dulçor!

José Bonifácio – 29 Jan 2005


Chuva



Chuva fina me faz menina querendo colo,
Olho no espelho, no desespero me molho,
Água salgada, mar de lágrimas.Cresce a
Chuva, eu junto, soluço.Águas do mundo.


Marisa de Medeiros


078 A MARÉ DE SIZÍGIA

Ao notar a maré alta,
Ficou bem cauteloso,
Sentindo grande falta
De algo tão ditoso!

Tal a maré de sizígia
Está o seu bom coração!
A amplitude de magia
Do sol e lua em ação!

À sorrelfa convivendo,
Procura esconder a dor,
Ainda que morrendo,
No valhacouto... O amor!

Como posso ajudar,
No póstero pensando!
E não se pode postergar
O que se está amando!

Para se curar esta
Dolorosa ferida.
A saída não é a festa,
Mas pelo amor: a vida!

O amigo bem sofrido
Pude, então, detectar.
É um homem destemido.
Somente visa amar.

As virtudes e emoções,
Da bondade e ternura,
Belas e fortes direções
Moldam sua postura!

Que tremenda firmeza!
Por ser simples e formoso,
A todos leva a certeza,
Mesmo sendo custoso!

José Bonifácio – 26 Jan 2005


Águas da vida...



Ainda na barriga,
Vivemos na água,
Que guarda e acalma,
Essência de vida,
Nascimento e lágrimas,
De choro e alegria,
Encanto e magia,
No banho, que prazer irradia,
Águas de todo dia,
Água, natureza chovia,
Encontro do rio com o mar,
Águas de amar,
Na fonte nascente,
Vida crescente,
Como a vida da gente,
É preciso cuidar,
Cachoeira, como
é lindo te olhar,
Águas da vida, vamos
Preservar... pra nunca faltar.



Marisa de Medeiros

079 REMINISCÊNCIAS

As belas recordações
Indeléveis ficaram,
Como fortes emoções,
Mais uma vez ecoaram!

Senhor, que lamento!
Que fato intrigante!
Livra-me deste tormento,
Preciso ser possante!

Seu corpo frágil e belo:
Um dom maravilhoso.
Faz brilhar seu cabelo,
Tornando-o formoso!

Com estilo bem loquaz
E a panela-mor ao lume.
Mostrando que é capaz,
Cozinhava o legume!

Suas mãos delicadas
Procuravam escoimar,
Das janelas e sacadas,
Mostrando saber amar!

Com passos firmes e silentes
Ficava a me esgueirar.
Com seus olhos cadentes
Tudo queria reiterar!

Do mais alto encômio,
As qualidades marcantes
Viraram um nosocômio.
Não são mais como dantes!

Que potente candura
As saudades dos olhares,
De profunda ternura,
Tal a beleza dos mares!

José Bonifácio – 26 Jan 2005




Belo Rio

Tempos antigos
Tudo era limpo
Na areia fininha
Eu fazia garimpo
Procurava pedrinhas
As mais brilhantes
Amarrava em cordinhas
Como diamantes
Fim de semana
Tudo era festa
Em plena floresta
Na beira do rio
Não tinha calor
Não tinha frio
Pulava e cantava
O tempo esquentava
Belas lembranças
Tempos de sonhos,
Fase de criança...
Oh! Belo Rio
Não perco a esperança
No coração
Tenho a confiança
Que os peixes em ti
Voltarão a nadar
Nas suas margens
Voltarão a pescar
E tu correrás
Pleno e saudoso
Em direção ao mar.

(Dolandmay)




Procura pelo amor

Como sino a tocar nas vastas folhagens,
procuro o cantor de forma cuidadosa;
De longe se houve uma voz melodiosa
Uma cantiga de amor, uma linda viagem;

Cantando um breve amor, uma passagem
viveu, aconteceu, e se foi de forma dolorosa;
Deixando uma lembrança de forma saudosa,
Onde se guarda no peito toda a imagem;

ninguém que canta por entre as flores,
Merece essa dor de amor e desejo,
Ei-lo por entre as folhagens, amor em cores;

Desejando encontrar o amor e seu beijo;
Agradecendo aos céus com seus louvores;
Quando ele a vê, assim como eu o vejo.

Betânia Uchôa


FOGARÉU

Fogaréu vem se alastrando
Abrasar um amor
Adormecido e brando.

Faísca de emoção
Aquecem um coração
Que pensava não aquecer mais.

Fogaréu queima
Sem machucar
Incendeia a alma
Que despertou para amar.

Tarde demais
Essa tocha apagar
Os deuses do olimpo
Estão a festejar.

Fogaréu de amor
Só se extingue
Com outro amor...

(Alice Costa)

4 Comentários:

  • Marta, querida!
    Você fazendo esse carinho na gente!
    Sempre valorizando nossos sonhos, nossas emoções! Obrigada por tamanha amizade demonstrada em cada página deste jornal! Beijos

    Por Blogger SONINHABB, às 22 de março de 2009 às 16:22  

  • Marta, pequena e meiga princesa!

    Como meus escritos estão valorizados! O que me impulsiona a prosseguir na caminhada. Enfim, o estímulo tem sido imenso. Não sei como agradecer por tão importante e insofismável privilégio.

    Obrigado, sim! Deus seja louvado!

    José Bonifácio

    Por Blogger josebonifacio, às 22 de março de 2009 às 20:01  

  • O jornal está lindo Marta.

    Obrigada pelo carinho e pelo
    incentivo a todos os poetas.

    Bjo...

    Por Anonymous Anônimo, às 23 de março de 2009 às 17:02  

  • Marta...
    Meu Narciso está feliz e sorrindo!

    Adorei ver duas poesias minhas aqui hoje! Muito Obrigada!

    Deus que te proteja sempre!

    Um beijo em teu lindo coração poético!

    Por Blogger Verluci Almeida, às 25 de março de 2009 às 22:04  

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