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sábado, 1 de março de 2008

Homenagem ao Poeta Nathan de Castro!



Estou homenageando o poeta Nathan de Castro por ser ele um lírico de grande inspiração, que se irradia nos belos poemas e sonetos.
Nathan, é orgulho de nossa querida Patrocínio, cidade criada para ser um patrocínio aos bandeirantes e a todos que iriam se embrenhar no sertão de Goiás, ou então se dirigirem para Paracatú.
Ler os textos de Nathan é um deleite. Muito nos comprazem ao espírito e ao coração as belas composições poéticas. Ele nos fala do belo em síntese de perfeita harmonia, equilíbrio e perfeição. Um apaixonado pela poesia, pensa que a poesia é necessária na vida do homem, para sua perfeita integração.
Postaremos aqui alguns poemas deste poeta ímpar.

Um pouco sobre Nathan de Castro!

Nathan de Castro
Nathan de Castro Ferreira Júnior nasceu em 23 de janeiro de 1954, em Olhos d'Água, município de João Pinheiro-MG. Passou a infância e a adolescência na bela cidade mineira de Patrocínio. Foi para a capital paulista em 1969 e depois de três anos em São Paulo, regressou a Patrocínio e ingressou na carreira bancária em 1975, especializando-se em cursos de relações humanas, finanças e áreas bancárias, o que o levou a trabalhar em diversas cidades de Minas Gerais e Goiás. Atualmente, tem residência em Uberlândia/MG.

Trabalhos Publicados:
Painel Brasileiro de Novos Talentos nº 9 – Câmara Brasileira de Jovens Escritores
1ª Antologia Cantinho do Poeta – Câmara Brasileira de Jovens Escritores
diVersos – Antologia do Grupo Pax Poesis Encantada – Scortecci Editora
Seleção de Poetas Notívagos 2001 – Scortecci Editora.
Antologia II Prêmio Literário Livraria Asabeça – Scortecci Editora.
Antologia Poética @teneu.poesi@ - Scortecci Editora.
Sentença de Um Poeta – Livro individual – Blocos Editora, 2003.
1001 Noites de Sonetos & Rabiscos - Livro individual - Scortecci Editora, 2005.


Apenas uma pessoa simples e mineiro metido a poeta. Apaixonado pela poesia, literatura, cinema, música e teatro.

Os amigos já podem adquirir o meu novo livro, 1001 Noites de Sonetos & Rabiscos na Livraria Virtual Asabeça:
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Poeta Argonauta

© Nathan de Castro

Poeta e argonauta, viajei
por entre nebulosas gigantescas.
Nadei em mar sereno de águas frescas
e em Êta de Carina me encontrei.

Marujo velho e amigo das estrelas,
ao brilho de Canópus me entreguei
para beber da luz e absorvê-la,
mas nada... Meu poema não achei.

E náufrago dos sonhos e dos versos,
hoje procuro em terra a embarcação
para voar meus dias no Universo

com rimas simples, paz no coração...
E resgatar minh’Argus submersa.
De dia, sol. De noite, outra canção.

Soneto Criança
© Nathan de Castro

Eu sou criança, sei contar estrelas
e elas me contam versos de voar...
As noites de quintais são sempre belas
quando as nuvens retornam para o mar.

Preciso apenas de umas passarelas
de cores vivas para desfilar
o amor, a paz, a vida e as aquarelas
que a lua me ensinou a desenhar.

Não quero a fome, a sede, as tristes bombas
e nem os nevoeiros, feitos sombras,
nos olhos dos meus pais... Felicidade

é um passarinho livre no arvoredo,
é caminhar ao sol sem sentir medo
e adormecer no chão da liberdade.



Luzes
© Nathan de Castro

Eu sei a lua, o sol e a cor dos teus cabelos,
quando na noite a estrela vem me brilhar versos.
E a cada linha e a cada ponto, em teus reflexos,
transcendo a dor e acendo as letras de escrevê-los.

Misteriosa brisa acalenta as imagens
e nas manhãs despertam rimas no teu corpo.
No cais, um barco atraca sonhos no meu porto,
o mesmo sol, a mesma lua... E essas miragens.

Eu sei o veio e o rio da paixão que emboca
águas de cachoeiras, lua, sol e os medos.
Eles espelham luzes de um beijo na boca.

Sei um poeta e, agora, as penas destes dedos
voam nas folhas brancas de estrelas — gaivotas —,
para que à noite eu durma em paz, com meus segredos.

Senhora Solidão
© Nathan de Castro

Senhora Solidão, aceite o abraço
deste poeta amigo e de um só tema.
Venha dançar comigo no compasso
descompassado e aflito do poema.

Valsando a madrugada, a vida passa
no ritmo envolvente das serestas.
Senhora Solidão, permita a graça
deste velho bolero sem orquestras.

Dona de mim, eu quero esse perfume
e o ombro nu com cheiro de pecado.
Dois pra lá, dois pra cá, corpos em lume

incendiando a noite da cidade.
Senhora Solidão, não me acostume
na dança atrapalhada da saudade.


A Sustentável Leveza de Ser
© Nathan de Castro

Se a rocha me oferece um novo verso,
o caminho que sigo leva ao chão
das palavras perdidas no universo
dos amores que o tempo disse: não!

O destino, traçado desde o berço,
não aceita o acaso, e o coração,
quando pedra, só serve de adereço...
Bate o passo e o compasso da razão.

Na calada da letra, o pensamento
segue a rota das rimas de algodão:
branco, leve, perdido e solto ao vento,

sem um ponto final para a canção...
Nos acordes da música, o elemento
tem o peso e a massa da paixão.


Soneto ao Coração
© Nathan de Castro


Antes que o nada em nada se transforme,
deixo um soneto tolo ao coração,
que tanto amou sem reclamar da enorme
parede que escrevi sobre a paixão.


E antes que o corpo em vida se deforme,
agradeço a fiel dedicação,
mas por favor te peço, agora, dorme.
Permita-me uns minutos de razão!
Preciso caminhar em liberdade,
sinto-me prisioneiro das saudades
e as minhas asas pesam como luas...


Ah! Velho coração, a nossa estrada
precisa de uns instantes de alvoradas,
para acalmar o tempo e as suas gruas.



Psicanálise
© Nathan de Castro

Desculpe-me, doutor, mas os sonetos
carrego há muito tempo e, de reboque,
levo a paixão por Ela e um velho Rock,
que canto pelas ruas dos meus guetos.

Meu tratamento exige o eletrochoque
e a camisa-de-força dos quartetos.
Não volto para a terra dos insetos,
lá não tem nada e aqui me sobra estoque.

Eu não sou louco, apenas sou poeta.
Alado, eu sei, mas lúcido e moderno:
preste atenção no vinco do meu terno!

Deitar-me no sofá não me completa,
— ah! Esqueci a gravata borboleta —
que mais dizer, doutor, se sou eterno?


Salamandra
© Nathan de Castro

Tem uma salamandra atrapalhando o verso,
e a rima do soneto chama a cantoria,
para brindar à noite e lapidar o dia
com as cores da tarde e frutos do universo.

Os passarinhos buscam as canções do berço,
as árvores se encolhem, trêmulas de frio,
e o meu poeta louco aceita o desafio...
Ele não sabe a letra sem rezar o terço.

A mariposa, o sal, o encontro, a água e o fogo
carecem de poesia e luz para que o jogo
de palavras não falte nas canções de amor.

Se há tempo de esperança, então que seja logo!
A música do vento exige nova flor,
e o relógio não sabe o verso e o seu sabor.



Ave, Poesia!
© Nathan de Castro

Se o verso bate à porta da emoção,
abro o poema e chamo a ventania.
As penas das tristezas, na canção,
parecem-me mais leves co’a sangria.

Os pássaros, nos passos da estação,
soltam os seus trinados e a harmonia
da nuvem, com a tarde de verão,
deságua um temporal... Ave, Poesia!

Silêncio na palavra!... O sol descreve
o romance do encontro co’as estrelas,
e o Verso abraça a noite do planeta...

O instante é primoroso, o olhar tão breve,
que o lusco-fusco, a brisa e as aquarelas
não cabem nas palavras de um poeta.


À meia-taça
© Nathan de Castro

A lua à meia-taça me incendeia,
clareia a noite, a dor do pensamento,
e um verso de saudade agita a veia
poeta, que acompanha o movimento.

Estrelas piscam lágrimas de areia
distantes do teu colo, e o firmamento
celebra a madrugada e trapaceia
com as cartas marcadas pelo vento.

É preciso bailar!... A lua exala
o teu doce perfume ao som do tempo,
eternizando os sonhos de poesia.

Bolero, nossas noites são de gala!
Contigo a dança é mais que passatempo,
é um verso de acender a luz do dia.


Soneto em Branco Preto
Nathan de Castro

No espaço do passado, este quarteto
caminha pelos palcos de um enredo
que encena o teu sorriso e este meu medo:
morrer de amor. Dispenso o cianureto,

prefiro a morte lenta — em branco preto —
para aprender as galhas do arvoredo
e um dia reencontrá-la ao sol, bem cedo,
nas nuvens que circundam o meu soneto.

E quando a luz soar os meus badalos,
para que eu viva a paz da eternidade,
permita-me, oh! Senhor, esta saudade.

Deixa que eu leve os sonhos, a poesia
e as emoções que o verso propicia
ao me lembrar dos lábios tão amados.



!!!Sábado!!!
“Porque hoje é sábado”
uma borboleta amarela
pousou no meu quintal.
“Porque hoje é sábado”
tem muito colorido lá fora,
muita luz, muito verde
e muito sol...
Não gosto desses dias de sedução.
O meu poeta sempre aparece
com a mania de cantar
esperanças, e sabe perfeitamente
que aprecio as combinações.
O cinza no peito não combina
com o amarelo e muito menos
com todo esse colorido
da estação.

Nathan d Castro


Soneto para dizer nada
© Nathan de Castro

Somente o verso acalma o meu poeta
e acende a passarada das manhãs.
Voar fica mais leve se a caneta
sabe a saudade e o gosto das maçãs.

O amor foi um presente e me completa,
mesmo perdido e longe das canções...
A vida sem paixão é paz deserta,
sem lágrimas, perfumes e emoções.

Feliz, busco a palavra que não disse,
e digo nada... E nada é muito mais
do que todas as letras que cumprisse,

para enfeitar meus cantos madrigais.
Tenho a emoção do verso e essa doidice
de ver uns colibris nos meus umbrais.


Sol /// Canção da Flor
Não sei das doces cores da paixão.
Ensina-me o sorriso dessa urgência,
que bate no meu peito e sem clemência
toca uma flauta, um surdo e um violão.

Ensina-me o caminho dessa ausência,
que, há tantos anos luz, me estende a mão,
por não saber do azul, tanta querência...
Por não saber dos frutos da estação.

Dá-me a florada, e o pólen da loucura
que enfeita o teu sorriso e o teu olhar...
Por tanta areia, enfrento essa aventura,

por tanto sol, me entrego ao navegar
e para que a canção cumpra a ventura,
em versos - beija-flor - vou te buscar.

Nathan de Castro


Devaneios
Não rabisquei poemas no teu colo,
mas deixei nele as marcas dos meus dentes,
e foram tantas marcas que o consolo
dos beijos se fazia sempre urgentes.

Não naveguei canções no teu pescoço,
mas afoguei a língua nas enchentes
dos veios transbordados no alvoroço
das chuvas de cristais incandescentes.

Hoje o silêncio é amigo dos sonetos,
que se vestem de estrelas, sem poesia,
— Poesia é o sumo doce dos teus seios —,

mas neles guardo os sonhos incompletos
e cumpro a sina e solto a cantoria,
tingindo de saudade os devaneios.

Nathan de Castro

Parabéns Poeta Nathan


© Nathan de Castro

Se o destino é um caminho obrigatório,
sigo em frente na dor da arribação,
mas nos versos rejeito os repertórios
que não sabem a flor de uma paixão.

Mesmo quando a emoção veste o cenário
com as cores escuras da estação,
corro atrás dos meus sonhos, - sou de aquário -
e ao acaso inda beijo a tua mão.

Ao meu louco ofereço um sanatório
de sonetos, com rimas de algodão,
insistindo em dizer que é temporário

este mar de agonia... A escuridão
não me impede de gritar: - Sou o otário
mais feliz quando o assunto é o coração.


Saudade
© Nathan de Castro

A saudade não mata!... Apenas faz estragos
nas ramas da poesia que se faz presente
e, a cada primavera, inventa novos lagos
para abrigar as lágrimas do tempo ausente.

A saudade é a esperança de beijos e afagos,
a língua do silêncio no olhar de um repente.
Carícia da paixão que sorvemos aos tragos,
para dizer que o amor é doce, tinto e urgente.

Quão rico é o paladar de vinte e tantos anos,
a rosa, a serenata, o vinho das adegas
e o brilho do poema em versos soberanos.

Saudade é qual as notas tristes de um piano,
um dedo de palavra ao tempo das entregas...
O vento que balança as águas do oceano.



Luzes

© Nathan de Castro

Eu sei a lua, o sol e a cor dos teus cabelos,
quando na noite a estrela vem me brilhar versos.
E a cada linha e a cada ponto, em teus reflexos,
transcendo a dor e acendo as letras de escrevê-los.

Misteriosa brisa acalenta as imagens
e nas manhãs despertam rimas no teu corpo.
No cais, um barco atraca sonhos no meu porto,
o mesmo sol, a mesma lua... E essas miragens.

Eu sei o veio e o rio da paixão que emboca
águas de cachoeiras, lua, sol e os medos.
Eles espelham luzes de um beijo na boca.

Sei um poeta e, agora, as penas destes dedos
voam nas folhas brancas de estrelas — gaivotas —,
para que à noite eu durma em paz, com meus segredos.


Não Aprendi a Voar

No silêncio das pedras de um riacho,
rabisco estes sonetos sem sentido,
e as letras nas encostas do penhasco
são lascas dos meus versos distraídos.

Cascalhos que colhi nas águas rasas
do leito assoreado de um cometa:
não aprendi a voar, não me dei asas,
voar, voei!... Loucuras de poeta.

Voei de braços dados com estrelas,
ao som do mar e ao sol de sal e areia,
num vai e vem de luas e aquarelas.

Hoje descanso os passos na palavra,
à sombra da poesia e, volta e meia,
acordo olhando a terra pendurada.

Nathan de Castro

Soneto para Flauta e Caneta

© Nathan de Castro

O som da flauta doce baila na colina,
e ao pé do jatobá copado de saudades,
preparo a solidão da noite de ravina,
relembrando enxurradas e antigas paisagens.

Como era belo o verde nos pés da campina!
E os canários do reino de felicidades
soltando os seus trinados na tarde menina,
sem saber o apetite do mar das voragens!

O canto dos riachos nos trilhos das matas
embalava os sonhos de fogo e queimadas,
à margem dos canteiros de belas serenatas.

Silêncio e imensidão no mirante poeta
e o sopro do passado contando as passadas.
Na mágica da música, os sons da caneta.



Soneto Breve
© Nathan de Castro

É breve o tempo e a música que toca
na brisa das manhãs de passarinhos,
soprando esta vontade dos caminhos
do corpo, e o beijo doce em tua boca.

É breve este soneto em desalinhos
que a mão do acaso afaga e não retoca
e o verso aceita o risco que provoca
delírios nas canções dos nossos linhos.

Silêncio nos lençóis. Ficaram marcas,
a frase, o porto e a aurora apaixonada
brincando nas paixões da madrugada.

Não sei quando partiram nossas barcas,
só sei da eternidade da alvorada
que acende esta saudade e a passarada.


Galope
© Nathan de Castro

Pra galopar no azul do meu cavalo alado,
encilho o verbo, busco as trilhas dos sonetos
e troco as ferraduras do tempo passado,
pois do passado eu quero apenas esqueletos.

Arreio a sela, aperto a cilha nos quartetos,
confiro a tralha, monto o baio nas esporas
e solto o tempo e as rédeas dos meus desafetos,
pois desafeto ao vento eu corto em poucas horas.

Cavalgo a liberdade e estradas sem porteiras,
levando no embornal os versos de outras beiras
e uma cabaça co’água fresca da nascente.

Descanso os pés no estribo e vôo nas palavras
e, quando o som da rima espanta a passarada,
tiro o cabresto e o verso alegre segue em frente.

Soneto da Madrugada
© Nathan de Castro

A noite maga conta a sua história
com nuvens carregadas de mensagens,
e a terra agradecida bebe a chuva
em copos de cristais e poças d’água.

O vento agita as folhas da memória,
reescrevendo as telas das paisagens,
e a mão da madrugada veste a luva
dos sonhos da poesia que deságua.

Silêncio! A chuva passa e a paz alcança
o ritmo das luas do planeta,
e um grilo a cricrilar com voz poeta...

O verso entende... É hora de criança
dormir, pois amanhã tem nova dança
com sóis de primaveras na ampulheta.



Bailado do Amor Maior
© Nathan de Castro

... E, grávida, de amor, se fez paixão
e ao seu silêncio ousou toda a beleza
das luas, tantas, quantas... Da certeza
do véu que envolve a mágica canção.

Barriga... Seios... Ah! Doce estação
que encanta-se em poesia; a Natureza
faz festa e exibe os polens da indefesa
Flor que sussurra um verso de algodão.

Como explicar o gozo do momento
de luz no seu olhar, se o encantamento
é bem maior que as rimas do Universo?

Se em sonhos eu lhe vejo solta ao vento,
num bailado de Lua... A vida, o berço...
Nós, astros refletidos num só verso!?



Devaneios
© Nathan de Castro

Não rabisquei poemas no teu colo,
mas deixei nele as marcas dos meus dentes,
e foram tantas marcas que o consolo
dos beijos se fazia sempre urgentes.

Não naveguei canções no teu pescoço,
mas afoguei a língua nas enchentes
dos veios transbordados no alvoroço
das chuvas de cristais incandescentes.

Hoje o silêncio é amigo dos sonetos,
que se vestem de estrelas, sem poesia,
— Poesia é o sumo doce dos teus seios —,

mas neles guardo os sonhos incompletos
e cumpro a sina e solto a cantoria,
tingindo de saudade os devaneios.


Chorinho
© Nathan de Castro

Eu choro porque a Natureza chora
e a Natureza é amiga dos poetas...
Chorar num ombro amigo me apavora,
mas sei que ainda existem borboletas!

Eu choro porque vejo o aqui e agora,
e choro pelos filhos das sarjetas...
Se não chorar, meu sonho se evapora
e o meu poeta quebra as clarinetas!

Portanto, choro lágrimas de estrelas
e enfeito as minhas páginas e telas
com flautas, violoncelos e pianos...

E choro, porque todas as janelas
abertas eu fechei sem escrevê-las
a tempo de estancar meus oceanos.



Soneto ao Coração
© Nathan de Castro

Antes que o nada em nada se transforme,
deixo um soneto tolo ao coração,
que tanto amou sem reclamar da enorme
parede que escrevi sobre a paixão.

E antes que o corpo em vida se deforme,
agradeço a fiel dedicação,
mas por favor te peço, agora, dorme.
Permita-me uns minutos de razão!
Preciso caminhar em liberdade,
sinto-me prisioneiro das saudades
e as minhas asas pesam como luas...

Ah! Velho coração, a nossa estrada
precisa de uns instantes de alvoradas,
para acalmar o tempo e as suas gruas

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