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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Alforria


Alforria

Desejo o vento açoitando meu rosto cansado...
Quero tudo de muito bom e esquecer do passado
feito de mágoas.

Quero refazer caminhos marcados, reparar danos
de uma vida maculada por mentiras e dissabores.

Quero as chaves da senzala do meu peito, que escraviza
meu anseio, limita minha liberdade.
Quero o cheiro do mato entranhando por minhas narinas
e feito pássaro altaneiro, sibilar entre flores, lindas flores...

Quero o meu Eu forte, vigorando sobre meu marasmo, sobre
minha fraqueza mórbida que sucumbe... Que derrota.

Quero sons alegres, um novo amor...
Quero minha essência de mulher aflorada
amante absoluta e cristalina... Preparada e madura!

Quero Eu... Plena, livre...

Alforriada!

(Cida Luz)

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