Cântico da Lua
Cântico da Lua
Noite quente,
lua clara espiando o quarto,
olhos esbugalhados querendo
tudo ver. Invejosa pingava estrelas!
No leito, o impudor estirado sem defesa...
nua se mostrava para a lua que tinha
água na boca, vigilante a tudo olhava,
a tudo admirava, sorrindo pela timidez!
Sonho irreal na realidade do amor, veias
dilatam dentro do pensamento, lágrimas
descem pela face, caem no peito da inerte
estátua, gélida pelo tempo que passou!
E a lua sorria gargalhando, vendo descansar
as coxas abertas, espera em vão! Na noite,
longa vigília, ele chega cansado, não olha,
deita apagando a luz, fecha os olhos, dorme!
Marta Peres
1 Comentários:
E a lua sorria gargalhando, vendo descansar
as coxas abertas, espera em vão! Na noite,
longa vigília, ele chega cansado, não olha,
deita apagando a luz, fecha os olhos, dorme!
Linda amiga!
Que delícia estes versos!
...Mas me digas a fase desta lua malvada que gargalha vendo-a nua!
Um beijo terno neste teu coração poeta!
da fã,
Marisa Rosa
Por *andorinharos@, às 27 de fevereiro de 2009 às 13:47
Postar um comentário
<< Home