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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

A Poesia de Ada Fraga







A Poesia de Ada Fraga





PRIMAVERA (ADA FRAGA)

pelos caminhos há flores de todas as cores,
belas elas brotam em frestas e em canteiros,
espalham na terra, ar, sutis suaves odores.

há um tom um tônus vivo ativo, um alívio,
às margens dos rios nasceram lindos lírios,
amores-perfeitos, violetas, azáleas, colírios.


enfim, veio a mais bela estação: Primavera!
Deus pintou o mundo exatamente como tela,
espargindo e cobrindo o universo de heras!








Criança

Bom mesmo é ser criança,
A inocência não-manchada,
Abrir as portas da esperança.

Não se preocupar com nada,
Abraçar a boneca de tranças,
E pelos pais mimada e amada!

Alma, totalmente, imaculada,
Não se preocupar com a vida,
Crer em príncipes encantados!

Ser criança é poder absoluto,
A vida é um papel em branco
Onde ela escreverá seu fruto!

Ada Fraga









VIDA ( Ada Fraga)

de pedra a gente,
da sorte à morte,
ninguém é semente
serei só gente ...


com/ sem você,
a vida fervilha,
tudo é mt bom,
aqui,em sevilha.

bendigo mar/céu.
à sorte e ao azar,
ao rei e ao tzar,
rumo sem o fel.












TUDO EM PAZ (Ada Fraga)

o orvalho caindo de mansinho,
das folhas as gotas escorrendo,
na natureza a calma lavada...

o cheiro da terra encharcada,
o mato florescendo devagar,
um odor familiar rolando no ar.

tudo se encaixa na natureza,
a chuva, o sol, toda beleza,
esculpida está a nossa reza.







Jogue fora (Ada Fraga)

rompa o silêncio,
vomita o que te entope a glote,
diga o que pensa

pare de se policiar seja fluente
e não afluente,
seja riso seja prosa poesia


não estanque
explode em odes à vida
não se tranque








INFINITO VERSO
(ADA FRAGA)


em ti bendigo
todas as coisas

puras escusas

céu de absinto
o mar de lama
chão que piso

absoluto juízo
abismo/prejuízo
meu choro riso

profano/sagrado
sonho realidade
um mundo cabal








ODE AO AMOR (Ada Fraga)

te quero
não apenas por querer-te
te quero
pq só em ti me encontro


mas por querer-te muito
não o tenho
pq o amor é sem querer

ele só pousa em nós
qdo livre
a gente estiver sabe?







FORMA DIFERENTE (Ada Fraga)

não quero rezar
na mesma cartilha,
repetir o pai-nosso
apenas decorado.


desejo ser eu mesma,
a despeito de todos,
pq são de marca igual,
não sou uma boneca,

sou gente, pele, osso,
corpo, alma, sangue,
possuo minha digital,
com exclusivo DNA.

não fui fabricada,
em série, sou única.








A poesia (Ada Fraga)

A poesia é pássaro solitário,
alma de voos libertários,
é das artes a pioneira,
ultrapassando fronteiras.


Ganha devagar espaço,
na vida sua mola-mestra,
com ousem compasso.

E vivam todos os poetas,
letras e todas as rimas,
ainda não é obra-prima,
ela nasce mesmo quieta.

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A Poesia de Ysolda Cabral


A Poesia de Ysolda Cabral








NÁUFRAGA DE MIM
Ysolda Cabral



Oscilando entre o bem e o mau,
A deriva do vento, tal qual uma Nau.
Sem direção e sem pensamento,
Sou náufraga em mar turbulento.

No fundo do oceano desconhecido,
Num reino submerso e distorcido,
Minha Nau de ponta-cabeça,
Causa séria estranheza.

Lá em cima não existe tristeza,
O mar é de esperança! É só beleza.
Faz da linha do horizonte,
Entre o céu e mar, uma ponte.

Preciso do fundo emergir!
Sair deste mundo úmido, escuro.
Não faço parte disto aqui.
E sei que, só depende de mim.







AGORA JAZ MINHA ALEGRIA
Ysolda Cabral

Quando canto uma canção,
Quando escrevo em devoção,

Quando penso em você;
Meu coração bate contente.

Na noite de Vento quente
Meu amor pede passagem,
Temendo as tempestades
Advindas de inverdades.

Vento de poucos amigos
Que adora soprar no meu ouvido,
Disse que de mim não sentes saudades.
- Vê se pode!
Nunca vi tanta maldade.

Uma coisa dessas não se diz e nem se faz
Há pouco eu estava tão feliz!
Agora não estou mais.




RESPONDA-ME
Ysolda Cabral

Desde quando falamos só o que devemos?
Desde quando fazemos só o que queremos?

Desde quando temos apenas sonhos?
Desde quando somos totalmente verdadeiros?

Desde quando alguém nos entende?
Desde quando de alguém entendemos?

Desde quando somos só simpatia?
Desde quando somos só nostalgia?

Desde quando somos justos?
Desde quando somos mudos?

Desde quando somos ocos, moucos?
Desde quando somos loucos?

Desde quando somos bobos?
Desde quando somos rôtos?

Desde quando somos lordes?
Desde quando somos pobres?

Desde quando tudo é poesia?
Desde quando não sentimos agonia?

Desde quando o amor é só alegria?
Desde quando a vida é toda certinha?




MAUSOLÉU DE VERSOS
De: Ysolda Cabral

Olhando pro nada me vejo,
Projetos de vida esqueço,
Flutuo no espaço permitido,
Sinto que criei um mito.

Porém os versos escondidos,
Que guardo a sete chaves comigo,
Ainda não decidi seu destino,
Talvez a lata do lixo...

Não precisa ser de bom tamanho,
Nem que tenha chave ou cadeado,
Basta que esteja em bom estado.

Uma tampa bastante resistente,
Que feche bem o recipiente,
Mausoléu de versos silentes.





BOM-BOM DE FRAMBOESA
Ysolda Cabral

Dia lindo e ensolarado.
Vento calmo, apaziguado

Pelo amor que existe em mim;
Vai e diz a ele que sou assim:

Meio fora do compasso,
Sem ele me falta um pedaço.
Desafinada e meio torta, capenga.
Gosto de uma boa arenga
Pra esconder querer amasso...

Um amasso bem amassadinho,
Que deixe na boca o gosto de framboesa
Do bom-bom saboreado,
Na noite de solidão, bem escondidinho.

Ah, sou mesmo caso perdido!
Tão apaixonada que nem acredito!

Quero da Vida um hiato permanente,
Entre o antes e o que depois haveria.
Nele eu, você e a sua poesia.
Simples assim! Para sempre.




LÁ E O CÁ
Ysolda Cabral

Cada um com seus mistérios
Todos tentam esconder
Sem contudo entender
Que, para os mais perspicazes,
Mistério algum pode haver.

Seria mais simples saber
Um dos outros e proceder,
Com correção, respeito
E consideração...
Assim seria muito mais fácil
Viver.

Viver qualquer vida,
Em qualquer lugar,
Em qualquer circunstância,
É bem difícil,
Eu sei!

Muitas vezes fazemos de conta,
E neste faz- de- conta,
Que a diferença encanta,
Corremos o risco,
Da lucidez perder.

Compreender tudo isto,
É impossível!
Penso, penso e não consigo,
Uma solução encontrar,
Que ponha fim a essa agonia,
De não saber como achar
Uma equilibrada harmonia.
Entre o lá e o cá.





FUGINDO DO CONTEXTO
Ysolda Cabral

Sei que nada sei
Sei que nada sou
Sei que não estou
Em mim
Amanhã talvez

Muito grande, às vezes, é a dor
O entendimento não acontece
O sofrimento rasga o peito
Paralisando a gente
Que sente e vive amor

O desencanto acontece
A ilusão desaparece
O sentimento enlouquece
E vamos perdendo a razão
E ficar assim
Não sei não

Não adianta chorar
Não adianta penar
Não adianta perdoar
O que está feito
Está feito

Se assim for
Não tem feito
Aquilo que não tem conserto
No sonho está desfeito
Acordar rápido é o jeito
Para não sofrer mais dor

E mesmo sem conserto
Fugindo muitas vezes
Do contexto, insisto e vou
E assim, com a dor diminuída
Ou controlada no peito
Sigo à procura
De um suave desfecho
Para que ele seja só de amor.





ORAÇÃO DO ENTARDECER
De: Ysolda Cabral


No entardecer de mim....
Que eu não perca a sensibilidade,
Que eu não perca a alegria e nem o bom humor,
Que a esperança sempre acalente meu coração,
Que os sonhos sejam sempre suaves e lindos,
Que os pesadelos sejam totalmente banidos.

No entardecer de mim...
Que eu não tema o que virá,
Que os Raios de Sol sejam sentidos,
Tanto quando os Raios do Luar,
Se não puderem ser vistos.

No entardecer de mim...
Que a música esteja na minha alma,
Se não for mais ouvida;
Que o perfume das flores seja percebido,
Se perder também o olfato;
Que a suavidade da rosa seja sentida;
Mesmo que eu perca o tato.

No entardecer de mim...
Que eu não perca a sanidade,
E caso assim acontecer;
Que o amor de Deus
E a fé que sempre tive Nele;
Me sustente até o fim.

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A ARTE DA VALENTIA







A ARTE DA VALENTIA


Bordadeiras sem voz
Espiãs entre cortinas e vidraças,
belos chapeus
Envidraçadas,mudas, atentas olhos
baixos... no baixo ventre, dores
de cabeça, desulpas um não ceder

Das Graças, das Dores, da Penha
mulheres
Delas eram a espera em bailaios de,
longas, colchas e retalhos
Mães, filhas, anciãs testemunhas de
uma vida num clã

Era veto, voto, que nada mas emanava,
exalava liberdade...
A sua busca ...um vão ... a arte

Eram elas ... era Chiquinha Gonzaga e
muitas delas

Era a coragem Anita Garibaldi, era eu
eras tu ... eramos todas nós ...

sulla fagundes
 
 
 
 

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sábado, 3 de novembro de 2012

JANELAS DA ALMA










JANELAS DA ALMA

Vou abrir as janelas da minha alma,
e deixar devagarzinho o vento ir entrando.
Quem sabe ele possa dar-me a calma,
da qual eu tanto estou precisado.
Talvez com esse tempo tão inclemente
possa eu ficar de ti bem mais ausente,
ao sentir o teu amor se acabando.

Quiçá eu possa guiar-me pelas estrelas!
E, pouco a pouco, as minhas amarras soltar.
E mesmo que eu já não possa mais vê-la,
sentirei pra sempre a sua presença no ar.
Procurarei levar junto comigo o vento,
que será o meu companheiro de sentimento,
e com esforço a minha vida vai carregar.

Exclusivamente eu canto o silêncio agora,
pois, somente nele, os sonhos não se calam,
E vou procurar na consciência, nessa hora,
as lembranças que dela sempre me falam.
Porém, o tempo anda, e com seus ponteiros,
movendo-se sem parar, como feiticeiros,
traçam o sentido da vida, e nunca se abalam.

Marco Antonio Orsi
 
 
 

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Conceição Bentes e Poesia!





 Aromas

Preparo aromas
pra tua chegada;
a terra molhada de saudades,
os amores castos
na memória edificada

A casa vazia,
exala o físico concreto

do perfume táctil da tua falta

E chegas velejando ao vento,
escondendo teus acordes
sob meus cabelos
como sussurros de luz
em passos calados e ausentes

Conceição Bentes









Sol da Vida

Desfolho o reviver
com o gosto dos teus olhos
cheios do silêncio
da tua alma ausente

Livra-me do sol morno
da indiferença,
do mistério das estrelas distantes

que percorrem caminhos desencontrados

Traga-me o viço do recomeçar,
o gesto puro do olhar amante,
as emoções flutuantes
das tardes crepusculares

Conceição Bentes


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BRUXARIA

BRUXARIA
Mírian Warttusch

Sou uma bruxa Malvada
Quem comigo se meter
Vai ficar também malvada
Ou então se arrepender.

Serenata com fantasmas
- Eu não canto, uivo sim -
No intervalo da cantata,
Como baratas sem fim.

Com uma sopa de minhocas
Preparo um bom caldeirão.
Bastante pernas de aranha,
Morcegos, sapos, sabão!

Vomitar? Que desperdício!
Dá aqui, vou aproveitar;
Fazer uma garrafada
Pra poder te enfeitiçar!

Ser feliz? Não acredito;
Felicidade é besteira.
Chorar é bom, chora mesmo,
Chora uma semana inteira .

O colorido é inútil...
Azul, verde? O preto sim!
É uma cor maravilhosa,
Que fica tão bem em mim.

Ser vesga é meu privilegio.
Tomar banho? Nem pensar!
Cabelo bem espinhado
Pra todo mundo assustar!

Veneno é o melhor sabor
Pra curar dor de barriga
Abre a boca, toma logo,
- Não sobra uma lombriga -

Para mim, não tem efeito...
Minha ruindade é maior!
Não tem veneno mais forte,
É o que existe de pior.

Vou subindo na vassoura;
Tá na hora de partir.
Atrás de mim, vem mil bruxas,
Por certo a me perseguir.

Tantas bruxas invejosas,
Querem comigo acabar.
Mal sabem elas, coitadas,
O quanto vão se danar.

Feitiço maior eu fiz,
Pras bruxas assustadoras,
Que despencam de uma à uma,
Vão caíndo das vassouras.

Lá em baixo eu preparei,
Um segundo caldeirão,
Para o grande Haloween,
Uma vasta refeição.

Mil bruxas irão ferver,
Com outras tantas iguarias...
Viram? Elas se danaram,
Com as minhas bruxarias...

Vocês querem essa sopinha?
Garanto que vão gostar.
Essas bruxas são gostosas
- É comer... e vomitar!

Mírian Warttusch

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TOADA DE BOIADEIRO






TOADA DE BOIADEIRO

Quando o sol surge no horizonte desperto

Lá fora trinam as aves em revoadas
Ao longe ouço o som contagiante das toadas
Guiado pelo vento, chegando mais perto.

É a cantiga do corajoso boiadeiro
Que tange a boiada levando ao seu destino
Sai pela estrada tal qual um peregrino
Enfrentando os desafios como um guerreiro.

Nas noites ardentes sua viola dedilha
Sonoras notas pra matar a saudade
Da amada que lhe espera com ansiedade
Para ouvir seus versos de amor em sextilha.

O resplendor do luar lhe faz companhia
Sua voz é envolvida por suave magia
Das estrelas que brilham com harmonia
Dando-lhe esperança pra sua travessia.

Neneca Barbosa
 
 
 
 

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A Poesia de Helena Correia!









Poema vermelho

Amor que estilhaça
ao rubro nos sentidos
amor com amor, então…

Amor só paixão
fogo, desejo e pecado!
Vermelho cor da alma
do sangue e da veia
dos meus beijos
vermelhos infinitos...
Mãos de lamentos
corpos em movimento
sem lágrimas nem segredos…
Vermelho poema da paixão
brisa imortal
soprado de nós sem ser vento.

Helena Correia
 
 
 
 
 


 
 
 Se hoje viesses Papoila

Se hoje viesses
eternizar meus dias
ouvirias o som das papoilas a norte
e teriam ciúmes de nós...
Se hoje viesses, meu amor!
as estrelas beijariam o céu
bebendo das cascatas de mercúrio e venus.
Se hoje viesses e não fosse ontem
te cantaria os salmos no vale mais a sul
numa madrugada fora de portas…
Helena Correia
 
 
 
 
 
 
 Mulher de fogo

Mulher de fogo
sangue quente
fachada de gelo
calor que se sente
fogo que espreita
mulher beleza
encanto e vida
lábios que queimam
ventre das almas
combinação e presença
altar de preces.
Mulher
que em teus braços de fogo
sou mais claridade
eu te sou
eu te bebo em silêncio!

Helena Correia
 
 
 
 
 
 
 
 Amassos...

Entre amassos,
carícias e beijos delirantes
travamos na cama uma luta
de amor e paixão
Em busca de gozos alucinantes
desprezamos todas as regras do pudor
e nos entregamos a emoções primitivas
degustando nossos sexos e transformando-os
no verdadeiro alimento de nossos desejos
Enlouqueço com o calor
da tua vulva, húmida,
clamando pelo meu corpo pulsante
que “chora” e “ferve” de tesão

Helena Correia



Jeito de ser

Sou fêmea que se alegra
entristece…
que chora e sorri
sou recatada ou safada
responsável ou inconsequente
nervosa e serena
intolerável e tolerante
sou fêmea dócil e rude
fera no que me pertence
mansa de coração,
não sou santa nem vadia.
Sou fêmea…
Sou mulher que te ama!

Helena Correia
 
 
 
 
 
 
 Serei Bruxa?

Pois, não sou feiticeira
sou mística e mistério
gato negro, raposa felina
floco de nuvem que se esquiva…
Sou a visão de mim própria
faço magia por paixão
sem visões do amanhã.
Voo solta secreta
rasando o chão
dobro o espaço
na asa da vassoura.
E na nudez dos meus ombros
corto os oceanos, até à voz do tempo!

Helena Correia
 
 
 
 


 Nosso destino

Peço-te o mais ousado
eu sussurro no teu gozo
teu corpo no meu
sentimos, amamos
gozamos, intensificamos
beijo o teu beijo
querendo mais…e mais!
Galopa o coração
na paixão de beijos e caricias
na sintonia da emoção
calor, palavras destemidas
abraços, provocantes, ofegantes
gosto molhado, suado
chegando ao destino dos amantes!

Helena Correia
 
 
 
 
 
 
 Aquele abraço

Braços que se abrem
para receber o
abraço dado
na euforia do momento
mágico,
Vivido no êxtase da
ternura sublime.
Pensamento,
nesta hora!
Fica cheio do mais puro
sentimento de
amor,
porque os braços!
Fecham-se,
no abraço
apertado e profundo.
Inerente amor,
que surge neste instante do abraço indecifrável,
não deixando o coração sentir
se é amor ou
simplesmente carinho.
Laço apertado do
abraço profundo,
envolvendo o coração,
no lusco fusco da paixão.
No âmago sublime no
prazer de abraçar.
Sublime abraço que
leva o coração a
palpitar extasiado
nos braços que
abraça, apertando a alma
com a ternura do
simples abraço.

Helena Correia
 
 
 
 
 
 A Memória e o silêncio

Que tua lágrima seja de felicidade
que teu beijo seja saudade
que seu corpo arrepia não porque está frio
e sim porque está colado no meu
que tua fome seja do meu amor…

Mesmo que a memória
nos alongue no silêncio
a tua pele salpica-me os lábios
sussurrando em gestos sempre iguais
o desejo da tua fome nos lábios
que são meus!

Helena Correia e Flávia Guimarães
 
 
 
 
 
 Espelho

Se tu vens, reconheço, para onde vais;
Teu toque sutil e voz, deslumbramento...
E tudo se instala no enredo dos canais
E acelera o ritmo de tantos batimentos.
Percussão com domínio e assentimento
Fazes tua, minha festa em dias normais.
Se tu vens, reconheço, para onde vais;
Teu toque sutil e voz, deslumbramento.
És badalo de signos e meus carnavais;
Folia, afino e entrega de instrumentos,
Passos de dança, em que somos mais
Que o queijo e o doce... A cada evento,
Se tu vens, reconheço para onde vais...

Helena Correia
 
 
 
 

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