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quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Ruas


Ruas

As ruas de minha cidade estão molhadas,
Águas caem desde a noite de sexta-feira,
Lavam as ruas, lavam a alma.

As águas saem das minhas entranhas,
Percorrem meus olhos se instalando nas
Nuvens, molham as ruas que participam
Dos meus sentimentos.

Não me importa lá fora a turba de agitação
Que passa por elas, sei que há e são invisíveis
Aos meus olhos e ouvidos.

Só ouço o barulho dos pingos grossos caindo,
Existe penumbra em meus olhos pelo pensamento
Longínquo, penso naquela árvore florida onde
Deixei quem amo, numa rua estreita e sem beleza.

O céu está branco sobre a rua solitária por onde ando,
Sei que há promessas feitas pelos humildes corações
Que povoam casas, há sonhos, ilusões, amor...

Marta Peres

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