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segunda-feira, 7 de abril de 2008

Homenagem à Poetisa Jane Rossi




Dedicado à Poetisa Jane Rossi

“Amiga”

Gosto de você!
Gosto das coisas simples,
do seu sorriso doce, gosto
pois é delicada e meiga,
bondosa e amiga.
Você é como águas claras,
flores do campo e rosas em
botão, você é amável e sincera!
Vive na simplicidade e seu coração
é manso.
Faz poesia amando as rimas,
tecendo letra por letra, entrelaçando
sonhos, quimeras, ilusões...
Seus olhos mostam a esperança,
fulguram como luz escondendo a dor
que carrega no coração, dor que é só sua
e não divide, guarda com emoção.
Ama incondiscionalmente! Vive para o lar!
Suas mãos abençoadas têm sempre um gesto
de carinho, sua alma arde na mais pura poesia!

Marta Peres





Poetisa Jane Rossi!
O verso escorre de sua alma, assim como águas correm na cachoeira, seu coração pulsa e ela vive a poesia.
Poeta ímpar que nos transmite a beleza dos versos dentro de sua simplicidade e amor.
Fácil vibrar as cordas do coração lendo Jane Rossi, ela respira a poesia.
A literatura brasileira só tem a ganhar com esta poeta!
Parabéns amiga e poeta!












Oleiro

Tu és oleiro, Meu Senhor!
Cuida de mim, me restaura
Do coração, cura esta dor
Me faz sentir a brisa, a aura
De minha alma tira o pavor
Eu quero ter visões, bem calma
Então escuta este meu clamor!
Me fortalece, refaz minh’alma
Me mostra um mundo de outra cor
Me mostra amigos, que sejam flores
Quero compor um lindo ramalhete
Só de alegrias, sem dissabores
Restaura agora, tu és oleiro!
Transforma a vida, tráz paz e amor
E o coração que está em desespero
Troca por outro, sem angústia e sem dor!

Jane Rossi

















TROVAS
Nordeste/ São Paulo
I
De pau de arara cheguei
No São Paulo da garoa
A viagem eu reneguei
Mas hoje to numa boa

II
Quando a poeira levantava
O sol esquentava os miolos
Com barro na boca gritava
Vou cuspir alguns tijolos


III
O caminhão encrencado
Apertado, parecia um nó
Melhor pagar os pecados
Comendo farinha e jiló

IV
O frio cortando a pele
Fumaça saindo da boca
Frio queima, o lábio fere
Um minuto, fiquei rouca


V
A roupa era fresquinha
Eu não conhecia o frio
Eu fui ficando roxinha
Foi me dando calafrio

VI
O gelo entrava pelo pé
Subia no corpo inteiro
E eu fui virando picolé
Tremia igual pandeiro

VII
Mas isto foi no começo
Esta foi minha chegada
Hoje não tem tropeço
È minha terra amada

VIII
No frio eu me agasalho
Tomo chocolate quente
Na academia eu malho
Faço um verão aparente

IX
E a cidade que era cinza
Pintou-se com outra cor
A vida que era ranzinza
Mudou de tom e sabor

X
Ela tem Coração quente
E amanhece trabalhando
Acolhe todos os carentes
São Paulo, vive integrando


Jane Rossi





O sol chegou!

Amanheceu e o sol brilhou
Raios dourados, me iluminou
Me aqueceu, me abrigou
E minha vida, revigorou

Amigo sol, não vá embora
Tu és bem vindo a toda hora
Leva alegria, pela vida a fora
Seu colorido enobrece a flora

Vou te esperar, toda manhã
Ver o seu brilho, em minha vida
Eu serei sempre a sua anfitriã
Ficarei triste com sua partida

Mas deixará o seu calor
A sua luz e seu colorido
O dia passa, cheio de amor
E amanhã, sei que estarás comigo.

Jane Rossi






“PONTE”

Caminho na imensidão
Na ponte estreita estou
Sofrendo tribulação
O medo me acompanhou
A corda bamba balança
Tenho que me segurar
Ter muita fé, confiança
Para a ponte atravessar
Dois mundos separados
Passagem do céu e da terra
Nunca estamos preparados
Vivemos sempre na guerra
Do outro lado tem vida
Eterna purificação
Sem sofrimento, sem dor
Sem choro, sem solidão

Jane Rossi




“Pedindo as estrelas”

Com olhos lacrimejantes
Levantei o rosto pro céu
Vi um pontinho brilhante
Minha estrela era fiel

Estava me olhando agora
Lendo meus pensamentos
Não consigo ir embora
Está vendo meu lamento

Lágrimas rolam no rosto
Coração em disparada
Vida plena em desgosto
Sinto em mim, alfinetadas

Minha estrelinha amada
Ampara-me neste momento
Vida assim amargurada
Merece um acalento

Jane Rossi



Menino passarinho!

Queria estar com as estrelas
E Junto com meu amorzinho
Pois a dor que sinto agora
Foi vendaval, no meu ninho

Nosso pássaro preferido
Bateu asas e voou
Nosso coração sofrido
Hoje se estilhaçou

Nosso bebê passarinho
Que vivíamos a adorar
Cansou do nosso colinho
Bateu asas, foi voar!

Nem com gaiola de ouro
Cravejada de brilhante
Ele não quis nosso abrigo
Vimos, seu vôo rasante!

Jane Rossi



Tempo

O tempo escoa-se gota a gota
E um silêncio, emudece o ar
No chão, apenas folhas soltas
E o céu, sem estrelas a brilhar

No peito, uma dor sofrida
Na alma, um frio congelado
No corpo, o desgaste da vida
Na pele, arrepio indesejado

E o tempo, está passando
De malas prontas na mão
A vida clama, chorando
Pedindo uma concessão

O tempo escuta e para
Por um minuto ele espera
E a vida ficou mais clara
Trouxe nova atmosfera

Jane Rossi




“Trem azul”

Cada vagão de uma cor
Cada cor um sentimento
Emoções, sem desamor
Beleza, encantamento

Nas plataformas eu via
Diversas flores no chão
A grama verde cobria
Aquela linda Estação

Foi a estação do amor
Que marcou a minha vida
Devaneio, esplendor
Era o ponto de partida

Partimos pra nossa viagem
Voamos em todo o céu
Andamos em carruagem
Sonho, sol, lua de mel

Jane Rossi



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