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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

O Corno




O Corno



- Volta mais não! Enquanto tu estava no trabalho tua mulher fugiu com outro, foi-se embora e pelo jeito sem intenção de voltar.



Aquela frase derretia os miolos do Zé Anselmo, corroía queimando-lhe o peito. Não sabia se chorava, se surpreendia ainda mais. O ar parecia lhe faltar e ele não sabia o que falar. Como poderia ele lidar com aquela situação? Corno? Zé Anselmo pasmo se fazia essa pergunta seguidamente, olhar estarrecido, coração palpitando. Sentia-se aborrecido pelo ocorrido, passeava com a mão na testa sem poder entender. Fora pego numa saia justa que abriu ferida no coração. E que ferida!



O jeito era entrar em casa, tomar um banho, comer alguma coisa e chorar pitangas. A ferida estava aberta, coração machucado com a notícia dada pelo vizinho no momento de sua chegada. O pobre estava atônito olhando de um lado para o outro sem saber se ia ou ficava.



Logo ao chegar em casa aquela notícia!



Melhor seria não ter encontrado o vizinho. Era dor demais para uma tarde cansativa, depois de um dia exaustivo de trabalho. Zé Anselmo sentia-se cansado pelos aborrecimentos ocorridos e mais aquele problemão em sua casa! Putz! Não seria muito para um homem só?



Zé Anselmo entrou em casa, andou pelos cômodos um a um, casa vazias, silêncio total, nada se ouvia e não se ouvia nada a não ser as batidas do próprio coração e aquela palavra que lhe teimava queimar os miolos: “ Corno”! Tomou banho, desalentado comeu alguma coisa sentado na mesa da cozinha, afinal, era filho de Deus e saco vazio não para em pé. Ele pensava melhor de estômago cheio.



Comia pão dormido e chorava, chorava e comia. Zé Anselmo deu vazão a sua dor, chorou feito bezerro desmamado. Pensava ele que o jeito seria deixar o tempo sarar aquela dor, estancar o sangue da ferida aberta com a notícia do vizinho. Era muita dor para sarar!



Zé Anselmo, sujeito simples, exímio trabalhador, não tinha conseguido se enricar como prometera a mulher Juliana. E ele sabia que ela era cheia das coisas, das vontades, queria casar-se com marido possuidor de bens, cheio das riquezas. Ele prometera a ela que iria enricar! Foi isto que a levou embora de casa, a falta de grana fez Juliana alçar vôo feito pássaro no céu. Ele tinha que ter trabalhado mais para segurar a mulher – o pobre cobrava-se pensando em sua amada enquanto passava a mão pela testa. Mas ele se esforçara tanto! Disto tinha certeza.



Tanto esforço, tanta luta, para nada.



A Juliana não poderia ter feito aquilo. Deveria ter me esperado pensava revoltado o Zé Anselmo. Amava aquela danada de mulher, um amor tão puro, tão bonito! Perdeu por conta do dinheiro, disto tinha certeza.



Mas ele tinha sido um herói. Casou-se com uma mão na frente e a outra atrás, comprou a casa, os móveis e utensílios, deu a ela uma vida de rainha mesmo sendo vida simples - não, ele nunca deixou faltar o pão na mesa e o amor na cama. Afinal, a vida financeira não era tão precária assim, nunca viveram em penúria. O que deu na cabeça da Juliana?



Ele era um homem pacato, temente a Deus, apaixonado pela mulher – só queria mesmo ser feliz. O pobre, lambuzado em lágrimas chorava choro sentido e amargurado passando a mão pela testa. Teria ganhado muitos galhos? Aquela frase ele não esquecia: - Volta mais não, ela foi-se embora com outro.



Na cabeça de Zé Anselmo sempre a mesma dúvida dançando ante seus olhos. Esse foi o primeiro ou a galhada já está caindo de madura?



Marta Peres

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A Poesia de Miriam Lorente Rodrigues

A Poesia de Miriam Lorente Rodrigues






Fragrância Noturna

Quando a tarde deitar morna e sonolenta
E meu corpo já estiver embriagado de amor,
Saberás que todo mal da triste tormenta
Findou para ressurgir um novo esplendor.

Mas não se queixe para a noite soturna
Onde o vento sorri com todo seu frescor,
Pois serei apenas a fragrância noturna
Ondulando teu ser em poemas de ardor.

E tu meu doce amado enfim entenderá...
O significado de quem ama com fervor,
Sentindo na úmida e fresca brisa que surgirá
Minh’alma banhando-te com louvor!

-Mi-®





Melodia do Beija-Flor

Se a graça e a sagacidade encontrar
Toda delicadeza de um lindo Beija-Flor
Nos ramos floridos das encostas do mar,
Trarás para mim todo teu imenso amor.

E o tempo passará como brisa a cantar
Soprando em teus ouvidos meu clamor
Envolvendo-te no manto deste versar,
O Colibri voltará para ti com meu ardor.

Oh chama ardente que invade meu ser
Desabrochando na escuridão da fantasia
Que pelo destino fez-me tanto te querer...

Por entre os jardins sagrados que um dia
Foste só teu...e em súplicas pôde ver
Que eras eu a delicadeza desta doce melodia!

-Mi-®
Miriam Lorente Rodrigues





Despertar

Tudo o que posso construir
Nas paredes dos meus desejos,
São meras ilusões do meu existir
Vindo na memória como lampejos.

Não saberias como tudo usufruir
Se viessem a mim como cortejos,
São pensamentos a despir...
Minh’alma nua em almejos.

Então me leve longe a desmaiar
Na areia branca da minha ilusão
E de iludida posso então acreditar,

Que o amor vivo em meu coração
É mais que um breve despertar,
Fagulha viva da minha emoção!

-Mi-®
  Miriam Lorente Rodrigues




Havia um Bosque...

Havia um bosque...
Dentro de mim
Onde tudo existia,
No escuro da noite
Teu olhar eu via.

E a lua de prata
Tudo assistia,
O amor alucinado...
Almas enamoradas
Que em nós ardia.

Havia um bosque...
Onde a minha paixão
Transformou-se
Em poesia...
Versando sentimentos
Que só eu sentia!

-Mi-®
Miriam Lorente Rodrigues

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O escritor que sabia remendar sapato...




O escritor que sabia remendar sapato...



Um bailarino nascido no Brasil está nas redes sociais porque acham que ele manteve o gingado nato ao seu país, mesmo tendo sido adotado ainda bebê na Rússia. Conheci em São Paulo um jornalista gaúcho que ama a Rússia, lá esteve e para lá quer voltar sempre porque considera o povo um tanto quanto antiquado, porém solidário.

Eu abraço os nevoeiros e nunca estive em Moscou ou Leningrado. Não na situação que exige desembarque, passaporte, táxi para o hotel, estranhamento e esforço para sobreviver longe da língua-mãe. Mas a mente passeou muito por aqueles bosques e ruas, os campos e mosteiros, o ambiente duro e paradoxalmente dócil do país da cidade de Tula, em cuja província Iásnaia aPoliana nasceu Liev Nikoláievitch Tolstói, em 1828. Eis o escritor.

Agora, como na verdade sempre foi, estamos todos clamando por educação, o precioso bem que esclareceria os black blocs do real sentido da manifestação por um mundo melhor, mostraria a todos que os Tingas estão dentro de nós, dividindo o mesmo sistema coronariano e a lógica das temperaturas corpóreas, e que enquanto não vencermos a morte que reside em nossos preconceitos, não seremos limpos o bastante. Ele, o escritor, abriu uma escola para os filhos dos camponeses em 1859 na sua cidade natal, consciente de que a instrução os tornaria maiores e mais felizes. Só em 1863 começaria a escrever “Guerra e Paz”, sua obra-prima.

Talvez a espiritualidade desse escritor russo tenha sido o fator primordial para que ele esteja na cabeceira da minha vida. Talvez eu goste muito de viajar e por Tolstói estar onde a neve tem a mesma dimensão que aqui tem o sol, eu o tenha escolhido.

Às vezes desejamos o vinho mais caro da adega, o pássaro mais distante da paisagem por achar que, esticando bem os braços, acabaremos mais compridos. Seus contos são belos, alguns talvez sejam considerados simplórios, talvez cheguem a ser piegas para muitos leitores. Não há complexidade aparente em Tolstói como há em Dostoievski, preferido dos filósofos e psicanalistas.

Escreveu “O Reino de Deus Está em Nós”.

Ao final da vida, renunciou a seus direitos autorais e transferiu as propriedades para a esposa e os filhos. Abandonou álcool e fumo, tornando-se vegetariano e ciclista.

A biografia do escritor russo tem 639 páginas e a capa em preto e branco com o nome Tolstói em vermelho exibe um rosto intrigante. Ele parece querer dizer mais do que nos deixou nos escritos. Cabelos, bigode, barbas, sobrancelhas, todos brancos, revelam uma velhice que não se aceita. Porque ele está onde esteve.

Estará ainda, embora arrependido do suicídio de Anna Karenina. Hoje ele sabe que vale a pena viver e que o escritor tem imensa responsabilidade sobre os exemplos que deixa nos livros. Possivelmente, estaria satisfeito com o papa Francisco e experimentaria escrever no computador. Afinal, leu Confúcio e Lao-Tsé e sabia remendar sapatos.



Leida Reis




 
Leida Reis é patrocinense,
editora-executiva do Hoje em Dia, onde também escreve uma crônica semanal (às segundas-feiras), no Caderno de Cultura. É autora dos romances policiais 'A invenção do crime' e 'Quando os bandidos ouvem Villa-Lobos'.

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O quintal na sala de visitas





O quintal na sala de visitas


Há dois anos dei à minha mãe um presente de Natal que ela não esperava. Posso garantir que ela gostou bastante. Durante o ano, fui tirando fotos de flores e frutos do seu quintal, na rua Cesário Alvim, em Patrocínio.

Eram mangas, uvas, limão, pitanga, acerola, carambola, tomate cereja, rosas, begônias e outras de que não me recordo.

O quintal da minha mãe tem muita história e muita vida. Os netos ou crianças visitantes adoram percorrer os caminhos entre os canteiros, calçados de tijolos antigos que lembram a olaria da fazenda Esmeril. É visitado por pássaros, insetos e até gambás, mas estes não entraram no mosaico de fotos que preparei e emoldurei.

Recentemente, ela inventou de pintar os bancos de madeira e os entregou aos netos que, na base da arte com arte, deixaram suas marquinhas.

Voltando ao presente de Natal, então, este foi um quadro bem colorido e alegre, lúdico e pessoal. Minha mãe olhou com aqueles olhos de quem está feliz, mas prefere que os outros ao redor tenham mais alegria que ela. Gostou. Foi a forma de o quintal ir para a sala de visitas.

Muitas frutas amadureceram e foram colhidas desde então. No ano passado, a falta de chuva prejudicou a qualidade das mangas e no Natal a ceia foi servida sem as uvas costumeiras, que estavam verdes.

Todo mundo, creio, tem um quintal na alma. O de Sebastião Salgado esteve em Aimoré, agora está no mundo. Em breve, ele lança biografia “Da minha terra à Terra”. Não sei se em algum momento usa o termo quintal para lembrar as referências mais pessoais; no entanto, aposto que o seu coração registra esse pedacinho de terra que a gente reserva para se sentar e ser a gente mesmo. Ainda que não tenha terra. Ainda que não esteja fora da casa. Ainda assim, há um quintal. Todo mundo tem o seu quintal.

“Senhor, ajudai-nos a construir a nossa casa com janelas de aurora e árvores no quintal/Árvores que na primavera fiquem cobertas de flores/e ao crepúsculo fiquem cinzentas como a roupa dos pescadores”. Se escrevesse tão bem quanto Manoel Bandeira, não precisaria emendar dia e noite em busca de uma crônica semanal, mas ainda assim teria coletado imagens das plantas, flores e frutos do quintal da minha mãe para a composição de um quadro.

Quando vou a Patrocínio, a cada dois ou três meses, tenho a certeza de que o meu quintal interior estará sempre ligado ao dela. Esteve na infância, na adolescência, na juventude, na maturidade, estará na minha velhice.

Pois, como diz outro Manuel, este com “u”, o Barros, o quintal onde a gente brincou é sempre maior do que a cidade. Mas a gente só descobre isso depois de grande, muito bem atesta o poeta.
 

Leida Reis
  




Leida Reis é patrocinense, jornalista, editora-executiva do Hoje em Dia, onde também escreve uma crônica semanal (às segundas-feiras), no Caderno de Cultura. É autora dos romances policiais 'A invenção do crime' e 'Quando os bandidos ouvem Villa-Lobos'.

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Sonhando a liberdade






Sonhando a liberdade

O que seria a liberdade? Liberdade não seria fruto da própria evolução? Para que a pessoa seja livre ela não deveria adquirir responsabilidade? Na verdade, pessoas divergem no modo de pensar, de entender o assunto. Será que o que se pensa hoje deixa-se de pensar amanhã? O que se escreve hoje, amanhã passa-se uma borracha e tudo bem, tudo certo? A pessoa pode negar o que escreveu em tempos passados?



Na hora de beber todo mundo bebe, na hora de cantar todo mundo enche o peito, solta a voz e canta, quem gosta de falar dispara feito vitrola quebrada, quem se acha com a razão estufa o peito marcando cerrado, aproveita-se bastante em tudo aproveitando-se de todos, bebe, beija, droga-se num descompromisso sem fronteiras. Seria forma de amenizar sua própria solidão? Seria um modo de tapar o sol com a peneira? Talvez, esconder-se de suas dificuldades, dos seus medos ou traumas.



Conquistar a liberdade é sonho de todas as pessoas. Para muitos mais parece ser uma odisseia e as pessoas travam luta diária. Alguns encontram a estrada certa, outros, pegam atalho, já outros, embrenham-se em mares de ondas imensas que os levam naufragar.



Libertar-se das amarras a que nos impomos e voar, voar na imensidão da vida, voar livre como a águia – é viver a liberdade interior, assumir os próprios desejos, ser o leme da alma é o desejo de todas as pessoas.



Viver livre, adquirir a sonhada liberdade – é um desafio e não é fácil conseguir vencer, muitos se deixam surpreender pelas vantagens fáceis e perdem-se no meio do caminho.



Porque envolve a vida da pessoa desde sua infância até a independência afetiva dos amparos familiares. É um longo caminho a percorrer, cheio de espinhos, trevas, solidão, desamparo, depressões, vícios, medos, para então chegar a um ponto onde se possa ver a luz do entendimento, respirando um ar mais maduro e fértil. Se a estrutura foi falha na Educação haverá falha por todo o caminho. Muitos, em busca da liberdade para se sentirem felizes, emaranham-se nas teias das paixões, não se libertam do passado – viverão, mas com vivências mortificantes.



Quantos buscam líderes que os conduzam a um mundo de liberdade! Deixam-se guiar entregando-se às mãos de ladinos que os monopolizam, brincam ao bel prazer como se a pessoa fosse fantoche, se deixando ser joguete apenas.



Pobres destas pessoas, que abrem mão da própria liberdade! Muitas pessoas querem ter sem colocar a mão na brasa, sentem-se felizes, agradecidos e seguros por terem líderes autoritários que os impulsionem à frente. Não querem dar-se ao trabalho de pensar, funcionam como burros de carga acreditando estar ai a felicidade. Vivem servindo e servindo viverão se seus olhos mantiverem-se fechados.



Assim é o ser humano, busca sofrimento com as próprias mãos, sente dor e se martiriza, lastima, queixa, contudo, sente-se amparado – continua preferindo viver na servidão voluntária. Porque é viciado em sentir dor, se medicar tomando remédios por conta e risco, alimentando-se mal, vivendo mal, se drogando com todas as espécies de drogas se deixando estimular por propagandas sedutoras. Ah, o ser humano ainda é muito masoquista, permuta que faz para fugir do vazio e sentir-se livre.



Liberdade é opção.



Quer ser livre? Trabalhe a si próprio. Seja autêntico, mostre a que veio. Seja corajoso, saiba agir no momento certo, seja fino no trato com as pessoas nunca esquecendo que somos iguais perante o Pai - que é Amigo e Ama a todos sem distinção.



Marta Peres




 

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sábado, 8 de fevereiro de 2014

A Poesia de Eloah Borda



A Poesia de  Eloah Borda










Dor de Amor

Quando um grande amor se vai,
magoando, profundamente,
nossa alma e coração,
pior do que a dor recente,
por mais que seja pungente,
é quando, ela já cansada,
de doer dentro da gente,
se torna resignada,
num doer indiferente,
difuso, vago, constante,
sem ferir nem ir embora,
e apenas se faz presente,
não sendo mais contundente,
mas também sem nos deixar
- como a espessa neblina
que nem se transforma em chuva
e nem deixa o sol brilhar...

(Eloah Borda









INTRO-VERSOS

Meu mundo interior exponho nos meus versos
- minha alma decomposta em letras... meu avesso –
mágoas de um coração romântico (e travesso),
momentos, bons ou maus, que em poemas são conversos.

E se há contradições, às vezes, nos meus versos,
é que contraditória eu mesma sou, é o preço
de ter alma de poeta, é o mal de que padeço
- poetas são assim, instáveis, controversos...

E de poema em poema, eu vou me desnudando,
abrindo o coração, em versos transformando
sonhos, desilusões, amores, dores, medos,

saudades, solidão, desesperanças minhas
- e às vezes revelando ainda em entrelinhas,
a alguém em especial, alguns dos meus segredos...

(Eloah Borda










INFÂNCIA

Infância livre
Casa na árvore
Pés no riacho
Correr na grama.
Rodar o arco
Jogar pedrinhas
Gado de osso
Na mangueirinha.

Leite fresquinho
Água de poço
Ouvir o canto
Da passarada
Galo cantando
Na madrugada.

Empoleirar-se
Em pés de lata
Ir catar ovos
Dentro da mata
Oh, não de pássaros,
Mas de galinhas
- Frangas fujonas
Fazendo ninhos
No matagal.

Frutas fresquinhas
- Peras, laranjas,
Uvas e limas
Lá no quintal...

Noite estrelada
Num céu inteiro
Até o horizonte
Para se olhar.

Dormir ouvindo
O cri-cri dos grilos
E o arvoredo
A farfalhar.

Sonhar com duendes
Bruxas malvadas
Varinha mágica,
Bichos falantes,
ogros e fadas
- Mundo encantado
Em que as crianças,
Naquele tempo,
Acreditavam.

Quanta saudade
Mágica infância
Bela e distante
Quase esquecida
Lá no passado!

Que diferente
Da infância de hoje
Numa cidade!...

(Eloah Borda – D.A.Reservados)







Eu ando em um tempo...

Eu ando em um tempo
de recolhimento,
de introspecção;
de mundo cinzento
de tudo sem graça,
(vontade de nada)
de falta de chão...
De olhos molhados,
de saudade (tanta!),
de dor que não passa,
de aperto no peito,
de nó na garganta.

Eu ando em um tempo
de querer partir
pra nenhum lugar
- apenas sumir
de dentro de mim
e talvez assim
me reencontrar
(num tempo de paz
e de esquecimento),
nas asas do vento,
nas ondas do mar,
nos campos floridos.
na chuva que cai,
na nuvem que passa,
na luz do luar
- e crer que ainda valha
a pena sonhar...

(Eloah Borda-D.A.Reservados)







 Monotonia

Os dias passam... lentos... sempre iguais...
nem bons, nem maus. – iguais - monotonia...
a mesma espera, inútil e vazia
- e por que ainda espero, nem sei mais...

Talvez, o rebrotar da poesia,
em meu gretado chão de desencantos,
pra que eu transforme, em versos, meus quebrantos,
podendo, assim, sair desta apatia...

E que, outra vez, a vida me sorria,
me encante a chuva e o sol de cada dia,
e voltem pássaros aos meus beirais;

e que este nada que me dói no peito,
ceda lugar a um coração refeito,
e que a tristeza não me encontre mais...

(Eloah Borda – D.A.Reservados)













BEM VINDO 2014

Bem vindo sejas tu, recém chegado,
que faças jus ao bom acolhimento
que seja a paz, e o bom entendimento,
entre as pessoas, teu maior legado.

Que embora breve, esse teu reinado,
seja o início de um novo momento
- o marco histórico de um movimento
de respeito aos valores do passado

- à vida, à família, à decência,
à boa educação, à não violência,
à justiça, à moral, à probidade -

que o silêncio dos bons seja quebrado,
e, enfim, dos maus, o grito suplantado,
em prol da honradez, da dignidade.

(Eloah Borda)







Historinha de Réveillon

O sol se pôs, levando a luz do dia,
e em fase nova a lua se escondeu
chegou a noite, escura como breu,
e lá no céu, nenhuma luz se via...

E começou, no Olimpo, a correria...
todos gritando: - O que aconteceu?!
Por que as estrelas ninguém acendeu?
Um blecaute no céu? Ah, quem diria!

Os anjinhos da luz onde estarão?
Terão sido por Hécate raptados
para deixar o céu na escuridão?!...

Nisso, na terra, esquecidos do ofício,
anjinhos luminosos (encantados!)
brincavam entre fogos de artifício!...

(Eloah Borda-D.A.Reservados)






CAMINHO

De pedras é o meu chão, meu céu, de tempestade
meu tempo é de saudade e triste é o meu andar
nas sendas de um sonhar - que foi pura ilusão –
no qual meu coração, jogou-se sem pensar;

e a luz desse sonhar, que um tempo foi meu sol,
meu guia, meu farol, de súbito apagou
-minha alma naufragou num mar de incompreensão,
silêncio e solidão - meu mundo escureceu.

Já não me sinto eu, já nem sei mais quem sou,
- tão pouco me restou da que já fui um dia!
Somente na poesia encontro o meu abrigo,
o alento que persigo, a paz, a sanidade

- porque, na realidade, eu sigo em meu caminho
meu chão de pedra, espinho, e céu de tempestade...

(Eloah Borda – 10/2013)

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Varal de Poesia



Varal de Poesia





antes do voo

as traves
em minha visão
: a gravidade
como castigo
a cobiça de enganar
a queda

a brisa nos abismos
têm o aroma
e o hálito dos corajosos
há uma necessidade
enorme de vida
e ela invade
sequestra
corrompe
e eu gosto

Luciano Lopes.




serenata

começou por esquecer
a letra da música
mas o encantamento era tanto
que insistira em cantarolar
embaixo daquela janela
para ele
endereço certo
quando a saudade
lhe comprimia o peito
Vivia a esperança de receber
um aceno
um lenço
um vulto
Em seu imaginário ouvira certa feita
um movimento nas venezianas
uns passos
mais nada

com o tempo
deixou de frequentar
aquela janela
Não entendia
como esquecera por completo a música
Pegava atalhos
para não ter que passar à frente
do que imaginava tão desejado
se sentia
desamado
Esqueceu a janela
o constrangimento
o caminho

ouviu-se madrugada dessas
voltando para casa
a música
letra toda
uma janela enfim
lhe correspondeu

- não há sentido em serenatas
para janelas
corações
sorrisos
que não estejam perdidamente receptivos

Luciano Lopes










instantes

um inusitado sorriso
quase um descuido
do semblante
entregues, os olhos
riram
décimos de segundo antes

Luciano Lopes












ZÉ PELINTRA

Ele é malandro
Ele é da linha
Faz tudo e resolve
Não é no adivinha

Ele é malandro
Seu nome é Zé
Queira vir com respeito
Não é nenhum mané

Ele é malandro
Gosta muito da madrugada
Anda por aí com seu gingado
Faz parte das encruzilhadas

Ele é malandro
Zé Pelintra muito prazer
Muitos dão carona pra ele
Também conhece o bem querer

SoninhaBB








És...

És para mim como os primeiros raios de sol,
após uma noite de tempestades
És como uma brisa suave, que surge após um dia quente de verão

És como a lua, que na noite escura
Que me encanta com toda a sua beleza e energia
És como o sorriso de uma criança, que me desperta para
uma vida de alegrias

És como todas as mais lindas flores
Que enfeitam e perfumam a primavera
És como a chuva fina que cai, e que refresca a terra seca

És como uma linda canção
Que com seus harmoniosos acordes
me encantam e me fazem chorar de emoção

És como a imensidão do mar
Que nos leva à uma viagem de paz,
de amor... pelos confins do coração

És como um poema Divino
Onde Deus com sua sublime inspiração
Escreveu em letras da alma, com rimas celestiais

És tudo para mim...
És mais do que minhas palavras
conseguem expressar

És minha própria vida

Lúcia Polonio






Tu me causas

Quando tu te dispões a transbordar-me este teu frescor,
Faz querer-me tornar um paladino do amor,
E te libertar, prendendo-te em minhas mãos...
Quero tanto te sentir... Nem sabes... Em meu coração!

Olhando-te nos olhos, já me vejo com a alma alada,
Roubando-te, de frente desta maquina que te deixa confinada,
Para te levar... Para onde o vento nos levar...
- Abaixo os computadores. Viva a liberdade do amar!

O meu amor verdadeiro me impede da leviandade,
De lhe dizer o que no momento é o trivial e banal do social.
Há de fato confusão dos sentidos... Neste sentido.
O signo e a palavra amor, não se condizem, desdizem!

O inequívoco sentimento: o amor. Escolheu-me a dizer
Que o meu sentimento profundo é o maior do mundo!
- agora sim, enfim, posso até te dizer: Amo-te,
Sem me sentir constrangido, em teu ouvido!...

ZéReys - poeta do profundo.








Fools!
(Ronaldo Rhusso)

Ei! Olha eu aqui na “ponte aérea”!
Não viste meu cachorro, que bonito?
Sou eu aqui comprando esse pastel.
Vê como é bonitinho meu banheiro!

Sou eu do lado desse socialite!
Eu fico bem com meu bom lingerie?
Que fofo esse menino! É meu filhote!
Entrei pra faculdade e ela é paga!

Comi um macarrão, você perdeu!
Quer dar uma lambida no sorvete?
O meu marido é brocha. O seu também?

Se curte essa besteira dá “joinha”!
Eu tenho uma piscina de mil litros.
Tou indo Facebook. Amanhã volto...












 Tempo de vida.
Tempo que tudo ajeita.
Tempo que me levará novamente
Para os braços teus!

Sulamita Ferreira Teixeira






Hoje...

Hoje acordei embevecida... Fada diáfana
Gritos de saudação e saltitante
Escrevi a canção mais comovente
No céu mais azul... Deixei a semente!

Dilacerei a melancolia... Deixei o sol
Entrar em delicados matizes... Ressurgi
Adornando cada cantinho do arrebol
Prelúdios de um sonho... Que nunca esqueci!

Viajo livre pelos vales da felicidade
Nesta vereda vou coberta de véus
Descortino infinitas belezas nos céus!

O manto negro me chama num sussurro
É ela chegando! Misteriosa e bela!
Neste manto deito-me na mais linda estrela!

Regina Kreft

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A Poesia de Adalmir Oliveira Campos




A Poesia de Adalmir Oliveira Campos





O trabalho

Trabalho é assim
dignifica a você e a mim.

Com o salário que recebo trago
sustento pro lar, e a vida com certeza
posso gozar.

Trabalho é assim, não importa
qual seja, tem importância
com certeza.

Seja pedreiro, faxineira.
Seja doutor ou lutador.
Seja dentista ou frentista.
Seja Carreteiro ou seja carteiro.
Seja lixeiro, florista, e outros mais.

Somos todos pedras importantes
no processo da vida, somos mais.
Cada um na função que exerce,
no trabalho que faz.

Trabalho é assim, é adequado pra você
e pra mim, se demasiado sem descanso,
gera polêmica, gera conflito.
Tudo que é demais passa, escravidão
me deixa aflito.

Trabalho existe para nós,
e não o contrário tenho dito.
Cada um ao seu modo, presta
o seu serviço.
É digno e salutar, ganhar cada um
o salário merecido.

O trabalho jamais pode sobrepor
a família, a comunidade e aos amigos.
Para tudo tem seu tempo,
não convém viver aflito.

Trabalho e vida bem repartidos
trás alegria no viver.

Se trabalho não gera vida,
pra que trabalho havemos de ter?
Se a vida virou trabalho,
e trabalho virou viver, o que será
da vida de cada ser?

Onde está o lazer de todos os dias,
que abrandam o nosso viver?
A saúde, segurança, moradia e a educação
que é de lei?

Trabalho é bom sim, para você e para mim.
Mas deve aproximar as famílias em comunidade,
e levá-las a sorrir.

Trabalho é bom sim, para você e para mim,
mais deve garantir a vida plena e feliz.
No mais os direitos básicos e universais
que poucos tem a cada dia mais.

Trabalho é bom sim, para você e para mim,
mais tem que libertar e não o contrário
que seria aprisionar.

Trabalho é bom sim, para você e para mim.
É um mundo de possibilidades que tem por
objetivo nos fazer bem e feliz.

By Adalmir Oliveira Campos









Oposição à infelicidade

Ao sabor da cerveja.
Ao sabor da certeza.
Ao sabor do vento.
Ao sabor do tempo.

Vou correndo contra tudo o que se opõe
à felicidade nesta vida.

Vou correndo e fazendo histórias.
Por onde vou mundos guardo na memória.
Pena nem sempre mundos felizes.
Boas histórias para contar quando velhinho.

Eita mundo às vezes injusto.
Eita mundo às vezes cruel.
Eita mundo às vezes impróprio
para consumo.

Mais ao sabor eu vou.
Seja da cerveja.
Seja da certeza.
Seja do vento.
Seja do tempo.

Seja sabores doces, amargos,
meio amargos, doces, muito doces
feito chocolates.

Vou neste caminho hora embriagado.
Vou neste caminho hora sóbrio.
Vou por este caminho hora anestesiado.
Vou por este caminho hora alienado.
Vou por este caminho...

O importante é que não paro de caminhar.
Seja qual for a situação, não só a de amar.

Embora fosse tão bom se o caminhar
fosse só de amores.

Embora fosse tão bom se o caminhar
fosse somente doces.

Embora fosse tão bom se a caminhada
fosse de fogos de artifícios a colorir
o céu.

Seja como for...
Com cerveja ou licor...
Vou caminhando vou...
Mas sempre buscando viver no amor.

Vou correndo contra tudo o que se opõe
à felicidade nesta vida.

Adalmir Oliveira Campos







Alternâncias

Às vezes fácil.
Às vezes difícil.

É assim que eu penso.
É assim que eu vivo.

Às vezes fácil.
Às vezes difícil.

É assim que muitas vezes eu sinto,
o fardo que vem sobre meus ombros.

São conflitos, problemas os mais diversos,
os mais extensos...
Que os ombros me doem,
e a cabeça fica baixa ao andar.

Às vezes fácil.
Às vezes difícil.

Cada um tem uma cruz,
e carregá-la é assim.

Vai do dia.
Vai da disposição.
Vai da fé.
Vai da razão.
Vai da sanidade, insanidade.
Vai da emoção.

Às vezes fácil.
Às vezes difícil.

Mas a cada passo que damos,
o calvário se torna menor.
Mas a cada passo que damos,
o suor é amenizado.
Mas a cada passo que damos
a cruz se torna mais leve,
e nós nos tornamos mais fortes.

Às vezes fácil.
Às vezes difícil.

Embora as vezes a cruz vire prancha.
Embora às vezes é possível surfar
e ser feliz.

Às vezes é fácil.
Às vezes é difícil.

Mas na soma o total
são de dias mais felizes.

Sofrimento e dor passam,
assim como passam a alegria e felicidade.

Mas o que se conquista com cada
experiência é eterno.

Embora às vezes fácil.
Embora às vezes difícil.

A vida deve ser vivida.
A vida deve ser sentida.
A vida deve ser curtida.
A vida deve ser compartilhada.

Às vezes fácil.
Às vezes difícil.
Mas no amor o que se almeja
se conquista.
O céu vira terra.
A terra vira céu.
E Deus passa a habitar em nós.
e nós passamos a habitar em Deus.

Uma só luz.
Uma só história.
Num só momento chamado eternidade.

Às vezes fácil.
Às vezes difícil.

Sejam tortuosos ou retos os caminhos.
No amor vencemos.
No amor crescemos.
No amor vencemos.
E a vitória é de todos.

Às vezes fácil.
Às vezes difícil.
Mas quem semeia colhe.
E o céu é o maior troféu.

By Adalmir Oliveira Campos











O que me inspira?

O que me inspira?

Duvida cruel.
Ao arredor o que vejo,
ao topo do céu.

O que me inspira vem a galope.
Gira no carrocel.

Já foi amor.
Já foi amizade.
Já foi dor.
Já foi o calor.
Já foi a flor.
Já foi de tudo um pouco
que a muitos encantou...

O que me inspira?

São histórias de uma vida.
São vidas de uma história.
São escritas que eu gravo
e travo na memória...

São esses rabiscos de carvão,
São estas tintas em fusão...
É um mundo que sai do coração.

É mister de cotidianos e contextos
onde vivo e faleço, acordo e adormeço.

E assim, escrevo
preenchendo as folhas que se aumentam
brancas, brandas, vorazes
que se amontoam em canções e poesias.

No que exprimo
No que imprimo,
No que me inspira.

By Adalmir Oliveira Campos











Relações

Relacionamentos necessitam de visão.
Visão que entenda a pluralidade que há
em cada universo particular.

São personalidades diferentes,
cada uma com sua história.

Histórias que se fundem...
Histórias que confundem.
Histórias que geram conflitos.

Agitos,
explosões, e
exaltações de ambos lados.
De qualquer lado.
Pra todos os lados.

Guerra e paz;
União e desunião;
Reunião e rebelião;
Amizades e amores;
Amores e amizades.

Não são países...
Não são governos...
Não são patrões ou empregados...
Rainhas ou reis.

Humanos apenas em plena relação.

De amor.
De amizade.
Entre parentes, conhecidos e desconhecidos.

Podem algumas até exigirem contratos, outros
nem tanto.

Regras, leis e burocracias.
No amor.
Na amizade.
Poda.
Distancia.
Oprime.
Limita e assim
impede o voo livre
da entrega...
da confiança,
do cuidado e
do amor.

By Adalmir Oliveira Campos







Evolução da Palavra X Evolução humana

Engraçado...
Muito me intriga e me faz pensar no quanto podemos construir a partir da palavra, seja ela falada ou escrita.
Seja em qual lingua for, as possibilidades são inúmeras.
São milhares de pessoas que aprendem a ler e a escrever, e todos ao seu modo, criam um jeito de comunicar.
O incrível é que nem tudo se repete, as combinações de letras, pontos e palavras apresentam possibilidades infinitas, que fazem notícias alegres, tristes, que fazem piadas e chacotas, que fazem poesias e músicas, e textos os mais diversos, que retratam e contam a história da humanidade dia após dia, ano após ano.
As palavras falada e escrita, evoluem de forma assustadora...
Até fazem parecer que o homem evolui na mesma velocidade...
Quando lemos sobre pessoas, vemos que parte da história foge ao que são na realidade.
Como diz o que já é um ditado popular, em fotografia e material escrito todo mundo confia, basta que sejam manipulados de tal forma a mostrar como real, o que não existe.
Penso que assim acontece com a escrita da história da humanidade.
Muito se fala e muito se escreve sobre a evolução do homem após a Segunda Guerra Mundial, Revolução Industrial, e após a globalização, e outros marcos sociais.
Na história tudo é perfeito.
Mas por detrás das cortinas, vê-se que a evolução tem sido meramente no que se refere a tecnologias, construção civil, da arte, da música, dos celulares e outros.
A evolução humana, penso que não chega a tanto...
Falo com tanta convicção, ao me deparar com as situações atuais de conflito em que o ser humano tem se envolvido, as quais denotam sua incompetência em se tornar um ser melhor, o que ainda é possível e acontece todos os dias com milhares de pessoas, que realmente evoluem no que se refere ao humano e ao que é possivel enquanto humanos que são.
Nos telejornais aumentam a cada dia a reprodução de cenas de barbáries que cometem muitos homens e mulheres, como acontecia a milhares de anos atrás, e do lado de cá das telas, ficam milhares de pessoas assistindo; umas comendo pipoca e outras fazendo chacotas, e outras refletindo que no mundo as coisas podem ser diferentes, e que merecemos ver algo melhor na televisão, que não seja tanta barbárie, as mesmas que aconteciam a milhares de anos atrás.

Penso que só mudaram os cenários, o homem e a mulher tem sido os mesmos.
Se sairmos do estado de alienação ao qual nos encontramos, e no qual nos escondemos para como covardes deixarmos de lutar por um mundo melhor, veremos que a evolução humana tem que acontecer de forma real, e pode acontecer, desde que o TER, dê lugar ao SER, e o amor reine em cada coração e em cada ação.
Onde a escravidão deixe de existir, e possa acontecer uma real libertação do humano, do que se diz cidadão, o qual possa como prevê a Constituição usufruir e gozar do que lhe é de direito e cumprir com o que lhe é de dever, mas de maneira consciente de que para construção de um mundo melhor, é necessária a mudança de todos da grande MASSA, e os que estão no poder, PARA QUE TODOS POSSAM USUFRUIR DE MODO IGUAL, de tudo que há sobre a terra, sem causar mal uns aos outros e ao meio ambiente e à Terra, na qual vivemos e em Deus tudo nos dá.

Só para refletir...

Por que os cidadãos brasileiros têm que sobreviver com seus mínimos salários, pagando suas contas, seus alugueis, programando suas viagens de férias com prestações a sumir de vista, bem como comprar suas roupas, calçados, carros ou moto, pagar faculdade e etc., no maior sufoco, e os representantes do povo tem tudo à mão, embora possuam gordos salários? Não seria justo que sobrevivessem com seus salários, como o faz cada cidadão? Não seria justo que devolvessem aos cidadãos o que lhes é de direito?
Engraçado... Temos que pegar ônibus todos os dias, e eles têm carros a sua disposição até para fins particulares. Por que temos que pagar até seus ternos, se mal damos conta de comprar nossas roupas e as de nossas famílias?

Não seria melhor que político ganhasse salário mínimo e os cidadãos que movimentam a economia ganhassem salários dignos de políticos?

Não seria mais humano, bonito e honesto se os políticos realmente realizassem o que o POVO pede e realmente precisa, e assim deixassem de fazer tudo conforme suas vontades e no que lhes é conveniente?

By Adalmir Oliveira Campos 




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