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segunda-feira, 30 de junho de 2008

Poesias e Amigos!



PRESENTE
Pudesse dar-te a estrela que aparece,
antes da noite vir, tão branca e pura,
e que no céu, sozinha, permanece
depois que a noite vem, soturna e escura.

Também dar-te-ia a luz, caso pudesse,
e o sol, e as nuvens cheias de brancura,
e o vento, as flores, tudo mais que houvesse
para provar-te o amor que não tem cura.

Na verdade são sonhos que comigo
carrego na certeza de que não
poderei alcançar o que persigo.

Mergulhado em tão grande frustração
por perceber que nada mais consigo,
eu arranco e te dou meu coração.

Théo Drummond



Satisfação

Eu almoço sonetos
De sobremesa uma quadra
Bebo tercetos
Lancho Haikais
Coloco na xícara
Rimas de sonhos
Sinto no rosto
a brisa leve de um
dodecassílabo inusitado...
Aborto todas as métricas,
Dissimulo réplicas.
E a noite,
Embriago-me com todos os goles
De versos livres
Da forma mais sã
Porque poesia
Tem que ter todo dia
E ainda sobrar pro café da manhã...

Eurídice Hespanhol




A afamada moça maria

não era moça diferente
com seu jeito de donzela
de manhã, no frio da procela
de quantas marias existem
mesmo, em qualquer hora
se por um motivo, acabrunha
a noite no portão, noivando
maria se recompunha
ouvindo canção do Roberto
esquecia o que lhe fez triste
e chamava o noivo para perto
procurando, não pensava
nas desfeitas de seu dia
assim se esquecia a maria
e ao seu afeto, ofertava
café com bolo de puba
mais, biscoito com limonada
e um beijo quente e doce
ao amor a quem se devotava
à tardinha, na boca da noite
o recato de moça pudica
num recanto, abandonava
e perfumava o colo leitoso
tão quarado, belo e sedoso
que se deixaria a ver
quando o botão se perdesse
aos dedos nervosos do noivo
e o decote se lhe abria
saltando-lhe o seio afoito e alvo
difícil, era para o rapaz
deixar-lhe a honra a salvo
sem ficar alienado
sem perder de vez a paz
ao ver desnudo o suave couro
ardia-lhe, então, o decoro
faltava-lhe na hora o ar
sentia uma dor antiga
ficava-lhe a pele rubra
como se fora um mouro
maria assim aplicava
o que lhe ensinou uma amiga
que era bem experiente
nestas artes de namoro
e até já prendeu marido
e embarrigou de três
foi assim que a maria fez
tanto que antonio menezes
o indigitado aqui falado
vexado e impaciente
não bem passado seis meses
já lhe pedia em casório
ficou muito feliz a maria
infinitamente contente
de fato amava ao antonio
e então partiram para roça
deixando longe a cidade
onde um dia se conheceram
na capelinha do local
se cumpriu o matrimonio
maria mulher se realizou
que nem fome lhe dava
de amar viveu noite e dia
e assim, sem tropeço, findou
ou mais, até, começava
a história de amor sem igual
da afamada moça maria

Ricardo S. Reis






“Voar”

Hoje acordei decidida
Outra visão, outra vida
Olhar apenas...
O que me soa natural

Como a linda borboleta
Pousada em minha janela
Ela é sábia...ela sabe voar
Ela é livre...ela sabe amar

Sussurra conselhos divinos
Metamorfose da criação
Lagarta, casulo pequenino
Transforma-se em doce ilusão

E assim como a borboleta
Vou transformar o meu mundo
Vou voar buscando amor
E sentimento profundo
(Graciela da Cunha e Jane Rossi)






AMAR-TE
Oswaldo Antônio Begiato

E porque
Num dia de sol avivador
Os caracóis e os girassóis resolvessem
Assemelhar-se a ti
E teu suor fazer-se cheiro de cio;
Te amei!

E porque
Num dia de frio intenso
As santas e as mantas resolvessem
Proteger a ti
E teu calor fazer-se alívio à saudade;
Te amei!

E porque
Num dia de chuva abundante
As espinhas e as linhas resolvessem
Delinear a ti
E teu ardor fazer-se lágrimas em teu prazer;
Te amei!

E porque
Num dia de abandono lancinante
Recebeste-me com braços aveludados
Fazendo-me o teu favorito
E me fazendo de ti
teu cio,
tua saudade,
teu prazer;
Te amei!

Acima de tudo;
Mais do que tudo!










SABE-SE LÁ!

De repente até pode ser,
Um sonho,
Uma ilusão,
Te querer.
Mas mesmo que isto não venha a acontecer,
De uma coisa você pode crer.
Que jamais vou te esquecer
E lhe tirar do meu coração,
Que já tem por você,
Uma enorme e infinita paixão...

Escrito por Elciomoraes




“Filhos do Carpinteiro”

Jesus fazia de seu corpo
O verdadeiro templo de adoração a Deus
O seu santuário era a própria natureza
Que revelava a presença divina

A sua consciência era o seu altar
Em qualquer lugar ou hora
Fazia sua prece ao Senhor do Universo
E é através da prece que seremos firmes.

Através da prece chegamos ao Pai
E seu manto sagrado cai sobre nós
Tirando a dor, sentimento atroz
O Senhor do Universo, fala por nós

Vamos fazer assim como Jesus
Nosso coração será o templo de Deus
Extinguir o ódio e exterminar o mal
Viver em harmonia e paz celestial.
(Graciela da Cunha e Jane Rossi)


SURBORDINADO

Mas,
Porém,
Todavia,
Contudo.
Sem você, torno-me
Um objeto de estudo!

Aliás,
Entretanto,
No entanto,
Ouço prantos
Desencadeados
Por cantos e acalantos
Entregando-me
Aos seus encantos

Logo,
Pois,
Portanto,
Descubro
Em seus braços
Um recanto,
Onde me agiganto,
E enfrento o mundo,
Mudo.

Flávio Cardoso Reis 30/06/2008





Luz no fim do túnel

Nos caminhos da jornada
Convivo com os meus medos
Minha alma fica angustiada
Ocultando meus segredos.

Não desisto, sigo adiante
Enfrentando os desafios
Na busca do sol brilhante
Preenchendo meus vazios.

Paciência, determinação
Na incansável travessia
Diviso com emoção
A luz da sabedoria.

No desabrochar da existência
Quando o amor se descortina
É o despertar da consciência
No encontro com a luz divina.


João Pessoa, 27/06/08
Neneca Barbosa


Jardim da Vida

No jardim da minha vida
Há muitos canteiros de flores
Embelezando a avenida
Com as variedades de cores.

Tem as rosas preferidas
Cada uma com seu perfume
Certas vezes perseguidas
Triste, escuto seus queixumes.

Sendo cuidadas com amor
Desabrocham por encanto
Dão pousadas ao beija-flor
Que enfeita meu recanto.

A beleza do meu jardim
São reflexos do coração
Reguei a flor de jasmim
Com carinho e emoção.

Se a semeadura que fiz
For cheia de seiva divina
Minha alma fica feliz
Livre, corro pela campina.


João Pessoa, 25/06/08
Neneca Barbosa


Tempestade

Céu escuro
Nuvens carregadas
Raios, trovões, claridade
Cortam os véus da noite
Anunciando tempestade.

O vento assobia forte
Em forma de melodia
Afastando para longe
Fantasmas que vagueiam
Pelos ares infinitos.

A chuva começa a cair
Fazendo sua varredura
A terra fértil faz brotar
Esperança renovada
Para toda a Humanidade.

João Pessoa, 20/01/08
Neneca Barbosa




Amor em pensamento

Te amo em pensamento
Amo-te em silêncio
Parece uma insanidade
Uma doce ou amarga ilusão
Que satisfaz meu coração.

Percorro teus caminhos
Quero sempre saber de voce
Fico enciumado quando a vejo abraçado
Com seu marido ou namorado.

Sei que é loucura
Uma grande insensatez
Viver uma vida alienada
Mas não consigo te esquecer
Minha vontade é te querer
E sempre perto quero estar
Mesmo que nunca saibas
Vivo no silêncio a te amar

Te amo no anonimato
Sigo secretamente seus passos
Fantasio-o em meus desejos
Tendo-lhe me meus braços.

Estou sempre ao seu lado
Adoro ouvir sua voz
Leio tudo que escreves
Aprecio o seu andar
Seu sorriso me contagia
Porem quando me vê disfarço.

É um amor platônico
Um sentimento secreto
Que se realiza na imaginação
Alimentado pela minha emoção.

Ataíde Lemos




Isto é um assalto


Meu coração tomado de assalto
transbordou
mãos ao alto
peito em sobressalto
pés no salto alto
caminhei ,como correr?
nem me importava sofrer
Denunciar?
pra que?
meu coração assaltado
refém de susto e covardia
apesar de toda balburdia
correria,poeira e taquicardia
queria mais era pagar pra ver
e deixou acontecer.

Neguinha Mucelli



Cantares


Jenario de Fátima


Se as solas de meus pés estão calosas,
Cansadas de vagar tantos caminhos.
Se minha mão feriu-se nos espinhos,
Quando queria apenas colher rosas.

Se minha fé por sendas duvidosas,
Viu milhões de fieis que estão sozinhos.
Se busquei no sabor de velhos vinhos,
A fuga das tristezas amorosas.

E se hora, vez por outra, quando ponho,
Os olhos sobre a tumba dálgum sonho,
Um certo desespero ali me assalte,


Sei que bambeio, so que não me rendo.
Porque la dentro em mim o que pretendo
É só cantar... Ate que a voz me falte!...




BORBOLETA AZUL

Encanto alado,
Cor mais viva.
Ser delicado.
Colorida diva.
Voa
Pelas pradarias
Pelos campos
Por minhas vias
Por tanto
Desafios.
Orne este mundo.
Lindo atavio.
Maravilhe
De paz.
Toque almas
Traga calma.
Leve sua voz
No silêncio.
Seu canto calado.
Essência, arco-irís
voante...
Ser lindo
Ame, seja amado.
Faça de ternura
Meu olhar.
Tinja de anil
Esta cidade.
Seja celeste
Em todo lugar.
Se preste
A voar.
Despetale nos jardins
da fantasia,
E afins.
Escreva com magia
Seu nome no meu peito.
E durma.
Breve vem a noite.
Sonhe, sonho.
Divinizada criatura!...
[gustavo drummond]



Tarô de Sentimentos
por: Auber Fioravante Junior

Mais uma vez,
ao som do aço dourado
embarco nesta via de
sentido duplo, divagando
como um visionário, resgatando
em versos a voz desse ancião
amigo do vento,
irmão das grafias,
pai em dias de chuva,
pai em noites de breu!

Mais uma vez,
estou em seus braços,
navegando em seus lamentos,
matizando esse poema, entregue
neste papel cor giz, colar
perolado no peito luz desse
velho guardião do tempo,
tarô aberto aos olhos do céu!

Mais uma vez,
ao som do aço dourado
abrem-se as nuvens,
e sua voz torna-se
estrela brilhante, o
beijo de todo sentimento!



SONHO E SIGO

Sonho que a realidade
Seja na verdade, uma forma simples
De sonhar e ser sutil e ser feliz
Eu sonho assim...

Sigo caminhando em trilhas
Passeando em ilhas, recordando as milhas
Que estão distante daqui
Caminhando eu sigo...

Escrevendo e rabiscando
Ultrapasso minhas fronteiras
Resgatando meus meios
E os deixando no fim

Catarino Salvador




Sei de ti.
E amo quando sei de ti...
Tudo se torna
Felicidade no exato instante
Em coração célere mal cabe
No peito...
Pulsando por ti.

Ardente querer invade
Brandamente...
Querendo teu carinho
Que sempre chega...

Sempre vem...
Em doces versos que rimam com
Meu amor.
Em sentimento que eleva
Cumplicidade minha e tua...

Sei de ti...
E Sabes que te espero!...

Cida Luz




O poema chora

Chora triste o poema
chora um lamento triste
porque o poeta o ignora prendendo-se a detalhes tolos
deixando-o renegado ao abandono

Chora triste o poema
uma dor aguda, quase profunda
deixado de lado, abandonado
deixa de ser peça fundamental

Chora triste o poema
que não fala mais de amor
que não fala sequer da dor
vivendo em meio a desarmonia e ao desamor

Chora triste o poema
mas não chora só
chora junto essa poeta
que lamenta o choro triste do poema.

Rosane Silveira




Voar na tarde sutilmente
feito andorinha
Livre,
pousar em galhos verdes
sentir o aroma das árvores
bicar seus frutos pelo meio
só para saciar o que não sacia
por ser distante, por ser sonho
Deixar o vento escorrer feito
água em minhas asas
impregnar-me toda...
Ouvir sua voz. Temer seu murmúrio
galopando tempestades
libertar e ser liberta
amar e ser amada
agradecer todos os dias
mesmo àqueles que parecem
cinzas na cor disforme
do azul que se revela
Girar o branco numa velocidade
absurdamente louca
até achar seu arco-íris
depois,
voltar à terra
desgarrada...entendida...
ciente das forças que me
habitam
e só por isso,
ser feliz

Lúcia Gönczy


NA PALMA DE TUAS MÃOS


Tuas mãos duas vidas dois instantes
dois caminhos de margens paralelas
dois destinos tão perto tão distantes
como os cantos opostos das janelas...

Dois destinos escritos numa estrela
dois extremos dois lados da paixão,
outros amores vão e vêm sem tê-la
como o elixir dos sonhos de verão.

Não há destino prévio neste mundo
senão amor na lei de causa e efeito.
Há os lírios do campo e o profundo
enigma de um encanto não desfeito.

O dia vem de cinzas do crepúsculo
acende a aurora no teu lado escuro
e o fruto temporão é tão minúsculo
como é o amor de parto prematuro.

Desperta a alma e olha para o céu,
o amor não anda só de carruagem...
Na ânfora das mãos cintila ao mel
tua estrela de amor nessa viagem...

A. Estebanez
(Poema dedicado a Cida Luz)




Trago-te flores

Azaléias e margaridas
Pra iluminar tua semana
Orquídeas e violetas
Que te darão
A sensação
De calma...

Trago-te flores

Rosas brancas e amarelas
Pra ver teu sorriso
Em cada pétala
Crisântemos coloridos
Pra te lembrar
Que estou sempre
Contigo...

Trago-te flores

Rosas vermelhas
Em buquê de dálias
Magnólias e açucenas
Todas pra desejar
Que tua semana
Seja perfumada,
Doce e serena.

(Sirlei L. Passolongo)



Conchinhas do mar
(Jorge Luiz Vargas)

Se eu soubesse que isso desse um jeito
E pudesse te provar o amor
Que trago dentro do peito
Eu iria ao fundo do mar
Cataria todas as conchinhas pra te entregar
Mesmo sabendo que não aprendi a nadar

Com certeza as ondas
Me devolveria morto para a praia
Me levando pra você
Nas mãos você haveria de encontrar
Uma única conchinha do mar
Que no fundo fui buscar
Pra te presentear
E provar o meu amor

Talvez um dia você irá dizer
Se acaso se lembrar de mim
Que nunca na sua vida
Foi amada tanto assim




O Inverno

Passa lá fora o inverno
olhando-me carrancudo...
Trazendo sobre os magros ombros
uma manta gelada de névoa.

No céu a lua tirita de frio,
nua, pálida e solitária!
E cada estrela é uma pedra de gelo
no tinto líquido da noite.

Ah! E eu que queria salvar o mundo,
encolho-me em minha poltrona!
E deixo para amanhã!

Lenise Marques



Simpatia?

Falas-te de um segredo
Para conquistar um grande amor
Uma das mãos leve ao coração
Com a outra segure uma flor

Feche os olhos e faça o pedido
Em forma de oração
De três pulos para frente
Soltando a flor ao chão

Mas pense neste momento
Se teu amor não vier
Exercitasse o corpo e a alma
Sem perder a tua fé...

...........” Catarino Salvador “.



“O Amor”

O amor é como a chuva
Pode nutrir do alto e deixar
Os casais encharcados de alegria

Mas tem vezes que com a batalha da vida
O amor seca na superfície
E é obrigado a nutri no chão

Sugando raízes para se manter vivo
Às vezes a água do amor esta oculta
Embaixo das raízes...

Mas as águas do amor voltam
A cair sobre os casais apaixonados
Tão inebriante quanto à água

Que lhes banha os pés
(Graciela da Cunha)




Minha Aptidão

Meu castigo, minha ferida
Meu amor minha paixão.
Vejo-me diante da janela
Olhando o tempo perdida

Disfarço-me de beija-flor
E saiu beijando a vida
Traço riscos rabiscos
Desprendo uma borboleta
Presa chora clamando

Em uma folha de bananeira
Desenho uma Rosa formosa.
Vermelho sangue espalhando
Tinta mescla, pintando a vida

Da neblina eu me embriago,
Do frio com desvelo me protejo
Das palavras, eu brinco sem medo
Vou sorrindo amada, e amando.

Quem não gostar, desses versos.
Peço uma saudação, foi com muito
Bom senso, cheia de lógicas aptidões
Atenções habilidades e determinação...
Marina Nunes




Paciência

"diz agora
a palavra que cala
essa ânsia da alma
infinitos segundos
minutos
e horas

diz pra mim
uma prece sem pressa
que acalme a espera
desse início
sem meio
nem fim

fala tudo
sem meias verdades
sem metáforas/imagens
sobre caminhos
atalhos
e rumos

sussurra ao vento
como aplacar a ferida
nessa urgência de vida
enquanto o instante
é apenas
um grito"

(Luiz Fernando Prôa)







FOI ASSIM...

Foi assim,quando
O mar serenou

Quando as estrelas
Mostraram seu brilho

O meu coração pulsou
E a lua mostrou seu feitiço

Me enchendo de amor!
Eu olhei pra você...

Você olhou pra mim, e nosso
Olhar... se apaixonou!
Foi assim!...

(Zia Marinho 08/08/07)



Fuga

Ausentei-me do mundo,
Num silêncio profundo,
Com minhas dores e magoas,
Silenciei assim minhas palavras.

Em um mundo preto e branco,
Só ouviu-se meu pranto,
Numa busca sem fim...
Buscava por mim mesma,
Tentando arrancar você de mim...

Tentando exclui-lo dos meus pensamentos,
Numa tentativa sem sucesso...
Pensei em você em todos os momentos.
Confesso!
((Valquíria Cordeiro))



Vidas passadas!


Estive nas terras dos Urais,
Transpus seus pórticos e umbrais,
Estive em suas salas de cristais.

Não sei se me perdi o se me encontrei,
Não sei se fui feliz ou se sonhei,
Sei apenas que te encontrei.

Te resumiram a um quadro, um retrato,
Paixão de minh’alma foste de fato,
Transformaram-te em um mero teatro.

O passado passou mas eu fiquei,
E por todos ao séculos te procurei,
Hoje não há sol, mas te encontrei.

Não,e eu estou certo, não errei,
Em algum tempo passado te amei,
Por isso contigo sempre sonhei.

Hoje enfeitas essa parede fria,
Mas eu já senti teu calor um dia,
Fostes o sol que me encheste de alegria!


Santaroza




SONHO POETA
O que um poeta pode enxergar
Se palavras de poema triste
Ou a alegria que pode expressar
Só amor na falsidade não resiste

Quando a solidão assim assiste
Sendo poeta pode enxergar
Se um coração infeliz persiste
Com palavras ele pode expressar

Se na razão não pode notar
A lágrima que está para nascer
Consegue desenhar a alma calar,
Coisas que só o poeta pode ver

Do fantasma de uma solidão
A felicidade de um coração
Da luz de um pirilampo
A tristeza de um relâmpago

Todo poeta tem um lindo sonho
De ser um famoso escritor
Mas acima de tudo, eu suponho.
Que ainda sofre por um grande amor
Carlo Magno





“Cúmplice”

Queria ser seu perfume
Na sua pele entranhar
Queria ser vaga-lume
E sua vida iluminar

Queria ser o seu ar
Queria ser seu pulmão
Permanecer no seu cérebro
Morar no seu coração

E nessa linda morada
Viver a eternidade
Ser sua cúmplice eterna
Ser sua outra metade

Ser uma única vida
Apenas um coração
Apenas um pensamento
Total unificação...

Jane Rossi


PERDIDA DE AMOR

Estou perdida!
Desencontrada do meu destino.
Vagando por entre histórias
que vão cruzando meu caminho.

Perdida na imensidão da vida.
Sem noção de mim!
Tateio o tempo que escorrega,
e faz-se longo e sem fim!

É tudo tão confuso,
que rodopio feito um liquidificador!
E em meio à essa confusão, percebo,
que estou perdida...de amor!

(Mell Glitter)

Ave sem ninho


Ave sem ninho

Feito ave sem ninho vago o olhar
nesta tarde de crepúsculo, céu
franjado em seda e brocais, admirar
faz-me sentir dentro de um carrossel

a girar em torno de mim, olhares
recriminam, choro a falta do ninho,
onde a carícia e visões crepusculares
afagavam a alma, deixavam o caminho

mais florido, as luzes clareando lugares
afastados, como anjo chegava de mansinho
envolto em estrelas, parecendo santo de altares.
Debruçada na amurada florida feita de pinho

bebia a essência da vida, calada, em prece
mirava o esplendor celestial, balbuciava frases
pedindo força, um leve toque de harpa desce
dos céus, a lua sorrindo, coroada de flores lilazes!

Marta Peres

Felicidade


Felicidade

Dizem que é feita
das pequeninas coisas,
singelas,
mesmo pueris.

Na alma vibram
emoções calmas,
serenas, lembranças
de tempos infantis!

Dizem que harmonia
é feita de felicidade,
dão-se as mãos,
andam juntas,

uma não vive sem a outra,
se completam
provocando turbulência
e tudo vira alegria,

momentos que marcam,
deixam o coração batendo
mais forte pela magia,
é feliz sem entender

sem saber explicar
e canta, chora
de contentamento,
e sem motivo,

o espírito exulta
se realizando,
sorrindo,
amando...

Marta Peres

terça-feira, 24 de junho de 2008

Sarau!


Margaridas

Lindas e graciosas
Enfeitando um jardim
São como os amigos
Mais chegados a mim

Seu caule comprido e firme
È como um amigo precioso
Que aparece na hora certa
Pra dar um abraço gostoso

Suas pétalas são lindas
Branca, pura como algodão
Nos faz lembrar um amigo
Que nos é como irmão

Seu coração é amarelo
Parece com o ouro
É como um amigo
Precioso tesouro

Gosto dessa flor
Que chamamos Margarida
É como uma pessoa
Formosa e querida

A ti amigo ou amiga
Que este versinho ler
Aceite o meu abraço
Amizade é pra valer

Kedma O'liver - anjo KM



Amizade

A amizade seja ela como for
Sempre é carregada de afeição
De abraços carinhos e de amor
De coisas que vem fundo do coração

A amizade mostra ser um abrigo
Para um coração ferido
Pelas intensas dores
Dos males dos amores

A amizade é universal
E todo o resto é banal
Quando esta é verdadeira

Pois quando esta é de verdade
Vem sempre cheia de bondade
E assim não há quem não a queira.

[Edinei Barbosa Alves]
*



"Se escrever for coisa lá de baixo
que Deus perdoe meu lado errado
e me receba quando for meu dia
prefiro morrer fazendo esse pecado
do que viver sem nenhuma poesia"


(Cáh Morandi)



Deixa eu te amar?!

Amar do meu jeito!
De corpo...alma...coração...
Amar ao ouvir, ao falar!
Amar sem cobrar perfeição
e ir além da paixão!
Amar sem pudor, sem temor...
Esquecer o medo
e não pensar em dor!
Amar à distância,
sem preconceito,
horário...cobrança...
Esquecer o medo
e só viver de amor!

Deixa eu te amar?!

Ginna Gaiotti




PINTURA

Quando a noite é de luar
Sob o brilho nos amamos
Porém se esta luz faltar
Com amor a iluminamos

Num aceno, num olhar
Nos carinhos que trocamos
Não precisa nem falar
Pois cúmplices nos tornamos

Exemplo a quem nos espreite
Aqui, lá, seja onde for
Somos requintado enfeite

Suave fragrância de flor
Um romântico deleite
Completo quadro de amor.
Clau Assi



DESPERTAR

Hiberna uma criança em mim
Que sonha e corre
A criança dentro de mim
Sonha contigo
Poesia da vida
Versos de amor
Minha estrela noturna
Orvalho da madrugada
Sol matutino
Tem um porto seguro
No homem
Que encontrou em ti.
Oceano que inunda
Brasa que queima
Asas que libertam
Poeta que me despe
Que me acorda mulher
Felina
Sensual
Gata audaz
No cio.

Clau Assi


SEM DEFESAS
ãJade Dantas


Eu te queria tanto
que te enxerguei além

do que nunca soubeste,
do que dorme no amanhã.

Eu te queria tanto
que não me defendi de ti.



Recolho palavras
como quem colhe flores
frutos, sonhos aflitos
a poesia me desnuda
sem muro ou vínculo
límpida, solta, cristalina
minha poesia
-certa ou errada-
é minha maior amiga.

Marcelo Mourão




duas ruas passeiam por aí...
minhas ruas estão cheias
de madrugadas vazias
teu sorriso ainda mora nos
meus lábios
e eu disfarço...só disfarço
enquanto cada falso dá
em passos
somos apenas pés que levitam
ao nosso desencontro

ah... se essa rua fosse minha!

Lúcia Gönczy




Sonhos

Os sonhos preenchem desejos
Nenhum sonho é impossível
O medo de desafiar obstáculos
É que os tornam difíceis

Substituímos um mundo de fantasias
Contendo êxito e felicidade
Pela realidade que nem sempre
É nosso objetivo idealizado

E esquecemos de lutar pra realizar
Nossos sonhos rosados...
E aceitamos uma realidade
Que nos aprisiona com a fuga.
(Graciela da Cunha e Valquíria Cordeiro)


IDIOMA DO AMOR...

O que me serve ser doutor das letras,
O que me serve ter olhos e não ver,
O que preciso é decifrar o teu amor,
Que só o meu corpo em teu corpo pode ler.

É como enigma ou código secreto,
Não adiante ser poliglota ou doutor,
É no teu corpo que a mensagem está escrita,
Essa mensagem é o idioma do amor.

A minha alma se desnuda diante de ti,
Onde provoca grande desejo e sedução,
Tu és a mulher que fez o meu peito partir,
Quando os teus olhos me encheram de emoção.

Hoje de ti sou amante,
Vivo perdido nesse mundo da paixão,
No labirinto do amor sou errante,
A procura do caminho do teu coração.

Autor: Poeta Mineiro...
23/06/08 às 12h27min...






TE ESQUECI!


Acordei não pensei
em ti
fui ao mar estavas lá
mas eu não te vi!

sim eu te esqueci
não senti dores na alma
meu coração não disparou
não chorei
não lembrei de ti
te esqueci!
olhei para as flores
tinha um beija flor
mas não quis
dá-las a ti

sim te esqueci
nao olhei para
o piano
não quis fazer canções
não olhei
para o céu azul
não ouvi sinfonias de pássaros
não senti o perfume das rosas
te esqueci
com certeza
nada mais és para mim
acho que...eu morri!


Celina vasques




FÁBULA DIFERENTE

Movido por uma paixão,
viajando em pensamentos
Aprisionado por uma ilusão
Libertado por um sentimento...

Um conto de fadas,
Que se iniciou em uma prisão...
Em uma torre de espinhos,
Que se encontrava,
Um coração.

Um sopro de dragão,
Um fogo de paixão!
Correntes e serpentes,
Sem donzelas em perigos,
E nem príncipes valentes...

Uma masmorra de sonhos
Um mortal e uma diva
Vivendo intensamente
Ardendo-se em chama viva
Em uma fábula diferente.

Flávio Cardoso Reis




Escrevo poesia

Escrevo poesias quando estou feliz
É uma maneira de partilhar
A felicidade que deseja extravasar.

Escrevo poesias quanto estou triste
Para que de meu Ser afugente
A dor que está latente.

Escrevo poesia quando olho para vida
Toda perfeição e suas complexidades
Admiro o mistério da sincronia na diversidade.

Escrevo poesias quando elevo minh’alma
Para entrar em sintonia com Deus e orar
Agradecer as maravilhas e a Ele louvar.

Escrevo poesias quando o silêncio se faz
Percorro o extenso de meu Ser
E as palavras mudas ficam a me envolver.

Escrevo poesias quando vejo a realidade
Onde existe tanto sofrimento
Porque para alguns faltam ou sobram sentimentos.

Escrevo poesias quando quero protestar
Por ver tanta miséria, fome, descaso
O povo de olhos abertos não querendo enxergar.

Escrevo poesia porque é uma linguagem
Aonde se fala de um todo de forma diferente
Ela emociona. A poesia é envolvente.

Ataíde Lemos





Amor...
deixa-me dormir no seu colinho
deixa-me receber seus carinhos
e deles me fartar...
Amor...
quero fazer parte do seu ninho
quero poder devagarinho
no seu coração entrar...
Amor...
atenda esse meu pedido
amor grande assim eu duvido
jamais irá encontrar...
Amor...
prepara o seu edredon
liga pra nós o som
Convida-me pra namorar...
Amor...
quero com muito carinho
partilhar desse seu ninho
e entre seus braços, lhe amar!

Autora: Lúcia Biazetto.




” Em tudo que tu és...”

Sou o barco que veleja
Em teu mar,
Singrando os recantos
Teus...

Sou a espera revelada
Nas batidas fortes do
Teu coração...

Sou a calmaria na
Tempestade de desejos
Que me buscam em tuas
Noites de saudade...

Sou a que não era para ser...
Razão de paz e desespero
Se não me tens...

Sou a expectativa do amor
Silenciado...
Amor que te prende,
E faz-me ser em tudo
Que tu és...

(Cida Luz)




Mágoa...

Me encontro a pensar
Nesse sentimento
E nesse exato momento
Não perdôo
Só quero chorar
Ao mundo gritar
A dor do meu coração
Da minha desilusão
da decepção
De alguem
Que só me enganou
Me feriu
Ah como me machucou
Quero arrancar
Isso de dentro de mim
É uma dor,que corrói
Que parece não ter fim
Vou chorar
Todas lágrimas do meu ser
Mas amanhã vou sorrir
Essa dor vou resistir
Não quero esse sentimento
Dentro do meu coração
Nem por ódio
E nem por paixão

Anjopoesia





O reviver da rosa...


Quando as folhas caem
Minha rosa começa
A adormecer
Envolta em pétalas
Macias pelo tempo
O chão é o berço
A sua espera
Quando suas vestes
Começam a sonhar
Seu pólen
Fecunda os veios
Do seu desabrochar
Ela sai do seu casulo
E revive fresca
Em vôo pelos roseirais!...
(Elisa César) 23.06.2008






O AMOR ME ESCOLHEU PRÁ TE AMAR

O amor me escolheu prá te amar.
Chegou em mim, indiscreto
e resolveu ficar!

Desejoso,
fez meus olhos te cobiçarem.
Depois guiou meus pés
para na sua trilha pisarem.

Me atou aos seus encantos
e fêz-me escrava do teu amor.
Envolvida, cegou-me loucamente,
e em você, eu só via esplendor.

Mas esqueceu o amor
de avisar-te desta paixão.
Largou-me na porta de entrada
sem a chave do seu coração!

(Mell Glitter)







Adeus...

Vai a noite, vem um novo dia
e com ele a angústia de haver partido
sem ao menos dizer-te adeus
covardia minha bem sei eu
mas tudo tem seu preço
e o meu foi esse:
não dizer-te adeus
deixar em minha boca essa última palavra
lacrando a porta de entrada
pra que nenhuma outra seja proferida à seguir
alguma outra que me faça arrepender
e voltar pra ti
Porém deixo-te sem uma palavra sequer
com meu olhar de complacência e
meu instante de decência
estou indo...
talvez volte, talvez não
talvez grite, talvez chore
talvez morra, talvez implore
ou quem sabe piore
vire às costas sem ao menos
olhar pra trás
pra não ver-te nunca mais.

Rosane Silveira






Margarida Carioca


Abro meu coração moldado de areia
E pela manhã sob a paz da neblina,
Sou cultor de palavras na tua veia
Ao mostrar-me alma de menina!

Teu sorriso de orvalho é como Margarida,
De cor forte, de poesia e de cor leve...
Sou a metade que procura uma vida
Ao descansar-me num beijo tão breve!

Pegadas na praia são marcas da ilusão
Que sou a metade do nada, no teu sorriso,
Que vaga nessa nossa imensidão,


A jardineira com Margarida anima a solidão
De uma “Margarida Carioca” que tanto aprecio
Sob o olhar, sob as mãos do poeta que lhe acaricio!

Poeta – Carlos Máximo
Este SONETO foi feito pelo Poeta Carlos Máximo exclusivamente
Para sua grande amiga Fafá com muito carinho do autor.





MESM0 ASSIM

Ainda que o sol
A noite brilhe.
Ao meio-dia
A lua esteja cheia.
Que caia o muro da China.
O Etna se derreta de calor.
Vou te amar menina.
Te dar meu amor.

Mesmo que a cerejeira
Dê uvas verdes.
O táxi lunar não pare.
A ave voe sem asas.
Implodam o Atacama.
Vivas chamas
Molhem meu rosto.
Me chama...
Terei todo gosto.
Saciarei teus anseios.
Ansiarei por teus beijos.
Estou desde amanhã
de manhã
A te esperar.

Mesmo que o mundo
Acabe em festa
Só me resta
Mergulhar fundo
No Mar Vermelho.
Escalar a planície.
Te ver do lado de lá
do espelho.
Por vício, crendice.
Só para ver seu olhar.
Enredar-me em seus cabelos.
Encanto a me encantar,
Resposta aos meus apêlos.
flor de Liz
flor de Lótus
flor do tempo
amor perfeito
Perfeito-amor!...
[Gustavo Drummond]



Me Ame

Não perguntes de onde venho,
e nem pra onde vou...
Apenas me ame!

Me ame, com todo seu amor,
com toda a sua sinceridade,
de todos os jeitos que sabe,
mas me ame...

Me ame ,sem pressa, sem atropelos,
sem demora, pois não saberei esperar,
não exija muito de mim.
Apenas me ame...

Me ame, com paciência, com vontade,
e olhe nos meus olhos sempre.
Eles lhe deram todas respostas...

Me ame, com suas palavras
me afague, me pegue no colo,
cuida de mim, me ampare se preciso,
me mostre o paraíso.

Me ame com tranqüilidade,
seja meu anjo, meu guarda costas,
meu amor, meu amante, meu amigo,
esteja sempre comigo.

Me ame apenas,
mas me ame de todas as maneiras que puder.

((Valquíria Cordeiro))


A vida nos prega algumas peças
Durante toda a jornada!
Temos que alimentar esperanças
Em meio a todas as tempestades
Em nossa caminhada...
Firmeza e fé!
Única forma de alimento
E alento ao espírito

Berioliveira







Inacessível*


E então, de tudo que se sentiu, nada se disse...
Quisera ter agora o que dizer dos erros, até, mas que o tivesse,
E que qualquer coisa fizesse, se para tanto necessitasse,
Para o que tanto esperava, enfim acontecesse.

Se tudo era imprevisto, então que viesse o que viesse,
E que vivesse tudo o que dali nascesse,
Para que enfim sentisse, o que quer que fosse,
E mesmo isso lhe parecendo impossível, conseguisse.

E no fim, como se do que esperasse, nada tivesse,
E só lhe restasse ter o que sonhasse,
Adormecera, e sem que percebesse, regressara,
Despertou e viu, que só lhe sobraria o que lembrasse.


Rosa Panerari* (minha filha do coração)


Publicado no Recanto das Letras 12/11/07
código do texto:T733597





ALGO RESTOU

Nenhum lugar pode ser
Melhor que ao seu lado.
Nenhum momento torna-se
Importante se sua presença
Não há...

Suas palavras silenciaram.
Dia sem gosto...
Nada que seja bom.
Espera do que não chegará.

Versos ficarão perdidos no
Seu encanto que partiu.
Inda restará a rima que ficou
Na lembrança de um sorriso.

Não há lugar bom...
Não há mais você.
Resta apenas a doce
Sensação de sempre
Esperar-te...

(Cida Luz)



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"Sou assim..."
Sou ousada...
levada...
irreverente...
inconstante...
Sou autentica...
dosada...
desmedida...
inconsequente ...
Sou doce...
amante...
tesante...
perseguida...
Sou crédula...
pedante...
imperfeita...
insatisfeita...
Sou deusa...
musa...
medusa...
veneno...
Sou assim....
um pouco de tudo...
e menos de mim....

(Neguinha Mucelli)







DÁ O QUE PENSAR


Às vezes, não sei porquê
Pensando, com meus botões,
imagino ser você
Um mundo de ilusões.

Ilusões, sonhos, quimeras
Que eu fico a imaginar
Pois amo você deveras
E isso dá o que pensar.

Pensar, continuar sonhando
E sem querer acordar
Para assim seguir amando.

Amando em sonhos e amar
Num mundo belo, encantado
E nunca mais despertar.

(Victor Caserta)

Escrita em oito de dezembro de 1985
Poços de Caldas - MG





Pauta

Meu canto é apaixonado,
solfejos de prazer,
sonatas ao entardecer,
canções para acordar um coração
que bate para aquecer meu corpo,
que sonha e deseja o inesperado.


Neguinha Mucelli





My Heroe Forever



Tornastes-me imortal com tua melodia
Agora, já posso ficar em paz
através de ti"per seculum seculorum",

Serei lembrada

Hoje, acordei com sede de eternidade
E bebo teus versos sofregamente
Minha seiva, minha luz,

Minha água-benta

Teus versos, minha prece de todas as noites
Em dias dissonantes, murmuro tuas rimas
e tua poesia me arremessa a minha fortaleza

Intrasponível

T
E
U
S

B
R
A
Ç
O
S

Karla Julia






SONETO DA DESPEDIDA

Se minha alma se encontra perdida
É porque minha alma nunca foi tua
A minha medida e minha despedida
Diante da realidade nua e crua

Apresento-me com a alma despida
Nessa ocasião que acho oportuna
Nossa relação não foi bem vivida
Mas a culpa não é minha nem é sua

Vamos tentar viver nossas vidas
Viver novos sonhos e conquistas
Viver o que a vida nos convida

Não quero se um peso para você
E também não quero me iludir
Vamos nos despedir para viver, e viver!

Flávio Cardoso Reis






JANELAS DA ALMA

O brilho dos meus olhos
Transmitem alegria
Esquecendo os abrolhos
Consigo a harmonia.

Da alma são as janelas
Símbolos do conhecimento
Inspirações tão belas
Chegam-me nesse momento.

O mundo dos meus sonhos
Levam-me a realidade
Minhas ilusões transponho
Buscando sempre a verdade.

Os olhos são fontes divinas
De caráter universal
Enxergam além das colinas
A essência transcendental.


João Pessoa, 24/06/08
Neneca Barbosa






ALMA EM DELÍRIO

Espelho da alma
Reflexos sem fim
Liberta se emociona
Dilacera o que há em mim
Imagens que se cruzam
Pensamentos em tons carmins
Espaço
Tempo
Lamento
Sonhos enfim
Mesmo que por horas poucas
Mesmo que por momentos loucos
Mesmo sem o gosto da tua boca
Mesmo sem ti mais
Aqui, bem juntinho a mim

Espelho da alma
Retrato
Do meu triste fim!

Claudete Silveira





Decisão

Entro no quarto, sinto que as paredes
me olham, cobram posição, sentem
fome, querem se saciar, olho-me no
espelho, não sou mais aquela de antes,

em meu rosto as marcas do tempo, dentro
do meu coração o lixo se esparrama, moscas
tomam conta de toda imundice, tudo o que fiz
jogado no ralo, minha triste história aberta

aos corvos que se lambuzam e fartam,
sinto-me mal junto a tanta tristeza
que encontro, a doce fragrância foi roubada,
desprezo vejo nos olhos que ficaram,

minha vida perdeu a cor, não há luz,
não há brilho, vivo como maldita em
meio a todos, tomo a decisão de mudar,
lavo tudo, nova vida irei recomeçar!

(Marta Peres)

MENSAGEM...

A mensagem que o vento leva
Mostra o meu pensamento...

Alegria nas rimas quando em prosa
Viajo no tempo... encontro sua rima

E me encanto em versos, risco a pena
E viajo por uma estrada comprida...

Florida, perfumada, inventada no livro da
Vida, da poetisa, que mente o que sente!

E encanta os leitores com suas poesias
Que atiça... a imaginação de quem ler...
E acreditam que eu amo você!...

(Zia Marinho 24/06/08)








Quem mora dentro de mim

Quem mora dentro de mim
E tem meu nome
Sabe o que é a seca
Mais sedenta que o sertão
Sabe tecer mantos
Envolver-se, mascarar-se,
Disfarçar-se da solidão
Quem mora dentro de mim
Espera ouvir a canção
De um viajante que não chega
Esse ser, que desconheço o nome,
A face, o gosto e o cheiro
É portador do meu maior segredo
E me guiará por caminhos
Tão mais lindos que o do amor.

(Cáh Morandi)



Disfarce...


Quando os seus olhos,
se encontraram com os meus,
meus olhos,
disfarçaram,
mas seus olhos ,
insistiram em me olhar.
E quando meus olhos agoniados,
procuraram os seus olhos,
foi a vez dos seus olhos, disfarçar.
Mas esses desvios ,
em nada adiantou...
Por que assim,
de repente nossos olhares ,
se cruzaram,
e até hoje se olham
apaixonados!

Valquíria Cordeiro





Beijos roubados

Em muitas noites de lua
seus beijos quentes roubei
por um amor sem censura
meu corpo livre entreguei

Por esse amor incerto
colhi rosas, também espinhos
deixei o coração aberto
tropecei pelos caminhos

Caminhei sem rumo certo
com o coração magoado
por seu amor tão incerto
pelos seus beijos roubados.

Autora: Lúcia Biazetto
Livro: Ao Ilmo.Coração
Página: 54








Minha filha...

As emoções são constantes
Em meu coração quando
É você quem o preenche
Filha...

Tantos momentos em
Nossas vidas,
Tanto amor doado na
Cumplicidade mais exata
De um amor puro,
Incondicional...

Desejar-lhe felicidades
É o mesmo que colher
As estrelas do céu para
Iluminar seu olhar,
Florescer seu lindo
Sorriso e ter certeza
De que a maior riqueza
É sua existência...

Filha eu te amo...
Com a alma em suave
Agradecimento pela
Dádiva me concebida
No instante em que
Tive a graça de chamar-lhe
De minha filha!...

(Cida Luz)






SAUDADES


Tenho saudades de ti!
lembro-me dos dias que passamos juntos,
a rede , a varanda, a música a tocar.
nós dois a embalar!

Sim tenho saudades de ti,
do perfume que usavas, do teu sorriso
felino sensual,
da tua boca pequena..lábios de mel!

Tenho saudades de ti
de nossos passeios à beira mar
das risadas
da correria na praia,
nós dois de mãos dadas
éramos dois a arrulhar!

Tenho saudades de ti,
dos nossos passeios de nossas juras
de nossos beijos e abraços
á luz do luar!

Tenho saudades de ti,
de nosso quarto, da nossa cama,
do nosso transar...
do teu corpo colado ao meu
da tua mão afagando meus cabelos
do teu sorriso
dos teus olhos fitando os meus!

Saudades...


(celina vasques)



Andarilho!


Já estive em muitos lugares,
E em muitos foi só de passagem,
Porque só considero ter estado,
Quando estive de corpo e alma.

Estive em algumas praias,
E delas inda guardo o gosto,
Estive em algumas cidades,
E nem me lembro o nome.

Estive em matas fechadas,
E guardo o som de seu silencio,
Passei por algumas estradas,
Que espero não passar mais.

Já andei por cachoeiras,
E ainda me encontro extasiado,
Já estive em monumentos,
E não estive em nenhum.

Já expandi meus limites,
Pra bem além da razão,
Nem por isso encontrei,
Aquilo que busco na paixão!


Santaroza



Em minhas mãos!


Perdi nas horas que passaram...
Com o tempo murcharam,
As rosas que te trazia,
Nesta manhã inda fria.

Restou-me um desejo incerto...
Mas com te quero por perto,
Levo-te meu coração,
Nas palmas de minha mão.

Penhor de meu amor...
Ainda com perfume da flor,
Que em minhas mãos estão,
E agora em meu coração!



Santaroza







Alem do lago

Uma igrejinha onde
Faço minhas oraçoes,
Minha casinha de campo
Onde meus olhos se perdem...
Contemplando a emensidao...
Uma arvore sem folhas
Seca, quase morrendo.
As pedras onde sento
Nos dias ensolarados,
E ali fico a meditar...
Tudo em volta é silencio...
Tem um laguinho solitario
Onde nas manhas de sol
Ele depeja seus raios
E nas noites de luar
A lua vem de mansinho
Neste lago mergulhar.

Autora:Terezinha C Werson




Ilusões do Olhar

Olhei em teus olhos
Por vezes e vezes
Ouvi da tua boca
Palavras de amor

Olhei em teus olhos
Por vezes e vezes
E cega de amor
Não vi a verdade

Tudo que ouvi
Eram meras frases
Da boca pra fora

E as noites
De amor que vivi
Não passou
De uma aurora.

(Sirlei L. Passolongo)



Não chores por ninguem



Jenario de Fátima



Não chores por ninguem, não vale a pena,
A dor duma lágrima derramada.
Por mais que uma pessoa seja amada,
Alguem um dia roubara-lhe a cena.

A vida e fragil, curta, tão pequena
E passa numa louca disparada.
Quando acordamos já não restou nada
Daquele amor que tinha a forma plena.

Mas não mires em mim, não sou de fato,
Alguem que possa dar este conselho.
O choro chega e vem-me em desacato,

Anda sempre por perto, de parelho
E tudo ao derredor tem o retrato
De um alguem que deixa meu olhar vermelho