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sábado, 2 de agosto de 2008

Viver na Solidão



Viver na Solidão

De loge vejo Mondego
refletindo as águas, lágrimas
caem dos meus olhos, embarcação
se distancia deixando meu cantinho!

Barcos ancorados em suas águas
brilham na tarde em que o sol se põe,
já é noitinha, minha cabeça sente dor
da saudade, soluço na despedida!

Minha solidão cresce, barco se afasta,
Minh’alma tece cordão de lágrimas,
sofro pela dor do desterro, minha boca
seca, engasgada pela tristeza não permite

a voz, me sinto só, admiro belezada cidade,
Ah, Mondego dos meus encantos, maravilha
de tempos infantes, meus olhos encharcam
de nuvens, vou indo viver na solidão!

Marta Peres

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