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quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Cruz dos Meus Pesares


Cruz dos Meus Pesares

Naquela rua estreita por onde entrei
Carreguei comigo a minha dor,
Entrou calada, sentida, emocionada
Com o rosto banhado de suor.

Vi na ponta da rua negro bloco de mármore,
Ali, novamente as portas da residência se abriram
Para que a nova moradora pudesse entrar.
Dos meus olhos lágrimas amarguradas...

Sobre o bloco, uma cruz solitária,
Parecia querer falar com meu coração dorido
Amenizar a angústia alevantada.

Chorei dentro de mim, gritei em meu
Pensamento olhando a cruz dos meus pesares
Que com braços abertos recebia nova moradora.

Marta Peres

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