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domingo, 7 de abril de 2013

Só o Tempo









Só o tempo

Só o tempo para curar mágoas
fazer passar qualquer dor ou tristeza...
só o tempo ameniza,
só o tempo suaviza,
só o tempo transforma o feio em beleza.

O tempo cura paixão
levanta quem está no chão
cura qualquer decepção
o tempo renova
alegrando o coração.

Marta Peres

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Patrocínio, 171 Anos





Patrocínio, 171 Anos




Patrocínio, 171 Anos

Patrocínio, minha terra
lugar que amo a valer
171 anos de vida
ancoradouro do meu viver.

Na terra de Minas que piso
está longe de ser capital
mas tem o Trem que apita
povo hospitaleiro a habita.

Minha terra é sensacional
e a poesia nela palpita
é uma terra bendita
que encanta com seu visual.

Pelas ruas tem os passos
da Regininha e Pitoca
Mané dedão sorridente
na boca banguela de dentes.

Zé Bonitinho tão bonitão
vestia seu terno branco
guarda-chuva no braço
cumprimentava c’ o abraço.

Maria Sá Rita vestida de chita
passava batom, Maria do Cabelão
andava de pé no chão, o Bicho
Preguiça inda falta Chico Leitão.

Patrocínio que patrocinou,
Patrocínio que patrocina,
a lua mais linda que há
nas belas noites de luar.

O céu é de um azul diferente,
cobre a cidade de amor ardente
e namorados na praça a sonhar
olhando estrelas no céu a brilhar.

Patrocínio tem encantos e cores,
tem a beleza dos flamboyants
ornada com os bouganvilles
palmeiras nas avenidas enfeitar.

Ruas alegres, limpas e largas,
respira o café do cerrado
tem gado gordo do pasto
mata verde campo vasto.

Domingo tem banda na praça
tem missa, tem artesanato,
doces, pipoca, pamonha, licores
deliciosos, e jardim com flores.

Patrocínio terra querida
cidade amada de vários povos
que lutam com plena vontade
de desenvolver a cidade.

Patrocínio de imensa cultura
tem história por toda parte
tem gente que gosta de arte
e admira sua formosura.

De uma coisa ó Patrocínio,
quero que tenha certeza
é cidade rica em beleza
para seu filho é realeza!

Marta Peres

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Coqueiro Torto







Coqueiro Torto

Quem reside ou passa pela antiga Praça Monsenhor Tiago pode ver que ela está diferente, com belo coqueiro pendendo para o nascente na tentativa de buscar todos os raios solares da manhã.

Estaria o coqueiro adoentado e precisando de mais raios solares matutinos? Teria ele nascido e crescido com algum problema congénito? Seria coluna torta pelo peso que ele suporta? Qual seria a causa daquele coqueiro ter envergado?  

Belo coqueiro torto, sentinela à direita da Igreja Matriz!

Terá seus dias contados? Haveria como ser salvo?

Coqueiro torto
de formosura e realeza
bela raça de palmeira
até pensei ser fortaleza.

Folhas verdinhas caídas
ao longo do coqueiro torto
que de tão diferente
temo logo estar morto.

Seria triste destino
oh, cruel desatino
sua sentença seu norte
seria mesmo ir a corte?

Que vontade chega em meu coração!

Ser doutora de plantas
a fim de tratá-lo diagnosticando o seu mal,
fazer com que o patinho feio da Praça da Matriz
torne-se a árvore mais linda, afinal.

Quanta afeição pelo gênero vegetal!

Então, arrisco-me conjecturar,
seria uma semente torta
deixando a árvore torta
se sentir quase morta?

À direita da Matriz
de nossa cidade,
no cantinho da praça
eu a vi e não por casualidade.

Olhar atento, pesquisador
de poeta, talvez meio torto
andando um tanto absorto
foi que vi o coqueiro torto.

Apesar de um tanto torto
eu o preferi dentre todos,
lá no alto estava um tucano
alçando vôo como aeroplano.

E as maritacas, Santinhas do Pau Oco - assim chamadas pelo Suplentento Agropecuário do Estado de Minas Gerais -  dançavam de galho em galho, gritavam conversando entre si, faziam festa no cair da tarde, parecendo não se importarem com aquele defeito visivelmente físico do daquele coqueiro.

João de Barro
no galho torto
do coqueiro torto
pensava absorto
no grande desgosto
que estava proposto
ao amigo preferido
ver sonhos perdidos.

Será que algum dia tombará o coqueiro torto? Sem mar, não há mar, ah, mar! E com sua morte tristeza irá deixar naquele lugar, muitos que por ali passam irão chorar. E sob as palhas do coqueiro macio travesseiro João de Barro, Maritacas e Tucanos verão lágrimas derramar, de saudades irão chorar. O coqueiro irá descansar vivendo nos nossos corações!

Marta Peres     

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