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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Renascer








Renascer

Independen
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en
fren
tar

ca
ra
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ca
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e
ser
fe
liz

novamente!

Marta Peres

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Sentir-te sempre...
























Sentir-te sempre...






enquanto te penso,
te sinto...
um labirinto de
amargura, doçura e
uma ternura abrangente;
com delicadeza, a'lma
aconchega a sutileza de
te amar de forma plena,
atrevida e ousada;
misteriosamente
escancarada e
esparramada na
exata medida de
chegadas e inexata
certeza de partidas ou
despedidas que
suavemente contém e
estão contidas na
irrealidade por onde
caminha sonhos e
mais sonhos;
sonhos caminham e
te devolve para nós.





Marisa de Medeiros

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Conto Com Desconto! Herança























Conto Com Desconto!

Herança

Meu bisavô tocava flauta e violino. Todas as tardes sentava-se na cadeira da sala e tocava para minha bisavó. Nas noites, reunia-se com amigos e pela noite adentro só se falavam em música e poesia. Dizem que eram lindos saraus! Deixou de herança suas flautas, o violino e o gosto pela arte. Ensinou o ofício aos filhos, mas deu-lhes a direção para prosseguirem na arte. Todos os homens tocavam algum instrumento. Muitos dos netos e bisnetos gostam de arte e tocam instrumentos, outros escrevem e interpretam. Esta nova geração, os tetranetos, também cultivam o gosto pela arte. Já eu, perdulária também, gasto ao piano.

Marta Peres

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Tardes na Praça do Meio























Tardes na Praça do Meio

Naquele tempo a tarde era quietação
e o céu sereno lembrava-nos os salmos.

A tarde ia cansada, ombro pendido
por conta do peso das cruzes dos homens
e do sol, cabeça envelhecida porém,
feliz com o riso da meninada do lugar.

Eu contemplava a tarde que caía
olhando as grandes árvores, do obelisco
observava as senhoras sorridentes e felizes
da praça, descansando em seus alpendres.

Bons tempos gotejados a ouro, verde copa
das árvores chamavam a atenção das pessoas,
quanta ternura nas meiguices! O lusco-fusco
no burburinho da meninada palmilhava

o passeio dos anciões ao redor da praça.
Ah, tardes felizes enfeitadas com o ouro
das lembranças, guardo no coração
o caminho do meio da praça e margaridas

sorridentes, os cabelos longos do sol
no meio das árvores iluminando caminho
que leva ao caramanchão, minha solidão
na tarde chuvosa armou-me um laço!

Marta Peres

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Incerteza da Traição












Incerteza da Traição

Hoje chove. Chove e bate a saudade.
No canto da sala o piano faz sinal,
o céu branco... está molhada a cidade.
Os dedos dedilham com erro acidental.

O tédio perturba concentração musical,
vento vindo do norte confunde atenção
e na mente vem imagem daquele casal.
O fogo arde, dor imensa abala o coração!

A idade pesa, lágrimas embaralham
as notas musicais, chuva cai, molham
os olhos, na melodia nenhuma beleza.

O sol melódico triste e acorrentado
perde-se nas ondas um tanto atordoado,
Na alma a mais nua e cura certeza!

Marta Peres

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O outro lado




Rodrigo Novaes de Almeida - Escritor e jornalista (Rio de Janeiro-1976), publicou, pela Multifoco Editora, o livro de contos “Rapsódias – Primeiras Histórias Breves” (2009), pela Mojo Books, a ficção “A saga de Lucifere”, e participou das antologias “Portal Stalker”, “Portal Fundação” e “Portal 2001” (org. Nelson de Oliveira).







O outro lado
Rodrigo Novaes de Almeida.

“O irreal só não superaria a realidade porque experimentamos verdadeiramente, como observadores, o que nos foi dado experimentar – o que seria, para muitos, sonho, para nós será apenas o outro lado, um outro lado.” (Josué Francisco Fernandes)

Era a fronteira entre dois países beligerantes. Uma rua de terra batida. De um lado, soldados maltrapilhos se enlameavam dentro de trincheiras rasas que mal escondiam suas cabeças. Preparavam suas armas para a batalha. Atrás deles, edifícios baixos semidestruídos. Do outro lado, uma cerca de arame e, adiante, o início de uma floresta. No final da rua, uma trapizonga tecnológica destoava daquela paisagem desolada. Que tipo de arma seria aquela? Não descobriríamos. Fora montada no meio de uma praça, ou, pelo menos, do que fora um dia uma praça. Um cruzamento que determinava o final da rua, direção leste-oeste. Para o norte, o desconhecido país lar daqueles soldados maltrapilhos; para o sul, a floresta. E nesta direção, uns duzentos metros adiante, um posto alfandegário abandonado. Atravessamos para o outro país. Nele, ao contrário do contingente militar, encontramos meia dúzia de homens (entre eles havia uma mulher). Usavam roupas camufladas para a selva e estavam se mijando de medo. Não sabiam o que fazer diante da ameaça do outro lado. E se fossem atacados? E se isso acontecesse hoje? O que deveriam fazer? Meia dúzia de combatentes contra um exército inteiro e uma arma misteriosa. Que tipo de líderes de um país manda para a guerra apenas meia dúzia de homens (com uma mulher)? De repente, um estrondo. Era o ataque. Confusão danada. Puta que pariu. Vamos todos morrer, os seis! Cagaço geral, começara a guerra. E ela chegou sem contagem regressiva e música de abertura. Nenhum prólogo. Estávamos irremediavelmente fodidos. Seis mijões em roupas camufladas. Foi então que, diante do terror imediato, tivemos uma resposta contrária a todo e qualquer bom senso: da testa de um dos soldados começou a sair rajadas de energia mortal. Dezenas de inimigos tombaram. Raios de aniquilação. Outro soldado, escondido agachado entre a vegetação chamando pela mamãe dele, desapareceu e ressurgiu além das linhas invasoras em marcha, para, no susto, mandar outras dezenas deles para o inferno com o fogo de balas de sua metralhadora. Bundas inimigas chamuscavam. A única mulher do grupo estava numa enrascada tal, que sua reviravolta merece certa áurea de delicadeza, e pedimos licença para dizer propícia ao gênero. Fugia ela de um pelotão de tarados. Se fosse pega, deus (à escolha) teria que fechar os olhos. Era coisa para o diabo (este só tem um mesmo) lamber os beiços. A guerra propriamente deve ser sempre assim, (um lugar-comum) com deus fechando os olhos e o diabo lambendo os beiços. Seria estupro ininterrupto para os sete dias. Coisa feia mesmo. Desesperada, ela subiu numa árvore antes que fosse alcançada. A árvore tinha uns frutos enormes multicoloridos (azul, laranja e marrom predominavam), e de sua haste decaíam flores ultrafinas e roxas. Quando o pelotão chegou, ela era um desses frutos-flores exóticos. Sua roupa camuflada estava presa aos galhos. As botas eram vistas no chão. Um dos soldados coçou o queixo. E, abobalhados, foram todos embora. Depois de um tempo ela voltou à forma original, e agora pudemos vê-la nua, era formosa. Algumas horas mais tarde, tantas foram as baixas que o exército invasor recuou – a floresta parecia amaldiçoada. Não chegaram a usar sua misteriosa arma, a trapizonga tecnológica que ocupava toda a velha praça (e por isso não descobrimos seus desígnios). Perdemos também o rastro dos estranhos soldados da selva. Não conversamos com ninguém de nenhum dos lados. Não sabemos quem são. Não temos conhecimento de nada além desses confusos fatos. Nem vimos tudo. Não fomos oniscientes. Deixamos aquela estância com mais perguntas do que admitiremos nas próximas vezes que contarmos essa história.

Rodrigo Novaes de Almeida

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Sobre homens e bichos!











Rodrigo Novaes de Almeida - Escritor e jornalista (Rio de Janeiro-1976), publicou, pela Multifoco Editora, o livro de contos “Rapsódias – Primeiras Histórias Breves” (2009), pela Mojo Books, a ficção “A saga de Lucifere”, e participou das antologias “Portal Stalker”, “Portal Fundação” e “Portal 2001” (org. Nelson de Oliveira).






Sobre homens e bichos
Rodrigo Novaes de Almeida.

Samantha estava deitada de bruços sobre a canga, aquela bundinha pequena empinada para o sol, que horas deveriam ser?, eu tentava descobrir, através da sombra na cavidade do biquíni, como se aquela bundinha fosse um relógio solar. Já estava ficando tostada, depois ia tomar uma ducha fria e querer sexo. Eu era tarado naquela bundinha. Pedi outra cerveja para a moça da barraca e peguei o caderno de cultura do jornal que estava ao meu lado na areia. Se continuasse olhando para a Samantha, ia dar na pinta para todo mundo que estava ficando de pau duro. Tinha muita família em volta. Umas crianças brincavam por perto, as mães gritavam para que não entrassem no mar. Um fuzuê, praia em fim de semana. Eu detestava, evitava sempre, mas Samantha não queria perder o sol, queria tostar. Eu nunca tive coragem de dizer que preferia ela branquinha, aqueles peitinhos durinhos que cabem na boca e que pareciam cocadinhas… Abri logo o jornal antes que os meus pensamentos pulassem literalmente da sunga e provocassem um incidente internacional nas cercanias daquele pedaço de praia. “Uma fregata magnificens macho fora derrubada pelo vento quando tentava seduzir a fêmea.” Notícia importante, continuei lendo. “O saco vermelho, extensão dos sacos aéreos cervicais, infla para que a fêmea, impressionada, faça oh!, e tope acasalar.” Samantha se levantou e me perguntou se eu queria dar um mergulho. Fiz sinal que não com a cabeça. Ela se virou e foi em direção ao mar. Fiquei observando a bundinha da Samantha indo ritmicamente, como se dissesse para mim fofo-lete, fofo-lete, fofo-lete… Esse sol já estava fritando os meus miolos, que tesão desgraçado! Voltei à página do jornal. “Segundo o ambientalista P., a fregata deve ter se exibido além da conta, perdeu a noção e se acidentou com o vento. Medicada, já foi reintegrada, ontem, às Ilhas Cagarras – e deve estar tentando algo para o fim de semana.” Mané. Abaixei o jornal e olhei para as Ilhas Cagarras adiante. Mais perto, saindo do mar, vinha a Samantha. Meu tesão! Já estava de bom tamanho, não? Ela se aproximou e eu disse que queria ir embora, o sol está muito forte, sabe? Sei, sim, você está muito quente, né, querido? Nem um mergulhinho dá jeito. Então acalma o menino aí enquanto eu me seco, que em casa eu resolvo o problema de vocês dois, ela me disse, rindo e olhando para a minha sunga, que mal se cabia no mundo, depois se virou para se secar com a canga e, sacanamente, a sua bundinha tomou todo o meu campo visual. Chega de praia por hoje, arrematei, ditoso.

Rodrigo Novaes de Almeida

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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Casinha de Boneca























Casinha de Boneca

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Era menina
arrumava os quartos
enfeitava a sala
colhia flores no quintal
eu não tinha um jardim
preparava as panelas
pra alimentar as visitas
Era assim...
Uma casinha bem simples,
de chão batido,
bancos de madeira
Sonhava o mundo
por trás das cortinhas de chita.

(Sirlei L. Passolongo)

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Varal de Poesias

























NASCEMOS PARA AMAR...


Nascemos para amar o Céu, a Lua, e o Mar...
A nossa vocação é e será o Amor!
Vamos amar o que Deus pôs ao nosso olhar:
Do mais ínfimo ser à beleza da flor!

Vamos amar estrelas, lagos e florestas.
Vamos amar o sapo que há Natureza,
Até este batráquio, que coaxa em festas,
Nos brejos e nos lagos, tem sua nobreza...

Vamos amar a mulher com ternura e amor.
Ela foi uma dádiva do Deus Senhor
Para que o homem não morresse de solidão...

A mulher é bom vinho em taça de cristal.
É palatável e gustativa em seu astral:
Sem a mulher vazio é o nosso coração!

Autor: J. Udine


















Luz!

Sou o que sou
Uma pequena fresta,
Uma saudade incerta,
Um amor incompleto.

Sou alegre e triste,
Não vivo de fantasias,
Rotinas são combinam
Com amar em meio ao dia.

Não descarto o proibido,
Sou flecha lançada,
Mulher apaixonada,
De alma solitária.

Não somos donos
De sentimentos,
Tudo na vida é efêmero,
Prazer nos bons momentos.

Sou dona dos meus atos,
Não culpo o contrário,
Sou beleza no meu amar,
Luz que brilha ao teu olhar.

Márcia Rocha























PROCURA


Procurei por ti incansável
Em serras, rios e vales
E ao te buscar no mar
Netuno me fez sereia
Assim, entoando meu canto
Em escuras e longas madrugadas
Espero que aos teus ouvidos distantes
Chegue o eco do meu pranto


Ruth Maria
Perrella























Felicidade

Meu nome
Felicidade
Estou batendo
Em sua porta
Me deixe entrar
Só quero
Te amar

Anjopoesia

































Escrevendo poemas...


Agitava-se o mar...
cujas espumas perdiam-se na areia
as ondas que quebravam nas pedras
Marulhavam fazendo daquele momento
Sons de melodias mágicas e eternas...

Eu procurava o silêncio pensante
Submergi nos versos
Encantamento que iluminou minhas noites sombrias
E entrou em minha alma com a leveza dos sonhos...

Fechei os olhos para lembrar o colorido do amor
E a negreja do desamor
Da paixão não correspondida...

Escrevendo poemas e Sonhando
flutuei sobre todos os sentimentos
De dor, angustia, medo, saudade, abandono...

Abri as portas do meu coração e deixei entrar a emoção...
E deixei-me velejar nas águas mansas da paixão
ancorar num cais aonde à neblina finda...
E o sol volta a brilhar iluminando meus dias!

Celina vasques





























Ainda te amo!

Na realidade
Nunca te esqueci, te perdi...
Mas não desisti.
Ainda carrego em meu peito
O amor que sinto por ti.
Meu amor não se apaga,
Assim, simplesmente...
O amor não morre
Assim, de repente.

-**-Elias Akhenaton-**-































Revolução do coração...






urge lembrar de
te esquecer;
ah, esse coração faz
revolução e quando quer
é...árido, grotesco,
arisco, gigantesco;
propositadamente
inconsequente e
rebeldemente acelerado;
brinca de faz de conta e
me conta que é de
mentirinha...
atravessa o outro lado
da linha e abraça-me
emocionado, manhoso,
dengoso, apaixonado e
doce como algodão doce;
ah, esse coração,
sabe me convencer de
não lembrar de
te esquecer nunca.





Marisa de Medeiros

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Luar



















LUAR

Criarei pra você num mar de espumas
Um leito de corais nas tardes quentes
Onde vento nenhum há de passar.
Te cobrirei com todas as estrelas
Dos cabelos das algas transparentes
Sob o manto lascivo do luar....

£una

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EXEMPLO

















EXEMPLO

Que o nosso amor seja eterno,
Como o espaço e o infinito.
Sempre firme, sempre terno,
E a cada dia mais bonito.

Que o nosso amor seja o exemplo,
Para todos deste mundo.
A toda hora, a todo o tempo,
Este amor, que é tão profundo.

Nosso amor é tão sincero,
Desde o instante em que nos vimos.
Ah! Amor, como eu te quero,
E como é bom, ganhar teus mimos.

É um amor que a todo o instante,
Pulsa forte em nosso peito.
Ele é puro e tão constante,
Ah! Que amor, tão verdadeiro...

Elciomoraes

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POEMA DA VIDA
























POEMA DA VIDA

No começo,
milhões de sonhos
futuro?
tão longe
tudo perfeito
sem morte
ela existe?
isso não é pra mim.

Depois,
tantos acontecimentos
atropelos sucedendo
parar, é impossivel
está tudo acontecendo.

E, de repente,
sobra o tempo
pra pensar e selecionar
caminhar bem devagar
o corpo descansar
escolher,
como viver e
deixar acontecer.

Volto o tempo,
na lembrança
na magia eterna
transformo a vida
em rimas e versos,
na imortal poesia.

AMARILIS PAZINI AIRES

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Coisas de quem se amam!
























Coisas de quem se amam!

Vem aqui...
Se aproxima de mim,
Te quero inteiro,
Nesse desejo sem fim.

Estou nua a te esperar
Contempla minha nudez,
Desarruma esse lençol de cetim,
Se atira nos meu braços
Deixa-se ficar aqui...

Deita comigo, me cobre,
Envolve-me...
Manifesta seu desejo,
Me cala a boca com beijos,
Me fala no ouvido
Aquelas coisas de ‘cama’,
E me faz delirar de prazer!

Paty Padilha

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