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terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

CULPA

CULPA


expio

carências impróprias

o outro é senhor soberano

caminhando nos cacos

de espelho

nas sombras da solitude

segue vida nos trilhos

linha sem retorno

o mar acolhe, renova

devolve oferendas perdidas;

mar, fonte de vida

lavando pecados inatos

poderosa companheira,

solidão

veste o manto e abriga.


Ana Wagner

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